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22 de abril – Dia do Descobrimento do Brasil.

        Na fotos, a reprodução do quadro de Oscar Pereira da Silva, de 1922, chamado "O desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro, 1500", feita em óleo sobre tela (190 x 330 cm), e disponível no Museu Histórico Nacional.   —  Foto/Reprodução/Museu Histórico Nacional.
 
22 de abril – Dia do Descobrimento do Brasil.
Publicado no JASB em 22.abril.2024.  

Grupos no WhatsApp 22 de abril é a data que conhecemos como dia do “descobrimento do Brasil”. Durante muito tempo, acreditou-se que esse momento teria acontecido em 3 de maio.
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O dia 22 de abril é marcado em nosso país como o “dia do descobrimento do Brasil”, ou seja, o dia que os portugueses chegaram aqui, no ano de 1500, o que se deu pela expedição de Pedro Álvares Cabral. Essa expedição tinha uma missão dupla: a investigação das possibilidades de Portugal na América e a compra de especiarias na Índia.

A chegada dos portugueses ao nosso território deu início à colonização brasileira, apesar de que, nas primeiras décadas, a presença deles foi muito tímida. Por muito tempo, acreditou-se que essa chegada tinha acontecido no dia 3 de maio, mas a descoberta da carta de Pero Vaz de Caminha confirmou a real data.

A chegada dos portugueses ao Brasil está relacionada com um processo que se estendeu ao longo do século XV e ficou conhecido como grandes navegações — o conjunto das navegações realizadas pelos portugueses no Oceano Atlântico.

Essas expedições resultaram em inúmeras descobertas, e Portugal foi o país pioneiro na navegação atlântica porque reuniu condições para que isso acontecesse, a começar pelas questões políticas. Portugal era um país estável e não passava por turbulências políticas desde a Revolução de Avis (quando a dinastia de Avis foi entronizada).

Além disso, Portugal tinha o território consolidado desde o século XIII, quando os mouros foram expulsos da região do Algarve. Essa estabilidade política não era compartilhada por nações vizinhas, como Espanha, Inglaterra e França. Além disso, ela permitia o desenvolvimento comercial e tecnológico, que, no caso português, reverteu-se em melhorias náuticas.
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Portugal tinha um comércio muito desenvolvimento porque a localização de sua capital, Lisboa, tornava-a um centro comercial importante. Na questão do comércio também estava inclusa a necessidade dos europeus de manter contato com a Índia, região na Ásia em que eram obtidas as especiarias, mercadorias muito valorizadas na Europa.

A rota tradicional, que passava por Constantinopla, tinha sido fechada pelos otomanos quando conquistaram a cidade em 1453. Os portugueses passaram a investir na navegação atlântica para que pudessem encontrar uma rota contornando o litoral do continente africano. Ao longo do século XV, eles tentaram contornar a costa sul da África, e só conseguiram em 1488.

Outro feito realizado por Portugal no percurso das grandes navegações foi a descoberta de locais, como Canárias, Madeira, Açores e Cabo Verde. À medida que o oceano era desbravado, o ímpeto de exploração aumentava e o interesse pelo lucro mobilizava homens como Cristóvão Colombo, genovês que conseguiu financiamento espanhol.

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Partilha da América

A expedição de Cristóvão Colombo resultou na chegada dos europeus à América, em 1492. Esse feito chamou a atenção dos habitantes do Velho Mundo, e uma disputa diplomática foi realizada entre portugueses e espanhóis, nessa última década do século XV.

Com isso, chegou-se ao Tratado de Tordesilhas — acordo, realizado entre as duas nações, que dividiu todas as terras a serem descobertas com base em uma linha imaginária estipulada a 370 léguas a oeste da ilha de Cabo Verde.
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Os portugueses chegam à América

        A expedição portuguesa enviada para o Brasil era composta por 13 embarcações e conteve até 1500 homens.   —  Foto/Reprodução/Shutterstock.

Depois de contornarem a costa sul do continente africano, os portugueses enviaram uma expedição para a Índia e logo organizaram uma segunda expedição, capitaneada por Pedro Álvares Cabral (cujo título era de capitão-mor). Abaixo dele estavam outros 13 capitães, cada qual liderando uma embarcação específica.

A expedição de Cabral foi pensada com o objetivo de comercializar com a Índia, mas também para averiguar as possibilidades de Portugal na América. A expedição contou com 13 embarcações e com uma tripulação de até 1500 homens. Ela zarpou do Rio Tejo, em Lisboa, no dia 9 de março de 1500.

A expedição seguiu diretamente até Cabo Verde, chegando lá no dia 22 de março. Depois disso, seguiu viagem adentro na zona de calmaria equatorial, uma semana depois. No dia 21 de abril, os marinheiros avistaram algas marinhas, um sinal claro de que havia terra aproximando-se. Na manhã do dia 22 de abril, foram avistados pássaros, e no final desse dia, foi visto o Monte Pascoal.

Em 23 de abril de 1500, Cabral autorizou um grupo de homens a ir para a terra explorar o litoral. Lá eles tiveram contato com os nativos, e esse foi o primeiro contato feito pelos portugueses com os indígenas. Esse momento foi pacífico e contou com a troca de presentes entre os dois lados.

Os portugueses permaneceram no Brasil até 2 de maio, quando, então, as embarcações partiram para Calicute, na Índia. Antes disso, em 26 de abril, foi realizada a primeira missa em território brasileiro. A notícia do achamento da terra logo foi enviada para o rei d. Manoel I, e o principal documento desse acontecimento foi a carta escrita por Pero Vaz de Caminha.
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Data do descobrimento

Durante muito tempo, acreditou-se, no Brasil, que a data da chegada dos portugueses era 3 de maio. Isso porque, até meados do século XIX, a carta de Pero Vaz de Caminha estava perdida nos documentos do Império Português, e, como não era possível ter acesso a ela, detalhes importantes desse acontecimento estavam perdidos. Essa impressão incorreta é atribuída a um historiador português que viveu no século XVI — Gaspar Correia.

