VÍDEO: O trabalho integrado de ACS e ACE garantiu atendimento a uma...
Os bons resultados sobre a integração entre os Agente Comunitário de Saúde e os Agentes de Combate às Endemias. — Foto/Reprodução/CONASEMS.
VÍDEO: O trabalho integrado de ACS e ACE garantiu atendimento a uma comunidade que apresentava casos de suicídio.
Grupos no WhatsApp | Em Cipotânea (MG), o trabalho integrado de ACS e ACE garantiu atendimento psicológico semanal a uma comunidade rural que apresentava casos de suicídio.
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Sintomas de ansiedade e depressão
Tudo começou depois que famílias com sintomas de ansiedade e depressão foram identificadas durante visitas dos agentes que monitoram o uso de agrotóxicos na região.
Projeto de integração entre ACS e ACE
Para oferecer melhor qualidade de vida aos usuários e reduzir o autoextermínio no campo, foi criado um projeto de integração entre Agente Comunitário de Saúde e os Agentes de Combate às Endemias contemplando o tema Saúde Mental.
Intervenção entre ACE e ACS
A iniciativa “Vigilância na Saúde Mental: uma intervenção entre ACE e ACS em comunidade rural de Cipotânea/MG” foi finalista na Mostra Saúde com Agente, realizada em dezembro de 2023, e premiada com este webdocumentário.
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Assista ao vídeo:
CONASEMS ressalta a importância da integração entre Atenção Básica e Vigilância em Saúde.
No última último dia 26/06/2024, Cristiane Pantaleão, diretora financeira do Conasems, participou da mesa de abertura da Oficina de Indicadores do Programa de Qualificação de Ações de Vigilância em Saúde (PQA-VS) 2024.
A integração entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde
Em sua fala, Cristiane defendeu uma integração cada vez mais intensa entre as áreas da Atenção Básica e da Vigilância em Saúde, relembrando da importância de iniciativas como o Programa Mais Saúde com Agente (antes, Saúde com Agente), no qual mais de 185 mil Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate a Endemias foram formados na primeira turma, em 2023, e mais de 150 mil estão inscritos para a segunda turma.
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Mil horas compartilhadas por ACS e ACE
“Das 1.275 horas do curso, mil delas são compartilhadas por ACS e ACE, justamente com a intenção de fazer com que os dois profissionais entendam a importância de trabalharem juntos no território. Hoje em dia, não dá para o ACS entrar em uma casa e não olhar o quintal, bem como não dá para o ACE saber que tem vacina atrasada naquela residência e não incentivar a vacinação”, exemplificou a diretora financeira do Conasems.
A integração entre os Agente Comunitário de Saúde e os Agentes de Combate às Endemias, além das pastas em que fazem parte. — Foto/Reprodução/CONASEMS.
Discussão com a SAPS para que os indicadores da Vigilância em Saúde
Cristiane também destacou a necessidade de discutir com a SAPS para que os indicadores da Vigilância em Saúde sejam avaliados no novo modelo de financiamento da Atenção Básica a fim de evitar trabalhos redundantes, uma vez que, em diversos municípios, a equipe que executa as ações para o cumprimento do indicador é a mesma.
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A Vigilância em Saúde como ponto principal
“A gente vem tentando fazer esse esforço desde 2017, quando foi publicada a última portaria da Política Nacional da Atenção Básica, que é quem ordena a rede e coordena o cuidado. Nós colocamos a Vigilância em Saúde como ponto principal dentro da política, e falamos o tempo todo sobre a importância que é a integração”, afirmou.
As informações são do CONASEMS.
Edição Geral: JASB.
Publicação
JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br.
VEJA TAMBÉM:
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Agentes de saúde e lideranças de todo o Brasil se despedem do colega Henio Dantas. Veja o vídeo em homenagem a esse herói da saúde!
Grupos no WhatsApp | Os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às endemias de todo o Brasil toma um susto com a notícia da despedida de Henio Dantas Marques. Um liderança da Bahia conhecida pela sua luta em defesa das duas categorias tanto em sua base quanto a nível nacional parte prematuramente hoje (03/07). Saiba mais e confira a entrevista dada por ele, logo abaixo.
