VEJA: O ano começa com uma nova explosão de casos de dengue – e falta de vacina.
LIVRE E SOLTO - O mosquito 'Aedes aegypti': afeito às mudanças climáticas e à inépcia oficial. — Foto/Reprodução/Joao Paulo Burini/Moment/Getty Images.
VEJA: O ano começa com uma nova explosão de casos de dengue – e falta de vacina.
WhatsApp: Canal JASB | Abaixo, apresentamos informações publicadas na VEJA de 17 de janeiro de 2025, edição nº 2927. Ela informa o quanto o ano de 2024 foi trágico na explosão de casos e mortes pela dengue e que o verão de 2025 parece encaminhar para outros doze meses problemáticos.
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O Avanço da Dengue em 2024
O ano de 2024 foi marcado por um aumento significativo nos casos de dengue, com mais de 6,5 milhões de registros e 6.041 mortes. Esses números superaram até mesmo os da covid-19, que contabilizou 862.680 ocorrências e 5.959 óbitos. Essa situação alarmante se deve, entre outros fatores, ao clima favorável à proliferação do mosquito Aedes aegypti, aliado à negligência em relação às medidas de prevenção, conforme informações do Ministério da Saúde e Veja.
A Influência do Clima no Aumento dos Casos
O Ministério da Saúde afirma, que especialistas apontam o fenômeno El Niño e as mudanças climáticas como fatores que criaram condições ideais para a proliferação do mosquito. Além disso, a variante DENV3, que não predominava há 17 anos, encontrou uma população vulnerável, especialmente entre crianças e adolescentes.
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A Questão das Vacinas
A distribuição de vacinas no SUS em 2024 foi insuficiente, com apenas 3,7 milhões de doses aplicadas das 6,4 milhões disponíveis. A baixa adesão à segunda dose e o desconhecimento do público contribuíram para o problema. As vacinas disponíveis são a Qdenga e a Dengvaxia, sendo que esta é restrita a quem já teve a infecção, segundo o Hospital Albert Einstein e o Ministério da Saúde.
Os Impactos das Políticas Públicas
A suspensão das visitas dos Agentes de Controle de Endemias durante a pandemia de covid-19 prejudicou o combate à dengue. A falta de ações efetivas, como a aplicação de larvicidas e a pulverização de inseticidas, aumentou a vulnerabilidade da população, diz a Sociedade Brasileira de Infectologia e o próprio Ministério da Saúde.
Desigualdades Sociais e a Dengue
Fatores como a falta de acesso a água tratada e a coleta inadequada de esgoto e lixo contribuem para a proliferação do mosquito. Aproximadamente 15,8% da população não tem acesso a água tratada, e 44,5% não possuem coleta apropriada de esgoto, aponta o Instituto Trata Brasil.
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Ações Governamentais para 2025
Em resposta ao cenário preocupante, o Ministério da Saúde criou o Centro de Operações de Emergências para coordenar as ações nos estados e municípios. Há uma expectativa de que em 2025 apenas 4,7 milhões de pessoas sejam vacinadas, insuficiente para conter a doença, declarou a Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
FUMACÊ - Agentes comunitários em ação: visitas suspensas com a covid-19. Mateus Bonomi/Anadolu/Getty Images.
Esperanças com Novas Vacinas
A aprovação de uma nova vacina pelo Instituto Butantan, que protege contra os quatro sorotipos da dengue com apenas uma dose, traz esperança. A meta é aplicar 100 milhões de doses até 2027.
O Futuro da Dengue no Brasil
A expectativa é que, com ações coordenadas e novas vacinas, seja possível controlar a dengue. No entanto, é essencial que as medidas preventivas sejam intensificadas e que a população participe ativamente no combate ao mosquito, conforme informações do Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Infectologia.
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Publicado em VEJA de 17 de janeiro de 2025, edição nº 2927
Fonte: JASB com informações do VEJA, Instituto Butantan, Sociedade Brasileira de Infectologia, Anvisa e Ministério da Saúde.
Edição Geral: JASB.
Publicação: JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br.
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