Esse historiador interpretou a mudança do nome do Brasil de Terra de Vera Cruz para Terra de Santa Cruz como um indicativo de que a chegada dos portugueses tinha acontecido no dia 3 de maio. Essa interpretação foi baseada no fato de que o dia 3 de maio era dedicado à comemoração religiosa da Santa Cruz, em Portugal. Assim, ele deduziu que os portugueses haviam dado esse nome ao Brasil porque teriam chegado aqui nesse dia.

Só em 1817, quando o padre Manuel de Aires de Casal encontrou a Carta de Pero Vaz de Caminha é que se resgatou a informação de que a chegada dos portugueses aconteceu no dia 22 de abril e não em 3 de maio. Foi necessário mais de um século para que todos os vestígios da interpretação incorreta de Gaspar Correia desaparecessem.

Feriado nacional

Apesar do 22 de abril ser uma data significativa para o Brasil, ela não é um feriado nacional. O descobrimento foi feriado no país até 1930, mas deixou de sê-lo quando uma lei, emitida pelo governo de Getúlio Vargas, aboliu alguns feriados do nosso calendário.

Atualmente, os feriados nacionais são delimitados por duas leis: a 10.607, de 19 de dezembro de 2002, e a 6.802, de 30 de junho de 1980. Por meio delas, definiram-se oito feriados nacionais (quando se fala de datas fixas) em nosso país, e o dia 22 de abril não é um deles.
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Como dito, o dia do descobrimento já foi considerado um feriado nacional, mas sua comemoração não era realizada em 22 de abril, e sim em 3 de maio. Isso foi feito pelo Governo Provisório, que assumiu o país após a Proclamação da República, por meio do Decreto nº 155-B, de 14 de janeiro de 1890.

Os historiadores argumentam que o motivo provável para o feriado em 3 de maio e não em 22 de abril, como se sabia na época ser a real data do descobrimento, era não haver feriados em dois dias seguidos (21 e 22 de abril). Com isso, os governantes da época optaram por escolher a data falsa para comemoração da chegada dos portugueses. O Decreto nº 19.488, de 15 de dezembro de 1930, aboliu esse feriado, garantindo a consolidação do 22 de abril.

Por Daniel Neves
Professor de História

Escrito por: Daniel Neves Silva Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Daniel Neves. "22 de abril – Dia do Descobrimento do Brasil"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-do-descobrimento-do-brasil.htm. Acesso em 22 de abril de 2024.
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Veja 7 fatos sobre sobre a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500

Seguindo o comando do navegador português Pedro Álvares Cabral, cerca de mil pessoas, a bordo de 13 embarcações, desembarcaram na costa brasileira, na altura do que hoje é a atual cidade de Porto Seguro, na Bahia. O dia era 22 de abril de 1500 e, nesse pedaço de terra que os recém-chegados não tinham a menor ideia do tamanho, viviam dezenas de povos originários diferentes, em um total que passava das 3 milhões de pessoas, como conta um artigo sobre o tema publicado pela Agência Brasil, órgão de comunicação oficial do governo brasileiro. 

Passaram-se mais de 500 anos da data comumente chamada de “descobrimento do Brasil” e, nos últimos tempos, essa expressão vem sendo questionada por especialistas e historiadores, dado que os portugueses adentraram um território no qual outros povos já viviam, como explica o artigo governamental, o que faria deles mais invasores do que descobridores. 

Após a chegada ao Brasil, os portugueses passaram a colonizar o país e explorar recursos minerais e naturais para obtenção de lucros”, diz o texto oficial. “Para isso, exploraram a mão de obra indígena, de imigrantes e de pessoas trazidas do continente africano”, completa. 

Mas qual era o contexto do desembarque dos colonizadores europeus no território que hoje é o Brasil e quais fatos estão associados ao 22 de abril? A National Geographic listou os 7 acontecimentos sobre esse exato período histórico.
        Exemplar de pau-brasil fotografado durante visitas noturna guiada pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro.   —  Foto/Reprodução/AGÊNCIA BRASIL.

Os 7 fatos históricos sobre o 22 de abril 

1. Desde 1487, o reino de Portugal buscava encontrar um caminho para chegar ao Oriente, mais precisamente o caminho para as Índias, por causa das riquezas que o comércio com essa região trazia, como explica o livro “A História do Brasil Para Quem Tem Pressa” (Ed. Valentina), escrito por Marcos Costa, doutor em História pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), pesquisador e escritor. Esse objetivo era o que estava por trás da viagem que trouxe Pedro Álvares Cabral em abril de 1500.
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2. Já após a chegada dos portugueses ao novo território, Dom Manuel 1º, o rei de Portugal na época, não pareceu muito empolgado com o desembarque das caravelas de Cabral. Isso porque em uma comunicação enviada por Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota, o relato era de que “à primeira vista, apenas existiam nativos” no lugar. “Era um espaço virgem, sem riqueza imediata”, conta um artigo intitulado “O Descobrimento do Brasil e os interesses dos portugueses”, publicado no site de educação da prefeitura do Rio de Janeiro.   
3. O artigo continua explicando que, inicialmente, o único benefício visto pela Coroa portuguesa com a chegada ao Brasil era o de fazer daquele território como um ponto de parada no litoral sul-atlântico para chegar depois às Índias Orientais. Por isso, continua a fonte, “por um longo período, a terra americana permaneceu quase que em abandono”.

4. Sobre isso, o livro “A História do Brasil Para Quem Tem Pressa” detalha que nos primeiros 30 anos após a chegada ao novo território, inúmeras viagens foram feitas pelos portugueses com o intuito de fazer um reconhecimento da região. “Muitos marinheiros desertaram ou eram propositalmente deixados entre os naturais da terra para se familiarizar com a língua e colher informações”, diz a obra. 