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Nas redes sociais sociais diversas lideranças se manifestaram, manifestando pesar sobre a partida precoce de Henio Dantas. O diretor da Confederação, Geraldo, reservou alguns minutos de seu tempo para publicar a nota que reproduzimos abaixo:
Nota da direção da CONACS
Nossos sentimentos….
É com profundo pesar e que a CONACS presta homenagem a Henio, um agente comunitário de saúde cuja dedicação pelo trabalho deixam marcas aos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.
Um grande líder da Bahia, que lutou incansavelmente na sua base e na luta nacional, sendo também um guerreiro fundamental nas conquistas dos benefícios a todos os ACS e ACE do Brasil.
Embora sua partida represente uma perda, conforta-nos saber que ele agora está ao lado do Senhor, continuando sua missão de amor e cuidado de uma forma celestial.
Que Deus conforte a família e todos amigos, descanse em paz.
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Nota da direção do Sindacs/Feira
É difícil vermos muitos dos nossos colegas, companheiros de lutas partirem assim desta forma. Nos resta guardarmos em nossos corações as boas lembranças que ficaram de quando estiveram aqui conosco. Que Deus conforte os nossos corações.
Nossos sinceros sentimentos!
EVERALDO VITÓRIO PRESIDENTE
LÚCIA GUTEMBERG VICE PRESIDENTE E DIRETORIA.
Comunicação Sindacs/Feira.
Obs.: o informe sobre o óbito de Henio é que o diagnóstico era de câncer no intestino. Este diagnóstico não foi confirmado pelo nosso editorial.
Assista ao vídeo com o colóquio de Henio Dantas:
Entrevista de Henio Dantas Marques
Conheça Henio Dantas Marques, o agente comunitário de saúde reconhecido por criar projetos que aumentaram o bem-estar das comunidades de Serrinha, no interior da Bahia
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O setor público cresceu desde meados da década de 1980, impulsionado principalmente pelos municípios. Segundo o estudo “Três décadas de evolução do funcionalismo público no Brasil (1986-2017)” , do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), apenas um em cada dez servidores públicos no país é da esfera federal. De 1986 a 2017, o número de vínculos municipais aumentou 276%, saindo de 1,7 milhão para 6,3 milhões. Isso quer dizer que o Executivo municipal é o maior empregador do setor público no Brasil. E quase metade das ocupações corresponde aos profissionais de educação e saúde: professores, médicos, enfermeiros e agentes de saúde. Eles ganham, em média, um terço do salário dos servidores federais.
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Elo de ligação entre as comunidades e o SUS (Sistema Único de Saúde), porta de acesso de muitas pessoas à atenção primária em saúde, e ponta da estratégia da saúde da família, sob muitos aspectos os ACS (agentes comunitários de saúde) são representativos de parcela significativa do funcionalismo público no Brasil. O país conta hoje com 260 mil ACS que recebem um piso de R$ 1.400,00 para uma jornada de 40 horas semanais. Eles exercem papel importante no acolhimento e mapeamento de comunidades junto às unidades básicas de saúde. As práticas educativas dos agentes realizadas diariamente no contato com os moradores, especialmente nas visitas domiciliares, são um meio importante de divulgação de informações seguras para a prevenção das doenças e a promoção da saúde.
Há 24 anos ACS de Serrinha, no interior da Bahia, Henio Dantas, além de exercer todas essas funções, também cria projetos para trazer ainda mais valor e bem-estar à sua comunidade. As ações que desenvolve, segundo ele, “dão aquele tempero de pimenta baiana” na rotina. Elas vão desde iniciativas para plantar flores nas calçadas e incentivos para que todos saibam os nomes dos vizinhos, até o “Faltou por quê?”, projeto em que ele se aliou com a Secretaria de Educação e passou a aproveitar as suas visitas domiciliares para levantar os motivos da ausência dos alunos na escola.
Ele também é figurinha fácil nas conferências municipais, estaduais e nacionais sobre saúde. Dantas é mobilizador nacional e o único ACS a integrar a equipe do projeto “Saúde é meu lugar”. Realizado pela Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fiocruz, e a Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. O projeto visa reunir e divulgar histórias sobre experiências de trabalho em saúde em todo o Brasil — em mostras online, presenciais e em uma plataforma com acervo de vídeos, áudios e textos permanentes. Ele nos conta aqui algumas das histórias que publicou lá.
