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Entenda como tumor raro que fez pele de brasileira mudar de cor.

        Sabrina Gomes. —  Foto/Divulgação/Arquivo Pessoal.
 
Entenda como tumor raro fez pele de brasileira mudar de cor.
Publicado no JASB em 02.dezembro.2024.1Atualizado em 03.dezembro.2024.

Grupos no WhatsApp Sabrina Gomes sofre de timoma e Síndrome de Cushing. 
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Uma doença rara tem acometido uma jovem de 24 anos, afetando profundamente a sua saúde e fazendo, inclusive, sua pele mudar de cor. Essa é a comovente história de Sabrina Gomes, que precisa com urgência de um remédio de alto custo por parte da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará (Sesa) a fim de seguir lutando pela sua vida.

Foram cinco anos percorridos desde os primeiros sintomas até o diagnóstico, que ocorreu durante a adolescência. 

Na época, Sabrina descobriu que tem um tumor chamado timoma, um tipo de câncer raro que surge no tórax, mais precisamente em uma glândula chamada timo, localizada logo atrás do osso esterno, no peito.

Basicamente, esse tumor produz em excesso um hormônio chamado ACTH. Em circunstâncias normais, esse hormônio é muito importante para regular várias funções do corpo, como a resposta ao estresse, a uma inflamação e até para o controle do ciclo de acordar e dormir. 
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Mas em excesso, ele é prejudicial, pois hiperestimula a produção de cortisol, desencadeando, assim, a Síndrome de Cushing. Esse foi o caso de Sabrina, que aos 18 anos descobriu que o timoma a fez desenvolver também essa síndrome. 

A doença ocorre porque as glândulas adrenais passam a produzir muito cortisol, um hormônio que é responsável por fortalecer o sistema imunológico e regular a quantidade de açúcar no sangue, mas que em excesso também é nocivo.

Entre os problemas que essa síndrome causa estão pressão alta, distúrbios no metabolismo, insuficiência renal, fadiga, dificuldade de cicatrização e até alterações na pele. 

Assim, a prioridade dos médicos foi focar no descontrole dos hormônios, pois, isso poderia levar à morte ainda mais rápido que o próprio tumor.
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CIRURGIA E ALTERAÇÕES NA PELE

A princípio, os endocrinologistas decidiram retirar as glândulas adrenais de Sabrina. A remoção ocorreu em 2022 e foi bem-sucedida ao resolver a questão dos altos níveis de cortisol. Contudo, o procedimento gerou um efeito colateral curioso: a mudança na cor da pele.

Isso acontece porque o tumor continuou a crescer e estimular a produção de ACTH. O ACTH possui origem similar a do hormônio MSH, que produz a melanina, proteína que dá cor a pele. Por terem origens semelhantes, as células acabam confundido os dois hormônios. 

Assim, o ACTH se acopla às células receptoras que produzem melanina como se fosse MSH, o que faz com que o corpo aumente a produção da melanina.
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Foi dessa forma que Sabrina viu sua pele escurecer significativamente. No momento, a equipe médica que a acompanha não sabe se será possível reverter a mudança na pele.

No total, Sabrina passou por três quimioterapias, radioterapia e quatro cirurgias. Ainda assim, o tumor seguiu crescendo, a ponto de comprimir o esôfago, a veia cava e o coração da jovem. 

A remoção cirúrgica do câncer está descartada, porque representaria um alto risco para a vida da paciente, por estar localizado em uma região muito delicada.

TRATAMENTO COM RADIOFÁRMACO

Assim, os endocrinologistas optaram por um tratamento diferenciado que usa o elemento químico lutécio. Trata-se de um radiofármaco que possui carga radioativa e é capaz de destruir as células cancerígenas e reduzir o tumor.
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Para isso, Sabrina vai precisar de quatro doses. Cada uma custa cerca de R$ 32 mil, o que significa que ela necessitaria de aproximadamente R$ 128 mil para o tratamento. 

Determinada, a jovem entrou na Justiça e conseguiu uma ordem judicial, em março deste ano, para que a Secretaria Estadual de Saúde do Ceará (Sesa) forneça o remédio que ela precisa.

Contudo, até a publicação desta matéria, a Sesa ainda não havia entregado a medicação. Sabrina tem ido ao local recorrentemente, mas o processo de aquisição não foi concluído.

Contatado pela TV Verdes Mares, o coordenador responsável pelo monitoramento, avaliação e controle do sistema de saúde da Sesa, Breno Novais, afirmou que o lutécio não está na lista de tratamentos disponibilizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e por isso precisou abrir um procedimento específico como determina a legislação. 

No primeiro processo, nenhuma unidade habilitada se cadastrou para prestar o serviço, e um novo procedimento foi aberto. 
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Com informações do Pilieinio Nieiwis.

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