5. A Coroa portuguesa tanto não parecia empolgada com as terras encontradas que mudou a maneira como se referia a ela diversas vezes. Antes de receber o nome de Brasil, que remetia ao pau-brasil – árvore existente em abundância na colônia recém-descoberta e que se mostrou bastante valiosa no mercado europeu, a monarquia achou que o lugar era, na verdade, uma ilha, chamando-o de Ilha de Vera Cruz. Na sequência, o país também foi nomeado como Terra de Santa Cruz e Terra dos Papagaios, como conta um artigo de National Geographic Brasil intitulado “Pau-brasil: no dia da árvore, 6 curiosidades sobre a espécie que batizou um país”.
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6. Já a obra “1499 – O Brasil antes de Cabral” (Ed. Harpers Collins), de Reinaldo José Lopes, jornalista especializado em ciência, traz em suas últimas páginas um retrato do impacto da chegada dos portugueses para os povos originários que existiam no Brasil e como o passado deles e seus conhecimentos acabaram apagados dos livros de história após a chegada dos colonizadores. “A pré-história é a chave para entender estas condições iniciais [de contato de indígenas e europeus] e para demonstrar que o passado profundo do Brasil é tão rico e complexo quanto o do Velho Mundo”, detalha a obra.

7. Até 1534, esse momento pós chegada dos colonizadores portugueses termina com a Coroa arrendando as novas terras. Um dos primeiros a ter o direito de explorá-la foi Fernando de Noronha, um comerciante judeu que apostou no extrativismo do pau-brasil e de outros produtos típicos da região tropical, diz o livro “A História do Brasil Para Quem Tem Pressa”. A partir dessa data, Portugal também inaugurou o regime de capitanias hereditárias, quando ainda sem interesse em investigar na colônia, praticamente “terceiriza” o território, fatiando-o para outros indivíduos explorarem. As capitanias de São Vicente (onde hoje fica a cidade paulista), e a de Pernambuco, foram as únicas que prosperaram, sendo que a primeira avançou com o uso de engenhos de cana-de-açúcar, introduzindo a plantação da cana em terras brasileiras, detalha o livro. 


As informações são do Brasil Escola e National Geographic Brasil.

Edição Geral: JASB.

Publicação
JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br.
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Ministério da Saúde confirma 1º caso de cólera no Brasil, após 18 anos.
        A notificação ocorre em Salvador, na Bahia.   —  Foto/Reprodução/iStock.
 
Publicado no JASB em 22.abril.2024.  

Grupos no WhatsApp O Ministério da Saúde (MS) confirmou por meio de nota técnica o primeiro caso de cólera após 18 anos sem diagnósticos no Brasil. Segundo a pasta, “trata-se de um caso isolado”.
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A doença está ligada diretamente ao saneamento básico e à higiene.

A notificação ocorre em Salvador, na Bahia. O informativo do Ministério informa que o paciente (um homem de 60 anos) não tem histórico de deslocamento para países com ocorrência da doença e contraiu a doença localmente no mês passado (o que configura um caso autóctone).

Não foram localizados outros casos

Considerando a janela de transmissão de 20 dias, ele "não transmite mais o agente etiológico desde o dia 10 de abril". Não foram localizados outros casos junto às pessoas que tiveram contato com o homem.

Casos de cólera

No país, os últimos casos autóctones (que se originam da região onde é encontrado) de cólera ocorreram entre os anos 2004 e 2005, com 26 casos ao todo. Após este período, apenas foram notificados casos “importados”.

31 países afetados em todo o mundo

Segundo a OMS, de janeiro a março de 2024, a cólera afetou 31 países em todo o mundo. A maioria dos casos ocorreu na África, com 18 países afetados. Na América, somente Haiti e República Dominicana relataram surtos da doença.
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O QUE É A CÓLERA?

A cólera é uma doença bacteriana infecciosa intestinal aguda, transmitida por contaminação fecal-oral direta ou pela ingestão de água ou alimentos contaminados. Frequentemente, a infecção é assintomática ou causa diarreia leve. Pode também se apresentar de forma grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e cãibras. Quando não tratada prontamente, pode ocorrer desidratação intensa, levando a graves complicações e até mesmo ao óbito.

        A notificação ocorre em Salvador, na Bahia.   —  Foto/Reprodução/Sanofi/Flickr.

Incubação da bactéria

O período de incubação da bactéria, tempo que leva para provocar os primeiros sintomas no organismo, varia de algumas horas a 5 dias da infecção. Na maioria dos casos, esse período é de 2 a 3 dias. O período de transmissibilidade perdura enquanto a pessoa estiver eliminando a bactéria nas fezes, o que ocorre, na maioria dos casos, até poucos dias após a cura. Para fins de vigilância, o período aceito como padrão é de 20 dias.

CAUSA

A cólera é causada pela ação da toxina liberada por dois sorogrupos específicos da bactéria Vibrio cholerae (sorogrupos O1 e O139). A toxina se liga às paredes intestinais, alterando o fluxo normal de sódio e cloreto do organismo. Essa alteração faz com que o corpo secrete grandes quantidades de água, o que provoca diarreia aquosa, desitradação e perda de fluidos e sais minerais importantes para o corpo.
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TRANSMISSÃO

A transmissão da cólera ocorre por via fecal-oral, ou seja, pela ingestão de água ou alimentos contaminados, ou pela contaminação pessoa a pessoa. Os alimentos, de forma geral, podem ser contaminados durante a cadeia produtiva e durante sua manipulação.

Além disso, como o agente causador da cólera faz parte do ambiente aquático, pode se associar a mariscos (crustáceos e moluscos), peixes e algas, entre outros, possibilitando a transmissão da cólera se esses alimentos forem consumidos crus ou mal cozidos.


As informações são do SBT News e Ministério da Saúde.

Edição Geral: JASB.

Publicação
JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br.

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Vírus mortal provoca alerta global: "Comedor de Ânus" mata 30% dos infectados
        Bactéria mortal: 1.319 casos registrados no Japão.   —  Foto/Reprodução.
 
Publicado no JASB em 05.abril.2024. Atualizado em 21.abril.2024.  

Grupos no WhatsApp O que é a doença que está gerando preocupação no Japão e em diversos outros países?
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A doença que está causando medo na população japonesa e em países vizinhos é a síndrome do choque tóxico estreptocócico (STSS). 

Síndrome de choque tóxico estreptocócico

A síndrome de choque tóxico estreptocócico (STSS) é uma complicação de infecções invasivas envolvendo estreptococos do grupo A (S. pyogenes), incluindo infecções na pele e nos tecidos moles, pneumonia e infecções de corrente sanguínea.