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Henio Dantas é o nono entrevistado da série “Gestão Pública”, uma parceria do Nieixio com a república.org. O projeto traz, ao longo dos meses, entrevistas em texto na seção “Profissões” — são conversas com profissionais que atuam na administração pública e ajudam a transformar a vida dos brasileiros.
Gestão Pública
Quem: Henio Dantas Marques
O quê: Agente comunitário da saúde
Onde: Junto ao SUS
No serviço público: Atua como elo de ligação entre os moradores de Serrinha e o SUS e desenvolve projetos para aumentar o bem-estar das comunidades
Por que você escolheu o serviço público?
HENIO DANTAS - Por várias questões. Primeiro eu busquei no serviço público uma segurança profissional, uma certeza de um emprego garantido, mas não foi só isso. Eu quis ser agente comunitário porque sou muito identificado com a minha comunidade. Eu já prestava serviços voluntários e era a melhor forma de eu manter essa ligação forte. Ser agente comunitário é muito mais do que encaminhar para o médico ou levar um remédio para casa de quem precisa. É agregar um valor à sua comunidade. E quando comecei como ACS eu não tinha noção da grandeza que é a educação popular em saúde.
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Quando se fala em profissionais da saúde geralmente se pensa em médicos e enfermeiros. Os agentes comunitários de saúde se sentem desvalorizados?
HENIO DANTAS - Sentimos muito. Estamos na linha de frente, não só agora na pandemia. Sempre estivemos promovendo a educação e a saúde nas nossas comunidades. Seja preenchendo fichas, fazendo buscas ativas de qualquer agravo de doença, mapeando os pacientes, nem que seja para trocar um curativo. E ficamos tristes quando não somos reconhecidos como profissionais de saúde. Buscamos essa valorização e reconhecimento.
O ACS é a ponta do iceberg. Ele deixa o fluxo das unidades de saúde ativas constantemente. E, quando as unidades estão fechadas, nós nos desdobramos para conseguir encaminhar os atendimentos.
Qual a função de um agente comunitário de saúde?
HENIO DANTAS É difícil de dimensionar o que faz um ACS. Na escrita, ao pé da letra, o agente comunitário é aquele que faz visitas domiciliares, faz triagem de pessoas que têm agravos de doenças. Nessas visitas também acompanhamos vacinação, pesamos e medimos as crianças de 0 a 5 anos, fazemos o acompanhamento do pré-natal das gestantes, dos diabéticos. Nós rastreamos e buscamos ativamente doenças como tuberculose, hanseníase e depressão. Mas a verdade é que, além das buscas e triagens de agravos de doenças, nós somos de tudo um pouco. Temos que ser psicólogo, mediador, educador e às vezes até delegado. Nós lidamos com famílias com pensamentos diferentes, mas que esperam da gente uma orientação. Nos perguntam de tudo, desde marca de repelente até a melhor creche, passando por marcas de geladeiras e provedores de internet. Mas muitas vezes também as pessoas só querem ser ouvidas. Então eu só sento e escuto. É um papel de relevância enorme nas comunidades. A saúde tem várias vertentes.
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Qual impacto o seu trabalho gera?
HENIO DANTAS O trabalho dos ACS tem um impacto enorme, pois ele leva o cidadão para dentro do sistema de saúde. Nós somos o elo de ligação entre o SUS e as comunidades, levamos a estratégia do programa da saúde da família nas costas. Eu, por exemplo, convenci um senhor de 75 anos a fazer um exame de próstata. Ele tinha um preconceito enorme e dizia que seu pai e seu avô nunca fizeram esse tipo de coisa. Conversei tanto com ele ao longo de muito tempo que ele finalmente se convenceu. E, no final das contas, ele tinha um princípio de câncer e pôde se curar porque foi diagnosticado precocemente.
As prefeituras municipais e secretarias de saúde que sabem trabalhar em parceria com os ACS transformam a saúde da sua população. Como circulamos muito nos territórios, a gente avisa para a secretaria quando o esgoto de uma obra estoura, onde está faltando iluminação, onde precisa fazer capinação. A gente pode criar uma ligação direta também com a Secretaria de Educação e ajudar a ver quem não está na escola.
Nesses 24 anos você criou alguns projetos para sua comunidade. Pode falar sobre eles?
