Ataques a centros de saúde
A intensificação dos ataques a centros de saúde desde dezembro de 2023 tem agravado a crise humanitária.
OMS denuncia a ocorrência de 1.940 ataques
A Organização Mundial da Saúde (OMS) denuncia a ocorrência de 1.940 ataques russos a instalações de saúde na Ucrânia, desde o início da invasão contra o país. Segundo informações acessadas pelo JASB, os dados são de a partir de fevereiro de 2022.
A OMS lamentou nesta segunda-feira (19) a intensificação e o aumento do número de vítimas dos ataques da Rússia.
ONU denunciou um aumento alarmante na violência contra trabalhadores humanitários. — Foto ilustrativa/Reprodução/Zacharias Aibiuibieikieir/Médicos Sem Fronteiras.
Os impactos humanos
A intensificação dos ataques está colocando em risco a vida de milhares de ucranianos e sobrecarregando um sistema de saúde já fragilizado. A OMS alerta para a gravidade da situação e pede o fim imediato dessas ações violentas.
Violação do direito internacional
A OMS denunciou a escalada de ataques a instalações de saúde na Ucrânia, um crime de guerra que viola todas as normas internacionais.
Desde o início da invasão russa, foram registrados mais de 1.940 ataques, causando um número crescente de mortes e feridos. Essa violência deliberada contra civis e profissionais de saúde é inaceitável e exige uma resposta internacional imediata.
A crise humanitária global
"É o número mais elevado já registrado pela OMS em uma situação de emergência humanitária em escala global", afirmou a filial europeia da agência da ONU em um comunicado, conforme informações acessadas pelo editorial do JASB da Agência AiFiP.
O papel da Organização Mundial da Saúde (OMS)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) desempenha um papel fundamental na promoção da saúde global. Suas principais funções incluem:
Direcionar e coordenar a saúde internacional: A OMS atua como um órgão líder dentro do sistema das Nações Unidas, coordenando esforços globais para melhorar a saúde de todas as pessoas.
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Estabelecer normas e padrões: A OMS desenvolve normas e padrões internacionais para garantir a segurança e a eficácia de produtos médicos, como medicamentos e vacinas.
Monitorar a saúde global: A OMS coleta e analisa dados sobre doenças e condições de saúde em todo o mundo, identificando tendências e emergências sanitárias.
Responder a emergências de saúde pública: A OMS coordena a resposta a surtos de doenças, como pandemias, fornecendo orientação técnica e apoio aos países afetados.
Promover a pesquisa: A OMS incentiva e financia pesquisas em saúde, buscando soluções para os desafios mais urgentes em saúde global.
Fortalecer os sistemas de saúde: A OMS trabalha com os países para fortalecer seus sistemas de saúde, garantindo que todos tenham acesso a serviços de saúde essenciais.
Defender a saúde pública: A OMS defende a saúde pública em fóruns internacionais e trabalha para garantir que a saúde seja uma prioridade nas políticas nacionais.
Em resumo, a OMS trabalha para:
— Proteger a saúde: Prevenindo, detectando e respondendo a ameaças à saúde global.
— Promover a saúde: Incentivando estilos de vida saudáveis e acesso a serviços de saúde.
— Garantir a equidade: Assegurando que todos tenham as mesmas oportunidades de saúde.
As informações são dai AiFiP e Serviço de imprensa do Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia.
Edição Geral: JASB.
Publicação
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Médica de 26 anos morre após sofrer mal súbito.
Luciana Xavier, de 26 anos. — Foto/Reprodução/Acervo pessoal.
Publicado no JASB em 15.agosto.2024. Atualizado em 19.agosto.2024.
Canal do Incentivo | Luciana Xavier estava correndo na esteira da academia, quando se sentiu mal e caiu do equipamento. O mal súbito
A médica Luciana Xavier, de 26 anos, morreu após sofrer um mal súbito enquanto fazia exercícios físicos em uma academia, na região leste de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Ela se especializava em oftalmologia pela Santa Casa de BH.
Sentiu mal e caiu
Testemunhas contaram para a polícia que a médica estava correndo na esteira da academia, quando se sentiu mal e caiu do equipamento.
A queda e o socorro
Na queda, a médica bateu a cabeça no chão e perdeu a consciência. Uma outra aluna da academia chegou a prestar socorro e Luciana foi levada para um hospital particular, mas não resistiu.
Manifestação do Conselho Brasileiro de Oftalmologia
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia emitiu uma nota lamentando o ocorrido com a médica e expressou condolências a amigos e familiares.