Surto de casos da síndrome

O Japão está enfrentando um surto de casos da síndrome do choque tóxico estreptocócico, uma forma mais grave e potencialmente mortal da doença estreptocócica. A atual taxa de mortalidade da doença é de aproximadamente 30%. 

O medo da população japonesa e países vizinhos

A doença está causando medo na população japonesa e em países vizinhos. A enfermidade ficou conhecido equivocadamente como vírus ‘"comedor de ânus." Tal denominação não é compatível com a realidade, já que se trata de uma infecção bacteriana.

1.319 casos registrados no Japão

No ano passado, foram registrado 941 caso da STSS, neste ano, nos dois primeiros meses já foram registrados 378 casos.
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Toxinas do Staphylococcus aureus

Primeiramente reconhecida em 1987, a STSS teve muitas das características clínicas semelhantes às da síndrome do choque estafilocócico (STS), causada por toxinas do Staphylococcus aureus, quando, em uma série de casos de 20 pacientes, a STSS emergiu como uma doença associada à fasceíte necrosante e miosite, marcada por morbidade e mortalidade bem maiores em comparação com a STS.

As taxas de incidência anual de infecção por Streptococcus do grupo A (GAS) variaram de 3 a 6 casos por 100 mil pessoas, com os pacientes com 65 anos de idade ou menores de 1 ano de idade sendo os mais afetados. Em um estudo populacional europeu, entre 2003 e 2004, 13% das infecções invasivas por GAS foram complicadas por STSS, com metade de todos os casos de STSS ocorrendo em pacientes com fasceíte necrotizante. Outro estudo sugeriu que a STSS complica de 3 a 4% das infecções invasivas por GAS. As taxas de mortalidade para STSS são altas, variando de 20 a 45%.

São fatores de risco para STSS:

Traumas menores causando hematoma ou lesão muscular;

Uso de anti-inflamatórios não esteroidais;

Cirurgias recentes;

Infecções virais;

Pós-parto.
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Em crianças, a infecção por varicela e por influenza é um fator de risco. A presença de comorbidades, incluindo doenças cardíaca, hepática e renal, diabetes melito, alcoolismo e abuso de drogas, é mais comum em pacientes que desenvolvem STSS, embora muitos não apresentem comorbidades antes do desenvolvimento da STSS. Nos últimos anos, a STSS tem sido associada a infecções que envolvem estreptococos do grupo B, C e G. O Streptococcus suis (um agente patogênico em suínos) é outro fator precipitante recentemente identificado para STSS.

Fisiopatologia

A STSS é mediada por toxinas que funcionam como antígenos. As exotoxinas pirogênicas estreptocócicas, predominantemente A e B, são produzidas por GAS em infecções graves. Essas toxinas se ligam à molécula de classe II do complexo de histocompatibilidade principal e ao receptor de células T em células apresentadoras de antígeno, ativando as células T e desencadeando a expressão de citocinas, causando uma resposta inflamatória sistêmica com achado de febre e outras manifestações sistêmicas.

Fatores de virulência

Os fatores de virulência dos estreptococos, incluindo as proteínas M, conferem resistência à fagocitose, entre outras propriedades que aumentam a gravidade da doença. As rupturas nas superfícies da pele e das mucosas (por exemplo, orofaringe e vagina), bem como o trauma menor com hematoma, contusão ou lesão muscular, são pontos de entrada comuns que predispõem a ocorrência de STSS.
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Características Clínicas

As mais comuns fontes de entrada são a pele, a vagina e a faringe, mas nenhuma porta de entrada de infecção é encontrada em, aproximadamente, metade dos casos. Pacientes com traumas menores podem desenvolver infecções como fasceíte necrotizante ou mionecrose em 48 a 72 horas, frequentemente sem portas de entrada na pele.

O quadro pode ser precedido por um pródromo não significativo de febre, calafrios, suores, mal-estar, artralgias, tosse, dor de garganta, rinorreia, anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal e diarreia em adultos e crianças. Uma erupção cutânea difusa eritematosa e macular é frequentemente observada em STSS e pode progredir para descamação, embora sua presença não seja necessária para o diagnóstico da doença.

Os sinais clínicos de infecção incluem dor, edema e eritema localizado, seguido de equimoses e progressão para fasceíte ou miosite em 70 a 80% dos casos. Esses pacientes devem ser avaliados por um cirurgião sempre que se acreditar na possibilidade do diagnóstico de uma infecção necrotizante do tecido mole. A tomografia computadorizada e a ressonância nuclear magnética apresentando destruição de tecidos moles estabelecem esse diagnóstico, mas nunca devem atrasar a avaliação cirúrgica oportuna.

A maioria dos casos evolui com febre, mas a hipotermia pode ocorrer, e há alteração do estado mental em cerca de metade dos pacientes, podendo haver choque por extravasamento de líquido pericapilar e vasodilatação, com hipotensão ocorrendo rapidamente. Outras manifestações incluem endoftalmite, peri-hepatite, peritonites, miocardites, pneumonia e sepse fulminante.
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Dada a forte associação entre a STSS e as infecções necrotizantes dos tecidos moles, é provável que muitos pacientes apresentem, inicialmente, a dor fora de proporção aos achados físicos em um local localizado, muitas vezes em extremidades. Descoloração violácea progressiva, crepitação da pele e necrose e formação de bolha no local são sinais ameaçadores de fasceíte necrosante subjacente e miosite.

A síndrome do compartimento pode ser uma complicação associada. A hipotensão refratária resulta rapidamente de uma combinação de vasodilatação, vazamento capilar e depressão miocárdica de cardiomiopatia tóxica. Lesão renal aguda, isquemia miocárdica e cerebral, síndrome de dificuldade respiratória aguda, rabdomiólise por destruição muscular, disfunção hepática e coagulação intravascular disseminada podem ocorrer e levar à morte dentro de horas a dias. A disfunção renal ocorre em quase todos os pacientes em intervalo de 48 a 72 horas.