HENIO DANTAS Eu já promovi várias ações, não fico estagnado. Gosto sempre de botar aquela pimenta baiana para dar mais gosto ao trabalho. Eu tenho um projeto ligado à Secretaria de Educação que se chama “faltou por quê?”. Quando eu saía para trabalhar, notava que muitas crianças estavam fora da sala de aula, brincando na rua, passeando de bicicleta, mas nada de escola. Aí me interessei e fui nas escolas saber se as respectivas diretoras e professoras sentiam falta desses alunos. Elas disseram que sim e, então, passei a ir em busca do motivo das faltas. Semanalmente, eu passava no colégio, fazia levantamento de quais alunos estavam faltando mais e depois passava nas casas para entender o porquê. Aí a gente descobriu que eram inúmeras coisas. Às vezes, as crianças não iam porque não tinha sapato, porque a calça estava rasgada ou porque faltava comida. Às vezes não iam porque tinham pais drogados, apanhavam em casa. E, uma vez descoberto o motivo, eu criava um elo de ligação entre os órgãos competentes para ajudar essas crianças.
Para mim, a saúde também envolve reconhecer e valorizar as pessoas. Pensando nisso, promovi uma ação para que todos na comunidade conhecessem seus vizinhos de porta e vizinhos das ruas próximas pelo nome. Isso porque eu vejo a satisfação que as pessoas sentem quando eu bato à porta e chamo pelo nome e sobrenome. Não como mulher de fulano ou filho de beltrano. E essa ação trouxe um senso de comunidade e de identidade muito bacana, e que também impacta o bem-estar das pessoas.
Já desenvolvi ações também para a plantação de flores para enfeitar as ruas e chamei os moradores para plantarem flores nas calçadas de terra. E, mais recentemente, tenho usado meu próprio exemplo para promover uma mudança alimentar no bairro. Eu era obeso, pesava mais de 132 quilos, e além das minhas próprias questões de saúde — como enxaquecas, hérnia de disco —, comecei também a sofrer discriminação no trabalho. Resolvi mudar quando percebi que as pessoas já não estavam querendo mais me receber. E comecei a emagrecer fazendo reeducação alimentar, de forma natural, com exercícios leves. A comunidade foi acompanhando meu movimento. Por meio do meu exemplo, muitas pessoas se inspiraram para ter um estilo de vida mais saudável. Consegui muitas consultas com nutricionistas e também trouxe incentivos a práticas esportivas. Uma colega me pediu para ajudar o marido dela e, depois que o ajudei, muitas outras pessoas na comunidade fizeram esse pedido. Idosos passaram a ter diabetes e hipertensão mais controlada. É muito emocionante ver o meu poder de exercer uma influência tão positiva.
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Alguma situação que tenha te marcado mais?
HENIO DANTAS Tem algumas. Uma vez fui convidado para falar sobre a profissão do agente comunitário de saúde no Instituto Federal. Nesse dia, depois da palestra, uma jovem bonita virou para mim e disse que queria me agradecer por ter feito parte da vida dela. Eu perguntei como. E ela respondeu que a mãe lhe havia contado que eu a acompanhei e pesei com 30 dias de nascida até os 5 anos de idade. E que, depois dos 5 anos, não deixei de monitorá-la para que ela tomasse todas as vacinas até os 10 anos. Aí ela me disse: “Se eu hoje sou uma mulher saudável, isso tem a sua contribuição”. Esse reconhecimento da comunidade e dos pais é muito gratificante e marcante.
Os agentes comunitários muitas vezes são referências mais importantes do que os próprios médicos nas comunidades em que atuam? Por quê?
HENIO DANTAS - A comunidade nos considera verdadeiros profissionais de saúde porque sabem que nos viramos para levar saúde até eles. Mas, fora dali, não temos esse mesmo reconhecimento.
Temos prestígio e nos tornamos uma referência porque somos íntimos, temos elo de ligação direto e estamos sempre ali. Quando eu abro o portão da minha casa no meu domingo e dou de cara com o bar, as pessoas já perguntam que dia vai ter o médico, que dia vai ter vacina, que dia vai ter remédio. Eu sei nas comunidades qual a relação íntima entre marido e mulher, como os pais veem os filhos e como os filhos veem os pais, se a família está unida ou separada. E, por ética profissional, ficamos com essas informações só para nós. O ACS trabalha de domingo a domingo.
