Em parceria com Prefeitura de São Paulo, ACNUR capacita ACS's.

Em parceria com Prefeitura de São Paulo, ACNUR capacita ACS's.
WhatsApp: Canal JASB | Formação alcançou 40 profissionais que atendem mais de 34 mil pessoas na Zona Sul da capital, região que concentra população refugiada e migrante.
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A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), em parceria com a Prefeitura de São Paulo, promoveu um treinamento especial voltado a 40 agentes comunitários de saúde da Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Orion/Guanhembu, localizada na Capela do Socorro, Zona Sul da capital.
O objetivo da capacitação foi fortalecer o olhar acolhedor e sensível desses profissionais em relação às pessoas refugiadas e migrantes, abordando os desafios do deslocamento forçado e a importância de garantir direitos básicos, como o acesso à saúde.
Capacitação envolve agentes que atendem milhares de pessoas
Os agentes comunitários capacitados atuam diretamente no atendimento de mais de 34 mil moradores da região, dos quais cerca de 10% são compostos por migrantes e refugiados, especialmente da Venezuela, Haiti e Bolívia.
O treinamento, que ocorreu em dois encontros nos dias 4 e 8 de abril, serviu não apenas para oferecer informações técnicas, mas também como espaço de diálogo entre os profissionais, que puderam compartilhar suas vivências e aprender formas de lidar melhor com as especificidades culturais e linguísticas de cada grupo atendido.
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A importância do vínculo no atendimento de saúde
A agente comunitária Vanessa Viana, participante da formação, relatou como a aproximação frequente com as famílias é essencial para construir laços de confiança.
Segundo ela, o número de imigrantes aumentou nos últimos anos, e muitas vezes eles se sentem envergonhados ou desconfiados no início.
No entanto, ao longo do tempo, os laços se fortalecem. “A gente visita todos os meses, conversa, orienta. Aos poucos, eles entendem que estamos ali para ajudar, não para julgar”, explica. Esse vínculo é essencial para promover a saúde e o bem-estar de forma efetiva.
Desconstrução de preconceitos e promoção da empatia
Vanessa também destacou a relevância da capacitação para desmistificar ideias equivocadas sobre a população refugiada. Muitos ainda desconhecem que ser refugiado não é uma escolha, mas uma necessidade diante de guerras, perseguições ou crises humanitárias.
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“A formação me ajudou a entender mais profundamente a realidade dessas pessoas. Isso muda nosso atendimento e muda nossa visão. A gente precisa acolher, não apenas tratar”, reforça. Para ela, o cuidado vai além dos exames ou orientações: envolve respeito, empatia e informação.
ACNUR amplia ações na Zona Sul de São Paulo
Em 2025, o ACNUR tem intensificado a atuação junto aos serviços públicos da Zona Sul paulistana com dois focos principais: garantir que a população migrante e refugiada conheça os serviços públicos disponíveis e, ao mesmo tempo, preparar os profissionais que atuam com esse público.
As formações, como a oferecida aos agentes comunitários, fazem parte de um esforço maior para assegurar que os direitos das pessoas deslocadas sejam respeitados e promovidos em todos os âmbitos da vida social, especialmente na saúde, uma das áreas mais sensíveis nesse processo de integração.
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Iniciativas que vão além da saúde física
Além das capacitações, outras ações têm sido realizadas na região, como rodas de conversa sobre temas sociais relevantes. Em março, por exemplo, foi promovido um encontro para discutir o enfrentamento da violência contra meninas e mulheres refugiadas.
A iniciativa mostra que a atuação do ACNUR vai além do cuidado físico, abrangendo também a proteção social, a valorização da diversidade e a criação de ambientes seguros e acolhedores para todos.
Essas atividades fortalecem o tecido comunitário e tornam São Paulo uma referência em acolhimento humanizado.
Fonte: JASB com informações do Portal ACNUR.
Edição Geral: JASB.
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Publicação: JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br.
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