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Sorotipo 3 liga alerta para perigo de dengue grave

           Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.   —  Foto/Reprodução/Freepik.
 
Sorotipo 3 liga alerta para perigo de dengue grave.
Publicado no JASB em 06.janeiro.2025. Atualizado em 07.janeiro.2025.

WhatsApp: Canal JASB | O alerta de sorotipo tipo 3 da dengues. A situação é grave e merece atenção. Reaparição de vírus após sumiço de 15 anos expõe milhões de pessoas que adoeceram na epidemia de 2024 à reinfecção.
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Minas Gerais no radar da Dengue em 2025

Após enfrentar a maior epidemia de dengue de sua história em 2024, Minas Gerais começa 2025 com uma nova ameaça: o sorotipo 3 do vírus. O estado, que registrou 1.124 mortes no ano passado, volta a ser foco de preocupação, especialmente com o retorno desse sorotipo que esteve fora de circulação por 15 anos. 

A epidemia de dengue de 2024 foi atípica, e a ressurgência do sorotipo 3 torna a situação ainda mais arriscada para a população.

O Retorno do Sorotipo 3 e seus riscos

O sorotipo 3, que causou uma epidemia grave na década de 2000, voltou a ser registrado no Brasil em 2023. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta que, por não estar em circulação há tanto tempo, há uma grande quantidade de pessoas suscetíveis a ele. Além disso, os sorotipos 1 e 2, que também circulam no país, foram os principais responsáveis pelas mortes de 2024. 
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A combinação da chegada do sorotipo 3 com a persistência dos outros tipos aumenta o risco de novos surtos e complicações.

A gravidade da reinfecção

Especialistas alertam que, após a exposição a um sorotipo, a infecção por outro pode agravar os sintomas da dengue, levando a formas mais graves da doença. A infectologista Joana D’arc Gonçalves explica que a resposta imunológica pode ser exacerbada, causando uma inflamação mais severa. Esse fenômeno ocorre porque os anticorpos formados na primeira infecção não neutralizam o novo vírus, mas amplificam a reinfecção, tornando o quadro clínico mais perigoso.

Complicações Graves: A Síndrome do Choque da Dengue

O epidemiologista José Geraldo Ribeiro destaca que, embora o sorotipo 3 não apresente sintomas diferentes dos outros, a reinfecção aumenta significativamente o risco de complicações graves, como a síndrome do choque da dengue. Essa condição ocorre quando o sangue escapa dos vasos sanguíneos, resultando em uma perda excessiva de líquidos, o que pode ser fatal se não tratado corretamente. 
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O monitoramento da pressão arterial e do hematócrito é essencial para diagnosticar e tratar esses casos a tempo.

Sinais de alerta: Quando procurar ajuda médica

Os sinais de alerta para a dengue grave incluem desmaio, dor abdominal intensa, vômito persistente, pressão arterial baixa e ausência de desidratação visível. Esses sintomas indicam uma perda de líquidos contínua, semelhante a uma hemorragia interna, sem sinais evidentes de sangramento. 

A complicação é mais comum em crianças e tende a surgir após a diminuição da febre, o que pode induzir os pacientes e familiares a acreditarem que a doença está se resolvendo.
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O Impacto climático na proliferação do Mosquito

O clima desempenha um papel crucial na proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana. Com o início do período chuvoso, ovos contaminados do mosquito eclodem rapidamente, aumentando o risco de transmissão. O epidemiologista José Geraldo Ribeiro enfatiza que é fundamental eliminar criadouros do mosquito e buscar atendimento médico imediatamente ao notar sinais de alarme da doença.

Campanha de conscientização e prevenção

Em resposta ao aumento de casos, o Ministério da Saúde lançou, em novembro de 2024, a campanha “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, zika e chikungunya é agora”, com o objetivo de incentivar a população a procurar atendimento médico logo nos primeiros sinais da doença. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que a prioridade do governo é o diagnóstico precoce, a prevenção e o apoio médico, especialmente no período chuvoso, que agrava a situação.
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Desafios na Vacinação e ações preventivas

A vacinação contra a dengue também é uma preocupação importante, pois Minas Gerais tem uma baixa adesão ao esquema vacinal. Apenas 17% do público-alvo completou a vacinação, o que representa um risco para o controle da doença. Além disso, ações preventivas, como visitas domiciliares e o uso de drones para monitoramento, vêm sendo realizadas pelo governo estadual e municipal para combater a proliferação do mosquito. Contudo, é necessário um esforço contínuo para reduzir os focos de Aedes aegypti e proteger a população.

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JASB com informações do G1.
Edição Geral: JASB.
Publicação: JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br. 
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