ALERTA MUNDIAL: OMS estima que em 24 anos superbactérias irão matar mais que cânceres.
ALERTA MUNDIAL: OMS estima que em 24 anos superbactérias irão matar mais que cânceres.
Grupos no WhatsApp | Quando falamos sobre as doenças que mais matam no mundo, é comum que venham à cabeça o câncer, problemas cardíacos ou pulmonares.
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A resistência antibiótica
Mas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), temos um novo problema: a resistência antibiótica. A estimativa é que a partir de 2050 as bactérias resistentes a antibióticos irão matar, pelo menos, 10 milhões de pessoas por ano, um número maior que o atual de mortes causadas por cânceres.
Uso inapropriado de antibióticos
Essa resistência é adquirida pelo uso inapropriado de antibióticos e pode ser estendida à produção animal e agrícola. Ela é um problema sério e global de saúde, que ocorre quando bactérias não são eliminadas durante o tratamento devido às mutações genéticas que conferem resistência. Dentre os lugares mais suscetíveis, estão os hospitais, nas unidades de terapia intensiva (UTIs), mas também pode acontecer durante tratamentos domiciliares.
Antivirais, antifúngicos e antiparasitários
Os medicamentos citados pela OMS são os antimicrobianos, que incluem antibióticos, mas também podem ser antivirais, antifúngicos e antiparasitários. Alguns dos mais comuns, quando utilizados de forma inadequada ou em excesso, são: quinolonas, cefalosporinas, penicilina, macrolídeos e tetraciclinas. Além destes, outros antibióticos menos comuns podem colaborar com a seleção de bactérias mais resistentes.
Resistência traz danos à saúde global e a farmacoeconomia
Segundo Fernando Henrique Gonçalves, médico intensivista do Hospital VITA, os riscos para a saúde são grandes.
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Aumento da morbilidade e mortalidade
“A resistência bacteriana aos antibióticos é, atualmente, um dos problemas de saúde pública mais relevantes, uma vez que muitas bactérias, anteriormente suscetíveis aos antibióticos usualmente utilizados, deixaram de responder a esses mesmos agentes. A resistência aos antibióticos é responsável por consequências clínicas e econômicas graves, relacionadas com o aumento da morbilidade e mortalidade devido ao atraso na administração de tratamentos eficazes contra as infecções causadas por bactérias resistentes”.
Tratamento de infecções causadas por vírus
Além de agravar o quadro infeccioso, a resistência também põe em risco o tratamento de infecções causadas por vírus, parasitas, fungos e outras enfermidades e até mesmo se torna um fator negativo em procedimentos avançados, como a quimioterapia ou o transplante de órgãos.
Resistência econômica
Outro setor que é acometido pela resistência é o econômico, pois uma vez que o paciente é internado e os antibióticos não respondem, o valor gasto com medicações tende a aumentar, assim como os gastos com internação.
Uso de antibióticos diferentes
“A hospitalização prolongada e o uso de antibióticos diferentes dos de primeira linha aumentam, e de forma acentuada, os custos com cuidados de saúde, o que constitui um problema particularmente relevante, considerando os recursos finitos que sustentam os sistemas de saúde”, destaca.
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Exames moleculares identificam resistência
Saber quais resistências a bactéria possui permite que o tratamento realizado seja assertivo, contribuindo para a saúde da pessoa, além de diminuir o tempo de internação e os gastos com medicamentos que podem não fazer efeito. A Mobius, empresa que desenvolve e comercializa produtos destinados ao segmento de medicina diagnóstica focada na biologia molecular, lançou o kit MDR Direct Flowchip Kit, que realiza a identificação de microorganismos multirresistentes por PCR multiplex e hibridização reversa, sendo a detecção de cinco espécies bacterianas (S. aureus, K. pneumoniae, P. aeruginosa, E. coli e A. baumannii) e 56 marcadores de resistência que incluem os principais mecanismos do tipo enzimático.
A importância de identificar a bactéria multirresistente
“É necessário saber que alguns pacientes, principalmente aqueles internados ou com internamento hospitalar recente, podem ser colonizados por bactérias multirresistentes, sem significar necessariamente que possuem infecção. Mas a importância de determinar se há tal tipo de colonização impacta em medidas de isolamento de contato, por exemplo, para evitar infecções cruzadas dentro do ambiente hospitalar. Determinar se uma bactéria é multirresistente ou não, é fundamental para o resultado do tratamento.
Existem métodos de pesquisa para determinar esse grau de resistência, alguns desses exames são mais simples, mas outros exigem métodos mais sofisticados de acordo com a base molecular da resistência bacteriana, sendo necessário análises genéticas inclusive”, explica Fernando.
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Como prevenir a resistência?
Há mais de dez anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) determinou que antimicrobianos só podem ser vendidos com receita médica no Brasil. Tal ato é uma maneira de garantir que essas medicações só serão utilizadas para tratar infecções bacterianas diagnosticadas por um profissional da saúde, impedindo a automedicação e o consumo desses medicamentos para tratar infecções virais, como, por exemplo, uma simples gripe.
Prevenção da resistência antibiótica
Evitar a automedicação é uma maneira de prevenir a resistência antibiótica, mas também realizar o tratamento correto, mesmo que apresente melhora antes do fim do ciclo, pois isso garante a eficácia do tratamento. Ainda de acordo com o médico intensivista, uma outra maneira de prevenir a emergência e disseminação das resistências bacterianas, é restringir o consumo de antibióticos na prática veterinária e na produção animal, atividades responsáveis pelo consumo inadequado de muitos antibióticos.