"O Conselho Brasileiro de Oftalmologia lamenta profundamente a perda da aluna do segundo ano de especialização da Santa Casa de Belo Horizonte. Nossas sinceras condolências aos familiares e amigos" , disse o conselho em nota.
Causa da morte está sendo investigada
O corpo da médica foi encaminhado para o IML (Instituto Médico-Legal) e em seguida levado para a Santo Antônio do Monte, a 198 km da capital mineira, cidade onde Luciana nasceu. A causa da morte da médica ainda está sendo investigada.
Luciana Xavier. — Foto/Reprodução/Acervo pessoal.
Academia publicou uma nota
A tragédia aconteceu na academia Forma Física, que publicou uma nota nas redes sociais lamentando a morte de Luciana. Em solidariedade à família, a academia decidiu não funcionar nesta quinta-feira (15).
As informações são do Portal R7 e do Portal Tempo Novo.
Edição Geral: JASB.
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Mulheres são maioria nos atendimentos de burnout no SUS
Mulheres têm mais transtornos mentais do trabalho porque acumulam tarefas domésticas com o emprego formal. — Foto ilustrativa/Reprodução/Freepik.
Publicado no JASB em 12.agosto.2024. Atualizado em 15.agosto.2024.
Canal do Incentivo | Para especialistas, elas têm mais transtornos do trabalho porque também estão sobrecarregadas com tarefas domésticas. Registros de 3.567 procedimentos ambulatoriais
No ano de 2023, foram registrados 3.567 procedimentos ambulatoriais referentes a transtornos mentais relacionados ao trabalho. Desse total, 2.579 eram atendimentos para mulheres e 988 para homens, segundo dados do Ministério da Saúde. No ano anterior, foram 1.655 atendimentos para mulheres e 880 para homens, totalizando 2.535. De 2022 para 2023, o número de atendimentos para transtornos mentais do trabalho em mulheres aumentou 54%.
Atendimentos ao burnout
Os atendimentos relacionados somente ao burnout, no ano de 2023, somam 393, sendo 282 para mulheres e 111 para homens. Em 2022, foram registrados 227 atendimentos no total, 164 para mulheres e 63 para homens.
Casos de transtorno mental
Em São Paulo, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, desde janeiro de 2024, foram registrados 127 casos de transtorno mental relacionado ao trabalho, sendo 86 casos femininos e 41 masculinos.
Para especialistas, mulheres têm mais transtornos mentais do trabalho porque acumulam tarefas domésticas com o emprego formal.
Maior incidência pode estar associada à estrutura dos lares
À Folha, a pasta informou que "a maior incidência em mulheres pode estar associada à estrutura dos lares, onde as mulheres, após o trabalho formal, desempenham as tarefas domésticas, resultando em maior esgotamento físico e mental; e também por ser um público que mais procura assistência à saúde, o que resulta em mais diagnósticos".
Para Luisa Jötten, mestre em psicologia pela USP, "as mulheres têm mais burnout porque são elas que estão carregando o mundo nos ombros. São elas que são criadas para não reclamar, não pedir ajuda e oferecer ajuda".
Thárin Radín, 35, servidora pública do Tribunal de Contas do Estado de Roraima (TCE-RO), relata que, durante a pandemia, teve que cuidar sozinha da sua avó e da sua mãe, além do emprego formal. A servidora conta que teve dificuldade para perceber os sintomas do burnout.
Estresse crônico é estopim para transtornos mentais
"Eu fui deixando de perceber necessidades fisiológicas básicas, às vezes eu tinha passado o dia sem beber água, sem comer, sem ir ao banheiro para fazer xixi. Comecei a ter episódios de insônia, o que eu nunca tive", conta.
"O que me despertou para perceber que provavelmente estava acontecendo alguma coisa séria foi o aparecimento de várias bolhas pelo corpo."
Jötten afirma que alguns profissionais entendem o burnout como algo relacionado apenas ao trabalho formal, porém, para ela, essa concepção é desatualizada.
"Temos que tomar muito cuidado para falar de diagnóstico, por que ele é o quê? Uma posição de comportamento dentro de um contexto sociocultural. Quando olhamos para o burnout como algo que ocupa toda a vida da pessoa, olhamos para uma pessoa que está esgotada em tudo, e a mulher cumpre mais jornadas de trabalho do que os homens", diz.