Uma vez cheguei na casa de uma mulher e ela estava nua porque queria me mostrar as manchas que tinha pelo corpo. E olha que o marido dela é policial! Ela dizia que confiava em mim, que não precisava da opinião do médico. Claro que pedi para ela se vestir e marcar uma consulta.
Agora, com a pandemia, eles recorrem a nós para perguntar se é preciso mesmo usar máscara, qual tipo, quais os sintomas, as precauções. Somos o principal elo de informação sobre coronavírus para eles.
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Quais os desafios no dia a dia do trabalho do ACS?
HENIO DANTAS - O desafio já começa antes de sair de casa. A gente muitas vezes não tem nem uniforme, nem EPI (Equipamento de Proteção Individual) adequado, nem protetor solar para trabalhar andando na rua de sol a sol. Do portão para fora, a gente enfrenta sol, chuva, poeira, lama, cachorro que avança na gente e criminalidade. Nós entramos em bairros e ruas dominadas pelo tráfico.
Fora os desafios físicos, há o desafio de construir uma relação íntima e de confiança com a comunidade e não deixar que esse laço de profissional, morador e amigo se desfaça. As nossas barreiras também estão na limitação da prestação de serviço do SUS. Às vezes, as nossas unidades de saúde não têm como dar suporte para as pessoas que precisam, seja por falta de médico, vaga ou insumos.
Agora, por causa da pandemia, estou vendo um índice de depressão maior na comunidade e também entre os agentes comunitários, mas não encontro quem atenda essas pessoas. Nosso salário está defasado, não temos reconhecimento do nosso valor. Por causa da pandemia, muitas secretarias de saúde não deixavam agentes comunitários entrarem [nas casas das pessoas visitadas], eram atendidos do portão para fora. Mas o médico e o enfermeiro entravam. E não paramos de trabalhar em momento algum, estávamos ali na linha de frente. A gente estava fazendo busca ativa, batendo nas portas. Mesmo sem entrar, continuamos passando de casa em casa fazendo a triagem dos sintomas. E sempre faltou equipamento adequado, não só por causa da pandemia, não. A gente nunca teve como se proteger.
Como você conseguiu manter seu trabalho durante a pandemia?
HENIO DANTAS - Foi um desafio enorme. O primeiro passo foi superar o meu próprio medo e juntar coragem e força para sair de casa. Eu nunca passei por uma pandemia como profissional de saúde e tinha esse medo de ser contaminado. Eu comprei EPI [com dinheiro] do meu próprio bolso porque também tenho que cuidar da minha própria saúde e da minha família. Passamos a trabalhar do portão para fora, sem entrar nas casas, mas não deixando de desempenhar o nosso trabalho no momento que a comunidade mais precisava do nosso apoio. E eu comecei o trabalho de tirar o pânico das pessoas com esclarecimentos sobre a doença. E muitas vezes acabei entrando nas casas e me botando em risco para ajudar a aliviar a depressão das pessoas, principalmente idosos. Muitos passaram por crises enormes, as pessoas estavam passando fome e necessidade sem sair de casa. Para os que não tinham o que comer, eu fazia vaquinha, fazia a feira e entregava na porta de casa.
Mas foi muito difícil, as pessoas não queriam nos atender, não queriam pesar as crianças e, às vezes, nem receber remédio porque achavam que a caixa do remédio podia estar contaminada. Teve dia de eu sair e não conseguir atender nenhuma casa, de me sentir discriminado nas ruas. Mas eu não parei e sigo indo até hoje. Não parei e nem vou parar. Foi uma superação, mas o SUS e a saúde são mais fortes do que tudo isso.
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Governos importam?
HENIO DANTAS - É um pouco complicado falar sobre governos porque a discussão tende a polarizar. Mas a verdade é que não importa se você vai tomar a vacina do lado esquerdo ou do lado direito. O fato é que todos precisamos tomar as injeções, e a gente precisa do governo para gerir quem vai tomar, quando e como. As pessoas precisam de uma liderança para organizar as questões sociais, e, por isso, a importância dos governos.
As informações são do Nieixio.
Edição Geral: JASB.
Publicação
JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br.
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Saiba as características que recebemos do pai e herdamos da mãe
Características que recebemos do pai e herdamos da mãe. — Fotomontagem JASB/Reprodução/Shutterstock.