Exames Complementares

Os pacientes apresentam leucocitose na maioria dos casos, que podem ser discretos, mas quase sempre com marcante desvio à esquerda; as provas inflamatórias são comumente alteradas. Devem ser colhidos função renal, eletrólitos, função hepática, transaminases, bilirrubinas, albumina, coagulograma e radiografia de tórax.

A gasometria arterial também é recomendada, apresentando frequentemente acidose metabólica. Hemoculturas são positivas em 60% dos casos; também devem ser colhidas culturas de outros sítios potencialmente afetados por infecção.
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Diagnóstico Diferencial

O diagnóstico diferencial inclui STS, mionecrose associada com C. perfringens, mionecrose por micro-organismos anaeróbios e outras bactérias. Outras infecções sistêmicas, incluindo meningococemia, febre das montanhas rochosas e leptospirose também são diagnósticos diferenciais que devem ser considerados.

Os critérios diagnósticos incluem:

Isolamento de GAS de um sítio normalmente estéril

Pressão arterial sistólica

E mais dois dos seguintes critérios:

Disfunção renal com aumento da creatinina maior que 2 vezes o limite do superior da normalidade;

Coagulopatia, incluindo plaquetopenia;

Disfunção hepática com aumento de duas vezes de transaminases ou de bilirrubinas;

Síndrome de desconforto respiratório agudo;

Exantema eritematoso que pode descamar;

Necrose de tecidos moles como fasceíte necrotizante, miosite ou gangrena.
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Tratamento

O manejo da STSS começa com a ressuscitação volêmica com líquido isotônico agressiva para restaurar o volume e a perfusão de tecido. Em pacientes com hipotensão refratária profunda e vazamento capilar associado à STSS, podem ser necessários grandes volumes de fluido cristaloide IV (10 a 20L/d). Os vasopressores são muitas vezes necessários.

Mais de metade dos pacientes com STSS desenvolverão síndrome de dificuldade respiratória aguda, muitas vezes requerendo intubação e ventilação mecânica. Deve-se considerar debridamento cirúrgico precoce e, muitas vezes, extenso, incluindo fasciotomia e até mesmo amputação se existir tecido infectado e necrótico extenso.

Os pacientes devem ser alocados em unidades de terapia intensiva. Dadas a sobreposição nas apresentações clínicas entre STSS e choque séptico e a alta mortalidade associada a ambos, a terapia antibiótica de amplo espectro empírica para cobrir GAS e outros agentes patógenos potenciais é indicada até a disponibilidade dos resultados de exames de cultura.

Entre as opções antibióticas, está o uso de piperacilina/tazobactam, 4,5g, IV, a cada 6 horas, ou um carbapenêmico (por exemplo, meropeném, 1g, IV, a cada 8 horas) em combinação com clindamicina, 900mg, IV, a cada 8 horas; entretanto, o uso de terapia antibiótica mais conservadora com cefalosporina de terceira geração poderia ser uma opção no lugar da piperacilina/tazobactam. A clindamicina pode suprimir a formação de toxinas, por isso sua indicação.
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Nas áreas onde o Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) é prevalente, pode-se considerar o uso de vancomicina, 15mg/kg, IV, a cada 12 horas (dose única máxima de 2,25g). Uma vez identificada a presença de GAS, pode-se considerar desescalonamento da terapia antibiótica dependendo de resultados de cultura, com penicilina G, 4 milhões de unidades IV a cada 4 horas (total de 24 milhões de unidades por dia), em combinação com clindamicina.

A duração da antibioticoterapia deve ser, pelo menos, 14 dias, mas pode ser mais longa com base na extensão da infecção e na resposta clínica do paciente. Embora estudos retrospectivos tenham demonstrado diminuição da mortalidade com imunoglobulina intravenosa, um estudo randomizado e multicêntrico não conseguiu encontrar benefício. Pode-se considerar o uso de imunoglobulina IV para tratar STSS em pacientes refratários ao tratamento.

Por Rodrigo Antonio Brandão Neto, Médico Assistente da Disciplina de Emergências Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.


As informações são do Medicina NET.

Edição Geral: JASB.

Publicação
JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br.

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Bactéria ‘comedora de ânus’ se espalha e gera alerta.

        No ano passado, foram registrado 941 caso da STSS.   —  Foto/Reprodução/Pexels.
 
Bactéria "comedora de ânus" se espalha e gera alerta.
Publicado no JASB em 24.março.2024. Atualizado em 05.abril.2024.  

Grupos no WhatsApp O Japão está enfrentando um surto de casos da síndrome do choque tóxico estreptocócico, uma forma mais grave e potencialmente mortal da doença estreptocócica do grupo A. A atual taxa de mortalidade da doença é de aproximadamente 30%, o que deixou as autoridades em alerta. 
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A doença que está causando medo na população japonesa e em países vizinhos é a síndrome do choque tóxico estreptocócico (STSS). Ficou conhecido equivocadamente como vírus ‘"comedor de ânus." Tal denominação não é compatível com a realidade, já que se trata de uma infecção bacteriana.

941 caso da síndrome

No ano passado, foram registrado 941 caso da STSS, neste ano, nos dois primeiros meses já foram registrados 378 casos.

Saiba identificar os sintomas 

Os sintomas do STSS são: febre, dificuldade para respirar, disfunção renal, disfunção hepática, pressão arterial baixa, confusão mental, dor de cabeça, dores musculares, náuseas e vômitos, diarreia, mal-estar e mucosas avermelhadas. 

        Um jovem de 14 anos precisou ter ambas as mãos e pés amputados devido a complicações da síndrome do choque tóxico.   —  Foto/Reprodução/Pexels

Doença está levando à morte pacientes com menos de 50 anos

A síndrome é mais comum em idosos com 65 anos ou mais, contudo, atualmente a doença está levando à morte de mais pacientes com menos de 50 anos.

Detectados cerca de 378 casos

Nos primeiros dois meses de 2024, foram detectados no país cerca de 378 casos de síndrome do choque tóxico estreptocócico (STSS). No ano passado, foram registrados 941 casos. A estimativa é que este ano o número de casos seja maior.
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A STSS é causada por uma forma mais grave da bactéria que causa o estreptococo A, que pode ‘crescer’ na garganta, na pele, no ânus e nos órgãos genitais, causando uma série de doenças.