"A mulher sai do trabalho e, muitas vezes, vai ter a jornada doméstica. Uma pessoa que não reconhece o trabalho não remunerado como também uma fonte de estresse, vai invalidar o paciente."
Radín já fazia acompanhamento com uma psicóloga que, ao saber dos sintomas, encaminhou a servidora a uma psiquiatra. "Até então, eu não sabia o que eu tinha, não senti que eu realmente estava muito ruim. O atestado médico dizia que o motivo do afastamento era sintomas de burnout", conta.
Jötten ressalta que "diferentemente do que algumas pessoas acreditam, não se trata burnout com férias, com afastamento, porque é um problema na forma como a pessoa está levando a vida. Uma hora, ele se reestabelece de novo".
Famosos que deram pausa na carreira para cuidar da saúde mental
A servidora relata que, na época do burnout, trabalhava em um setor em que a maioria dos funcionários era homem. "Eu precisava realmente dedicar um pouco mais de atenção para os cuidados com as pessoas da família que estavam precisando. Na quarentena, eu recebia muita pressão do chefe, por exemplo, que dizia que eu teria que ir trabalhar presencial, que não dava certo trabalhar desse jeito, que eu não atendia na hora, não respondia mensagem", lembra.
A dupla jornada de trabalho das mulheres amplia o risco de adquirir o transtornos. — Foto ilustrativa/Reprodução/Freepik.
"Eu comecei a ficar desesperada com o telefone, com o WhatsApp, eu não podia ouvir um toque de telefone que eu começava a ficar nervosíssima."
Radín conta que, no total, ficou afastada do trabalho formal por quatro meses, porém, durante esse tempo, continuou cuidando de sua mãe e de sua avó. A servidora notou que era preciso uma mudança e, após o afastamento, mudou de posição. "O fato de mudar me ajudou muito porque o setor em que eu trabalho hoje tem mulheres que cuidam de pais, que cuidam de idosos", ressalta.
Jötten comenta que, nos casos em que a pessoa não consegue impor limites no trabalho, por exemplo, "para que ele, de forma permanente, mude, você precisa trocar de emprego. Se você não consegue colocar limites, organizar a sua rotina de casa para que ela possa ser diferente, a gente vai ter que cortar outro braço da sua vida porque a rotina de casa não vai mudar. São algumas decisões mais radicais".
Belinda Mandelbaum, professora titular e chefe do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da USP, acredita que é fundamental que, no trabalho, "os gestores tenham consciência sobre as dificuldades que essa mulher enfrenta no seu dia a dia. É preciso colaborar para que ela possa estar numa situação mais tranquila para poder trabalhar ou mesmo para poder ser compreendida se ela precisar faltar um dia porque uma criança está doente".
Porém, a psicóloga ressalta que a mudança permanente pode ser difícil porque, "muitas vezes, as mulheres se encontram em contextos em que elas não têm a quem recorrer, elas não têm parceiros ou parceiras que a apoiem. E aí a gente entra numa questão que é exigir isso numa contingência maior que a história pessoal, que é a política. Se você precisa cuidar de alguém e você não tem com quem contar, o governo deveria te ajudar nisso".
Mandelbaum entende que algumas políticas públicas poderiam colaborar indiretamente com a promoção de saúde mental para as mulheres. "No campo da educação, por exemplo, ampliar o número de vagas em creches. É necessária a manutenção de um valor de seguro desemprego que seja possível para a mulher manter a família, caso ela não esteja trabalhando. Poder ter garantido atendimento de saúde para as crianças. Tudo isso vai dando segurança para a mulher no campo da saúde mental", exemplifica.
Jötten ainda observa que "a maioria das mulheres que consegue sair do burnout e não voltar para ele são mulheres de muito privilégio, conforto financeiro, com uma rede de apoio muito presente. Sabemos que isso vem acompanhado de classes, cores e de várias outras coisas".
O que é burnout?
Distúrbio emocional resultante de situações de trabalho desgastantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.
Os principais sintomas são: cansaço físico e mental excessivo, alterações no apetite, insônia, dor de cabeça frequente, sentimento de fracasso e insegurança, isolamento e fadiga.
O tratamento é feito com psicoterapia e pode envolver medicamentos antidepressivos e ansiolíticos. Mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, mudanças nos hábitos e estilos de vida, também são parte do tratamento.
Como diferenciar burnout de cansaço?
Uma das diferenças entre burnout e cansaço é que, no segundo caso, ele melhora com o descanso. O burnout não é tratado somente com descanso ou férias, mas sim, com mudanças no estilo de vida.
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