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O salário dos Agentes de Saúde e o valor do salário mínimo na América Latina.

        A posição econômica desfavorável do Brasil deixa os Agentes comunitários e de combate às endemias em desvantagem em relação a vários países.  —  Imagem/Reprodução/BCB.
 
O salário dos Agentes de Saúde e o valor do salário mínimo na América Latina.
Publicado no JASB em 12.junho.2024. Atualizado em 30.outubro.2024.            

Grupos no WhatsApp | O acesso a informação é o primeiro passo para que seja possível se organizar para garantir o acesso a direitos conquistados ou novos. Nesta matéria trataremos do potencial econômico dos agentes, diante da desvalorização de seus salários. 
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Desejamos esclarecer que esta matéria não tem relação alguma com questões políticas ou de quem esteja no governo, se contra ou a favor. Estaremos tratando de fatos, independente de qualquer coisa. Não podemos levar a vida fechados em bolhas, buscando viver num universo imaginário. Dito isto, vamos aos fatos!

Recentemente publicamos diversas matérias sobre municípios em que os Agentes de Saúde (ACS e ACE) são remunerados de forma satisfatória, recebendo valores que qualquer um agente (das demais cidades, chegam a duvidar), contudo, é importante estarmos atento ao poder de compra de nosso país. 

A força do real 

Se a moeda brasileira, isto é, o real, perde a força, inevitavelmente todos os trabalhadores irão sentir essa perda. Por outro lado, quanto mais a moeda do país for forte, maior será o poder de compra dos trabalhadores. 

O custo de vida e remuneração dos ACS/ACE

Quanto a questão da categoria, a balança que envolve o custo de vida e a remuneração dos agentes comunitários e de combate às endemias precisa encontrar um ponto de equilíbrio.
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Quando o custo de vida sobe de forma exagerada, o valor dos salários dos trabalhadores perdem força, isto é, perde o poder de aquisição. Isto é algo semelhante a redução de salário. Já pensou o seu salários ser cortado em R$ 100, R$ 200 ou R$ 300? É exatamente isto que ocorre, quando a desvalorização do salário mínimo acontece no país.

5º pior salário mínimo da América Latina

A classificação do Brasil como o 5º pior salário mínimo da América Latina, revela o quanto o nosso trabalho tem sido mau remunerado.

Os reflexos dessa posição desfavorável do Brasil afeta principalmente aos trabalhadores/as que recebem menos de 3 salários mínimos. 

Ao considerar os salários mínimos atualizados no ano de 2023, o Brasil ficou na 5ª pior posição do ranking da América Latina. Somente 4 países possuem um salário mínimo menor que o Brasil: Venezuela, Argentina, República Dominicana e Colômbia. 
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As informações aqui apresentada, revelam um estudo divulgando pela plataforma de descontos online CupomValido.com.br com dados referentes às informações oficiais de 2023 de cada país.

O valor do salário mínimo médio ao considerar todos os países foi de R$1.751, um valor mais de 32% maior que no Brasil.

O primeiro e o último colocado conforme dados de 2023

Com o valor de R$ 3.183, a Costa Rica é o país com o maior salário mínimo da América Latina. Este valor é mais que 2.4x maior que no Brasil.

A Costa Rica possui uma forte economia no setor de turismo, agricultura e exportação. Além disso, ao levar em consideração a expectativa de vida, educação, e renda per capita, o país possui o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,809, um valor considerado como muito elevado.
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Na ponta oposta, com apenas R$ 42, a Venezuela é o país com o pior salário mínimo.

A realidade dos Agentes de Saúde no Brasil

A realidade dos agentes comunitários e de combate às endemias em nosso país é algo lamentável, principalmente se considerarmos que parte da categoria, infelizmente, nem mesmo recebe os 2 salários mínimos, preconizado pela Emenda Constitucional 120/2022. 

Se por um lado o trabalho efetuado pelos agentes produz uma economia anual aos cofres públicos orçados em pelo menos R$ 181 bilhões (valor não atualizado), a falta de reconhecimento por parte dos gestores tem sido algo absurdo. Felizmente os ACS/ACE tem se organizado e conseguido avançar em diversas cidades, nos mais variados estados brasileiros.

Inhapi, Peixoto de Azevedo, Manaus, Joinville e Brasília 

No final de 2023, realizamos uma "atualização financeira" dos agentes comunitários e de combate às endemias de algumas cidades, em que as duas categorias conseguiram avançar de forma muito interessante. Os salários pagos vai desde os quase R$ 4 mil a mais de R$ 10 mil. Para comprovar as informações de nossa pesquisa, publicamos os holerites (contracheques) e até prints de Portais de Transparência das prefeituras.  
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É possível avançar e garantir melhores salários

A valorização salarial que desejamos, na verdade, depende de cada um de nós e não de prefeitos e secretários de saúde. Claro que a existência de um bom administrador público municipal, sem dúvida alguma, facilita muito a vida dos servidores públicos, em termo de reconhecimento prático. Discursos de valorização sem garantir melhores condições de vida aos ACS/ACE não passa de discursos vazios. 

Cidades com bons desempenhos 

As cidades de Inhapi, Peixoto de Azevedo e Brasília (veja a matéria mais abaixo) servem de referência para os agentes que estão muito abaixo do pagamento de salários descentes. 

O Piso de 2 salários mínimos, na verdade, representa o menor valor a ser recebido pelo agente comunitários e de combate às endemias, não representa o valor máximo.
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Quem paga o Piso, paga o mínimo

As prefeituras que garantem o pagamento do "Piso Salarial Nacional," na verdade, estão pagando o mínimo a ser pago aos ACS e ACE. Detalhe: não são as prefeituras que pagam os salários dos Agentes, mas o Ministério da Saúde, por meio do FNS - Fundo Nacional de Saúde. Portanto, uma gestão que diz valorizar os Agentes de Saúde e paga apenas o base (2 salários mínimos), na verdade, não valoriza os seus servidores. 

Pagamentos vantajosos

Os valores pagos aos Agentes das cidades que citamos acima, na realidade, representa melhores condições de vida aos servidores e suas famílias (veja mais informações, logo abaixo). Contudo, não é novidade que há municípios cujos salários pagos aos ACS e ACE vão muito além dos que são pagos aos colegas do estado do Amazonas, por exemplo.

Entre R$ 5.870 e R$ 9.109

Os agentes comunitários e de combate às endemias da cidade que conseguiram sair dos vencimentos baixos e entraram numa realidade interessante, infelizmente, não representam a maioria dos servidores do país. Hoje, um agente comunitário e de combate às endemias pode chegar ao valor de R$ 9.109, conforme informações apresentadas no Portal da Transparência, veja mais detalhes sobre estes excelentes vencimentos.

JAB com informações do IG Economia, Brasil Econômico 
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ACS recebendo quase R$ 6 mil: confira o comprovante e veja a diferença em relação aos ACE. Confira nessa matéria exclusiva!

        Agentes comunitários e de combate às endemias estão conseguindo avançar e garantir excelentes rendimentos.  —  Imagem/Reprodução.     

Nessa matéria exclusiva do JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil é possível conferir novos casos de municípios que reconhecem financeiramente o trabalho dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias. Obviamente que tal reconhecimento não nasceu do acaso, mas, foi fruto de articulações dos próprios agentes. Confira!  Acesse a matéria completa, aqui! 

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