Grupos no WhatsApp | Quando se trata de características herdadas, nossos pais têm um papel importante. Mas o que realmente recebemos de cada um? Confira!
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Da Mamãe
Agora, vamos analisar algumas das características que homens e mulheres podem herdar de cada um de seus pais, começando pela mãe.
Doenças mitocondriais
Problemas hereditários sérios transmitidos através do DNA mitocondrial.
Essas doenças hereditárias crônicas são transmitidas às crianças quando o DNA mitocondrial é defeituoso ou tem mutações. Embora muitos desses distúrbios apareçam no nascimento, eles também podem se desenvolver mais tarde na vida e afetar praticamente qualquer parte do corpo humano.
Estima-se que cerca de 1 em cada 5.000 pessoas tenha um distúrbio mitocondrial hereditário. Alguns exemplos incluem síndrome de Leigh, encefalopatia mitocondrial, acidose láctica e episódios semelhantes a acidente vascular cerebral (MELAS).
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Problemas de Visão: Tanto a estrutura ocular quanto a visão são herdadas das mães. A miopia patológica é uma das condições oculares comuns que podem ser transmitidas através dos genes. Miopia e daltonismo podem vir da mãe.
Características Físicas: Cor e textura do cabelo, pele e até varizes.
Menstruação e Menopausa: O tempo desses eventos pode ser herdado.
Inteligência: Estudos mostram que o QI da mãe é um grande preditor.
Padrões de Sono: As mães podem passar seus padrões de sono para os filhos.
Envelhecimento: DNA mitocondrial pode influenciar a taxa de envelhecimento.
Metabolismo: Nossa capacidade de ganhar peso pode ser herdada.
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TDAH: Baixos níveis de serotonina na mãe podem aumentar o risco.
Humor e Temperamento: Genes ligados ao sistema límbico são transmitidos.
Resistência ao Exercício: Genes esportivos vêm da mãe.
Embora haja uma falta de pesquisas em humanos para confirmar essa teoria, estudos em animais sugerem que o DNA das mitocôndrias (que só pode ser herdado das mães) pode ter um impacto na taxa de envelhecimento.
Outro estudo, no entanto, descobriu que fatores ambientais, como exposição solar, tabagismo, etc, podem causar danos ao DNA mitocondrial, que então são herdados pela criança e podem influenciar características como rugas e cabelos grisalhos.
Agora, vamos dar uma olhada em alguns exemplos de traços que são passados pelos pais.
Do Papai:
Altura: Genes IGF do pai têm mais influência.
Ambos os genes de altura dos pais são passados para uma criança, mas os genes IGF do pai têm uma influência maior na estimulação do crescimento e, portanto, na altura.
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Problemas Odontológicos: Dentes tortos e cáries podem vir do pai.
De dentes tortos a cáries, você pode culpar os genes de seu pai por isso. Este é geralmente o caso quando o pai tem a saúde dentária deficiente.
Gênero: Cromossomos determinam o sexo do bebê.
Os pais determinam essencialmente o gênero da criança, que é definido pelos cromossomos X e Y: XX para as mulheres e XY para os homens.
Todo óvulo tem um cromossomo X e, dependendo do cromossomo do espermatozoide do pai (X ou Y), o embrião se desenvolverá em menino ou menina.
Distúrbios ligados ao Cromossomo Y: Síndrome de dedos grudados, por exemplo.
Os homens obtêm seu cromossomo Y de seus pais, então isso significa que os distúrbios ligados a esse cromossomo são herdados dos pais. Estes incluem sindactilia (dedos grudados) e hipertricose auricular (pelos mais longos, grossos e abundantes do que o normal nas orelhas).
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Armazenamento de Gordura: Gordura branca, relacionada a problemas de saúde.
Temos dois tipos de gordura em nossos corpos: marrom e branca. A gordura marrom é geralmente usada para quebrar a glicose e é herdada das mães.
O armazenamento de gordura branca, por outro lado, é principalmente herdado do pai. Esse tipo de gordura é usado para energia, mas pode se acumular e causar problemas de saúde, como doenças cardíacas e obesidade.
Fontes: (MedicineNet) (FamilyEducation) (Reader’s Digest) (Biologyonline)
As informações são da Starslnsider.
Edição Geral: JASB.
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JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br.
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