O caso do jovem de 14 anos 

Um jovem de 14 anos precisou ter ambas as mãos e pés amputados devido a complicações da síndrome do choque tóxico. O caso aconteceu em setembro do ano passado. Os especialistas admitiram que não sabem dizer porque o número de casos está aumentando.

Fatores desconhecidos

“Ainda existem muitos fatores desconhecidos sobre os mecanismos por trás das formas fulminantes (graves e repentinas) de estreptococos, e não estamos no estágio em que possamos explicá-los”, afirmou o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID) em comunicado.

Formas fulminantes de estreptococos

O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID) emitiu um comunicado reconhecendo a existência de muitos fatores desconhecidos sobre os mecanismos por trás das formas fulminantes de estreptococos, destacando a necessidade urgente de pesquisa e medidas preventivas para conter a propagação dessa ameaça à saúde pública.
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População em estado de alerta

Enquanto isso, a população japonesa e as autoridades de saúde permanecem em estado de alerta máximo, em busca de respostas e soluções para enfrentar essa emergência médica crescente.


As informações são do RIC e R7.

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'Bebê de pedra': família autoriza pesquisa sobre feto calcificado em idosa por mais de 50 anos.

        Bebê calcificado que ficou na barriga de Daniela Almeida pode ser estudado.   —  Foto/Reprodução.
 
Publicado no JASB em 22.março.2024. Atualizado em 24.março.2024. 

Grupos no WhatsApp Família autoriza pesquisa científica de bebê calcificado por mais de 50 anos em barriga de idosa de MS.

Análise sobre o bebê que ficou calcificado no abdômen da idosa

A família de Daniela Almeida Vera, de 81 anos, autorizou o Hospital Regional de Ponta Porã (HR) a realizar análise sobre o bebê que ficou calcificado no abdômen da idosa por mais de 50 anos, afirmou a filha dela, Rosely Almeida. Segundo a unidade, um médico se interessou em iniciar a pesquisa, mas ainda não há mais detalhes sobre os próximos passos.
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Condição raríssima é chamada de litopedia

Daniela foi portadora de uma condição chamada de litopedia, considerada raríssima por especialistas. Ela era indígena e morava em um assentamento no município de Aral Moreira (MS), na fronteira entre Brasil e Paraguai.

A infecção urinária

A idosa procurou atendimento médico devido a uma infecção urinária, no dia 10 de março. Ela passou por um posto de saúde do bairro e depois, pelo hospital de Aral Moreira, mas apenas no HR de Ponta Porã descobriu o bebê calcificado com ajuda de um aparelho de ultrassonografia 3D.

A cirurgia para retirar o bebê

A mulher passou por uma cirurgia para retirar o bebê, mas não resistiu e morreu no dia seguinte em decorrência de um quadro grave de infecção generalizada, que começou a partir da infecção urinária.

Quanto tempo a idosa ficou com o bebê na barriga?

A equipe médica suspeita que a mulher estivesse com o "bebê de pedra" no abdômen há 56 anos, desde quando teve a última gestação.
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Filha acredita que a idosa passou mais tempo com o bebê no abdômen

A filha de Daniela, no entanto, acredita que a mulher pode ter passado mais tempo com o bebê na barriga, porque ela reclamava para o marido de dores no abdômen desde a primeira gestação, que teve com outro homem, quando ainda era adolescente.

Tomografia mostra como 'bebê de pedra' estava em útero de idosa, em Ponta Porã (MS)

A idosa já desconfiava sobre a existência do bebê 

"Na declaração do meu pai, que ele falou com a gente hoje cedo, ele disse que ela já tinha isso há muitos anos. Quando ela teve o primeiro filho, com outro homem, ela já reclamava dessa dor, isso desde novinha. Ela falou pra que parecia um bebê que se movia dentro da barriga dela e às vezes ela sentia enjoo, mas a gente nunca desconfiava que era isso. Foi desde a primeira gravidez, não sei que idade ela tinha", disse Rosely.

O que disse o médico

Ao g1, o médico obstetra José Eduardo afirmou que possivelmente a litopedia não permitiria que ela engravidasse novamente. Por isso, provavelmente, o feto foi a última gestação de Daniela.
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Uma nova gravidez era impossível 

"Provavelmente não menstruou mais, entrou na menopausa e esse feto ficou lá e se solidificou. É impossível ela estar com esse feto desse tamanho e engravidar e nascer outro filho, e não nascer esse feto mumificado", afirmou.

        Daniela Almeida Vera, de 81 anos. — Foto: Arquivo pessoal.

Daniela teve sete filhos e 40 netos. A filha mais nova, Rosely Almeida, tem 21 anos e foi adotada pela matriarca. Agora, a família luta para se recompor.

"A gente tá em choque, é muita tristeza. Ela era nossa mãe, a única que protegia a gente e agora ela se foi, ficamos meio perdidas", lamentou.

Entenda o caso

Daniela deu entrada no Hospital Regional de Ponta Porã com um quadro de infecção grave em 14 de março. No mesmo dia, uma tomografia 3D constatou o feto calcificado na região do abdômen dela. Veja o vídeo mais acima.

Ao descobrir a existência do feto no corpo da idosa, a equipe de obstetrícia da instituição foi acionada e realizou a cirurgia para retirá-lo. Após o procedimento, a paciente foi encaminhada para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas morreu no dia seguinte.
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O motivo da morte foi um quadro grave de infecção generalizada, que ocorreu a partir de uma infecção urinária, segundo o secretário de Saúde de Ponta Porã, Patrick Dezir.

Segundo uma das filhas da vítima, Rosely Almeida, de 21 anos, a idosa, que era indígena, preferia tratamentos alternativos e tinha medo de ir ao médico.

Foi só com a piora na infecção urinária que Daniela procurou uma unidade de saúde da família, onde foi convencida a ir até um hospital.

"Ela era antiga e somos indígenas, ela não gostava de ir ao médico, tinha medo dos aparelhos para fazer exame", afirmou a filha mais nova de Daniela.
Veja a ordem cronológica dos atendimentos médicos:

10 de março: após procurar atendimento médico na unidade de saúde primária de Aral Moreira com infecção urinária, Daniele foi convencida pela equipe a procurar atendimento mais especializado no hospital da cidade. No local, ela falou da “massa abdominal”, fizeram exames, mas a equipe não conseguiu identificar o que era;

11 de março: foi solicitado uma vaga no hospital de referência de Ponta Porã (Hospital Regional). A vaga foi aprovada e a idosa encaminhada. Por lá, os exames feitos em um aparelho de tomografia 3D identificaram o feto calcificado;

14 de março: a idosa fez a cirurgia para a retirada do "bebê de pedra";

15 de março: a idosa morreu na UTI.


As informações são do g1 MS — Campo Grande.

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Família de Agente de Saúde que morreu de Covid deve ser indenizada em R$ 750 mil e pensão vitalícia.

        Família da Agentes Comunitários de Saúde que morreu de Covid deve ser indenizada em R$ 750 mil e pensão vitalícia.   —  Foto ilustrativa/Reprodução/Rede Globo.
 
Publicado no JASB  em 16.março.2024. Atualizado em 22.março.2024.

Grupos no WhatsApp Durante a Pandemia o JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil criou o Canal de Monitoramento do Covid-19 entre os Agentes Comunitários e de Combate às Endemias, que tombaram na Linha de Frente, lutando contra o coronavírus em sua fase mais agressiva no Brasil. Foram publicadas inúmeras matérias apontando a exposição dos agentes, sem que tivessem EPI's adequados. Infelizmente, em face da falta de assistência por parte de alguns gestores, muitos agentes tombaram no "campo de batalha."
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Vítima era diabética e não foi dispensada dos serviços na pandemia

Decisão entendeu que o município foi negligente nas ações de segurança e medicina do trabalho, principalmente pelo fato de ela ter uma doença crônica e não ter sido afastada. Prefeitura já apresentou recurso.

Agentes de saúde trabalhando durante a pandemia de Covid-19 em Belo Horizonte. 

Município de BH deverá indenizar a família

O Município de Belo Horizonte deverá indenizar a família de uma agente comunitária de saúde que morreu de Covid-19 durante a pandemia em R$ 750 mil e uma pensão mensal até 2058. Ela era diabética e não foi dispensada dos serviços.

Juiz entendeu que o município foi negligente

O juiz responsável, do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT), entendeu que o município foi negligente nas ações de segurança e medicina do trabalho, principalmente pelo fato de ela ter uma doença crônica e não ter sido afastada.

Prefeitura disse que apresentou recurso no STF

A Prefeitura informou que já apresentou recurso no Tribunal Superior do Trabalho. (saiba mais abaixo).
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ACS foi a óbito 16 dias após afastamento com Covid

A Agente de Saúde foi afastada com Covid-19 em 6 de fevereiro de 2021 e morreu no dia 22, apenas 16 dias depois. Ela deixou o marido e dois filhos, sendo um deles menor de idade.

        Prefeitura de BH nega que foi negligente com a Agentes Comunitários de Saúde que morreu de Covid. Matéria foi ao ar pelo MG1.   —  Foto/Reprodução/MG1, Rede Globo.


Município identificou a Covid como o motivo do óbito

A comunicação de acidente de trabalho, emitida pelo próprio município, identificou a Covid como o motivo da morte. O juiz entendeu que havia elementos de que a doença foi resultante de "exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho".
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Indenização aumentou em 2ª instância

A decisão em 1ª instância havia fixado indenização por danos morais em R$ 100 mil por herdeiro, totalizando R$ 300 mil, e uma pensão por danos materiais no valor de R$ 1.474,77 mensais, referente a 2/3 do último salário dela.

Pensão será paga até 2058

Essa pensão será paga até 2058, considerada vitalícia, data em que a mulher completaria 80 anos. A parte destinada aos filhos somente será paga até eles completarem 25 anos. O juiz entendeu que ela era a responsável pelo sustento da casa.

Indenização por danos morais subiu de R$ 250 mil para R$ 750 mil

A Prefeitura recorreu da decisão, mas a Oitava Turma do TRT acabou seguindo o entendimento e ainda aumentando o valor da indenização por danos morais para R$ 250 mil para cada herdeiro, totalizando R$ 750 mil.

Município nega negligência

No processo, o Município de Belo Horizonte argumentou que não seria possível afirmar que a servidora teria contraído a doença durante os serviços de agente comunitária de saúde.
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Argumentos da Prefeitura de BH

Negou, ainda, que tenha havido negligência por parte da Prefeitura, alegando que "adotou todas as medidas e cuidados para evitar a contaminação e a disseminação da Covid-19", não sendo, assim, o caso de responsabilidade do empregador.

Responsabilidade civil objetiva

Vale ressaltar que a decisão entende que não há, necessariamente, culpa da Prefeitura, mas responsabilidade civil objetiva — quando a atividade pode causar risco à vítima.

A Prefeitura informou que já apresentou um recurso no Tribunal Superior do Trabalho.

Assista a reportagem:


As informações são de Rodrigo Salgado, g1 Minas — Belo Horizonte.
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Além do aumento de R$ 706,  8 mil Agentes de Saúde receberão Tablets e Smartphones.

        Agentes Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias receberão Tablets e Smartphones.   —  Foto/Reprodução/Governo de MS.
 
Publicado no JASB em 15.março.2024. Atualizado em 16.março.2024.

Grupos no WhatsApp Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias de Mato Grosso do Sul receberão Tablets e Celulares para aprimorar o atendimento à população.
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Tablets e Smartphones 

Durante a reunião realizada na Governadoria na quinta-feira (14), foi anunciado que os agentes comunitários de saúde e de combate a endemias de Mato Grosso do Sul serão equipados com tablets e celulares a partir de abril. Este avanço tecnológico tem como objetivo otimizar a produtividade desses profissionais. A distribuição dos dispositivos está agendada para o dia 8 do próximo mês, durante o III Encontro Estadual de Atenção Primária à Saúde, em Campo Grande.

Uso da  tecnologia para gerar mais qualidade no atendimento

A iniciativa de fornecer dispositivos móveis está alinhada com a proposta apresentada pelo governador Eduardo Riedel, visando aumentar a remuneração mensal dos agentes. Mediante o cumprimento de indicadores de produção estabelecidos pela SES (Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul), os profissionais poderão receber um aumento de até meio salário mínimo (R$ 706) por mês.

Aumento na remuneração

Com quase 8 mil agentes no estado, entre comunitários e de endemias, a remuneração atual corresponde ao piso nacional da categoria, acrescido de benefícios como adicional de insalubridade e bonificações por tempo de serviço. Com a implementação dessa nova proposta, a remuneração dos agentes poderá atingir até três salários mínimos, considerando determinados critérios. Estima-se que o aumento salarial terá um impacto de aproximadamente R$ 100 milhões por ano nos cofres do estado.
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Fortalecimento da digitalização

"O que o governo está fazendo tem um objetivo claro, primeiro caminhar fortemente para digitalização, segundo e mais importante, obter os dados de forma muito oportuna. Dados colhidos por essas categorias subsidiam a tomada de decisão, mostram o perfil biológico e indicam quais decisões o governo deve tomar para impedir ou mitigar as crises sanitárias que a gente tem observado. É uma iniciativa muito importante, devemos destacar que a primeira deste porte no País, nenhum outro estado brasileiro tem suas duas categorias recebendo dispositivos móveis para esta finalidade", explica Marcos Espíndola de Freitas, coordenador de tecnologia e informação da SES.

        Tablets e Smartphones serão entregues aos agentes.   —  Foto/Reprodução/Governo de MS.

Controle de endemias com o uso da tecnologia 

Além do aspecto remuneratório, a utilização de tablets e celulares possibilitará um controle mais eficiente das endemias. Os aplicativos disponíveis são versáteis e podem ser ajustados de acordo com as necessidades específicas, abrangendo desde a atenção primária até o controle vetorial. 
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Investimento de R$ 1,2 milhões por ano

Marcos Espíndola destaca que o investimento total para o controle de endemias é em torno de R$ 1,2 milhões por ano, enquanto para os agentes comunitários de saúde, esse valor chega a aproximadamente R$ 4 milhões anuais.

Compromisso do Governo 

A resolução estadual apresentada durante a reunião estabelece metas para a melhoria dos indicadores de saúde, garantindo um ganho financeiro adicional para os agentes, mediante o cumprimento dessas metas. O secretário estadual de administração, Frederico Felini, enfatiza o compromisso do governo em pactuar com os municípios para garantir recursos adicionais aos profissionais da saúde.

        Os agentes de saúde aguardam pela entrega dos equipamentos e pelo aumento salarial.   —  Foto/Reprodução/Governo de MS.

Avanços com o uso eficaz da tecnologia e da informação

Para João César Mattogrosso, secretário adjunto da Casa Civil, a melhoria na saúde pública passa pela ampliação do trabalho dos agentes e pelo uso eficaz da tecnologia e da informação. Ele ressalta que a população será a principal beneficiada com essas iniciativas.
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Atualização da legislação

A secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone, explica que a proposta de atualização da legislação busca adequar as diretrizes às novas demandas epidemiológicas. Com a inclusão de novos indicadores, como o monitoramento das microáreas e a atualização do cadastro da população, pretende-se fortalecer o papel dos agentes como porta de entrada do cidadão no Sistema Único de Saúde.

         Representantes da SES reforçou a fala de compromisso do governo com a qualidade e eficiência dos serviços de saúde.   —  Foto/Reprodução/Governo de MS.

Expectativas dos Agentes 

Representantes dos agentes destacam a importância dessas medidas para a melhoria do atendimento e aguardam os próximos passos estabelecidos pelo governo. O presidente da comissão formada pela categoria, Ivo Alexandre, ressalta a importância da negociação contínua para garantir a adequação das políticas às necessidades dos profissionais.
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         Representantes da SES reforçou a fala de compromisso do governo com a qualidade e eficiência dos serviços de saúde.   —  Foto/Reprodução/Governo de MS.

A reunião contou ainda com a participação de outros representantes da SES, que reforçaram o compromisso do governo com a qualidade e eficiência dos serviços de saúde oferecidos à população.

Veja Também


As informações são do  Governo de MS.

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Três Corações: Agentes de Saúde recebem certificado de curso técnico e kit de trabalho. 
        Agentes Comunitários de Saúde agora são técnico.   —  Foto/Reprodução.
 
Publicado no JASB em 14.março.2024Atualizado em 15.março.2024. 

Grupos no WhatsApp Agentes de Saúde recebem certificado de curso técnico e kit de trabalho no município de Três Corações, em Minas Gerais.
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Saúde com Agente

Agentes Comunitários de Saúde - ACS do município receberam na quinta-feira, 07/03, no Senac Três Corações, certificado de conclusão do Curso Técnico em Agente de Saúde. Ao todo, 50 agentes foram aprovados no curso, que começou em 2022 e foi concluído no segundo semestre de 2023, com duração de 10 meses.

Certificado e kit
 
Junto ao certificado, eles receberam um kit com mochila, chapéu e itens de trabalho como termômetro digital e aparelho medidor de pressão arterial. Além dos concluintes do curso, outros ACSs estavam presentes e também receberam mochila, chapéu e uniforme.

        Kits distribuídos entre os Agentes Comunitários de Saúde.   —  Foto/Reprodução.

Atuação das enfermeiras
 
O curso é uma parceria entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS e o Ministério da Saúde, como parte do programa Saúde com Agente. As preceptoras, em Três Corações, foram enfermeiras do município.
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A conquista da categoria
 
A Prefeitura de Três Corações parabeniza os formandos pela conquista, que certamente agregará muito em suas carreiras e contribuirá para um atendimento ainda melhor à comunidade tricordiana. Agradecemos também às preceptoras pelo apoio fundamental ao longo dessa jornada de conhecimento.

Outras fotos:

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As informações são da Prefeitura de Três Corações.

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