As informações são do Jornal Estadão MT.
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VÍDEO: Consumo de cebola pode apresentar riscos à saúde, dizem estudos.
Amada por uns e odiada por outros, a cebola é um dos alimentos mais consumidos, versáteis e indispensáveis para a culinária, e há quem afirma que não consegue cozinhar sem cebola.
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Mais recentes estudos científicos
Por ser rica em nutrientes e propriedades que beneficiam a saúde, não faltam motivos para comer e chorar por mais, contudo, este alimento também tem alguns riscos associados, de acordo com o site LiveScience, que reuniu os mais recentes estudos científicos sobre o possível impacto negativo da cebola.
Pode aumentar a sensação de inchaço
Um desses estudos, publicado na revista National Digestive Diseases Information Clearinghouse, revela que o consumo de cebola (seja cozida ou crua) pode aumentar a sensação de inchaço, a produção de gases e ainda agravar a azia, especialmente se a pessoa tiver já um diagnóstico crônico desta patologia.
Pode interferir na fluidez do sangue
Já o consumo elevado de cebola quando ainda está verde pode interferir na fluidez do sangue, deixando o mais fino devido ao elevado teor de vitamina K. Esta consequência, diz um estudo da Universidade da Geórgia, pode causar alguns danos a quem toma remédios para tornar o sangue mais fino.
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É possível ficar alérgico à cebola
Embora seja uma situação rara, diz uma pesquisa publicada no Journal of Allergy and Clinical Immunology, é possível ficar alérgico à cebola ou ganhar algum tipo de intolerância a este alimento. As consequências tanto podem ser externas (com erupções cutâneas, vermelhão ou inchaço) ou internas (com vômitos, náuseas e diarreia). A melhor forma de ter a certeza se é o alimento que causa estas reações é fazendo uma visita ao alergologista, que aconselhará as melhores formas de diagnóstico.
O impacto possivelmente negativo da cebola depende, claramente, de pessoa para pessoa. — Foto/Reprodução
Risco de contaminação por e.Coli
Por fim, embora seja já do conhecimento comum, o uso de cebolas já cortadas e mal armazenadas pode ainda aumentar o risco de contaminação por e.Coli, causando intestinais, por exemplo.
Porém, é preciso salientar que embora se tratem de evidências científicas, o impacto possivelmente negativo da cebola depende, claramente, de pessoa para pessoa e da situação em que é ingerida, sendo o aconselhamento médico a opção mais indicada para quem tem dúvidas.
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Assista ao vídeo com os esclarecimentos do Dr. Fernando Lemos:
As informações são de Notícias ao Minuto Brasil.
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Panela de alumínio é um veneno para a saúde.
Nesta matéria, a nutricionista Juraci Teresinha Verdi faz um alerta importante aos consumidores. — Foto/Reprodução.
Grupos no WhatsApp | De acordo com a nutricionista, muitos utensílios podem transmitir metais pesados e compostos tóxicos para os alimentos. Saiba como escolher a melhor panela para usar em seu cotidiano.
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Os cuidados na cozinha
No dia a dia, ao preparar as refeições, os consumidores nem se dão conta que o tipo da panela pode contaminar os alimentos. Isso acontece devido à liberação de resíduos presentes no material usado para a produção do utensílio. A verdade é que na cozinha o cuidado com o preparo das refeições vai muito além da escolha dos ingredientes.
A influencia do design do produto
A nutricionista Juraci Teresinha Verdi faz um alerta importante aos consumidores: "Temos uma grande variedade de panelas no mercado. Muitas vezes o consumidor é influenciado pelo design do produto ou até mesmo pelo preço, mas o que realmente importa é que a escolha seja feita pensando na saúde. Alguns materiais são benéficos à saúde, mas têm também aqueles que só nos trazem prejuízo".
Talheres de madeira
Segundo a especialista, além da escolha da panela ideal, a dica é sempre utilizar talheres de madeira dura para manipular os alimentos. "Talheres de plástico, silicone ou metal, por exemplo, que provocam atrito e propiciam a migração de metais indesejados. O uso de plástico é ainda pior, por liberar dioxinas para os alimentos", explica.
A nutricionista explica os benefícios e os perigos dos principais tipos de panela presentes no mercado:
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Antiaderente
A função antiaderente do seu revestimento (politetrafluoretileno) permite tanto a maior facilidade na limpeza quanto o uso menor de gordura nas receitas. Por outro lado, se o revestimento for danificado, acontece a migração dos metais da panela para o alimento, o que é prejudicial à saúde. Além disso, as altas temperaturas por tempo prolongado podem decompor o antiaderente e, com a degradação térmica, mais de 15 gases tóxicos, como o CFC, responsáveis pela destruição da camada de ozônio, são liberados.
Materiais que danifiquem o revestimento
Por isso, na hora de preparar a refeição, não devem ser utilizados materiais que danifiquem o revestimento, como talheres de metal. Esse tipo de panela é indicada para preparações com baixo teor de proteínas, já que estudos sugerem que a interação desse composto orgânico contido nos alimentos com o revestimento, pode resultar em subprodutos cancerígenos.
Pedra-sabão
A natureza antiaderente e a capacidade de reter calor são suas características mais atraentes. Dependendo da matéria utilizada na sua fabricação, pode liberar quantidades expressivas de alguns minerais como cálcio, magnésio, ferro e manganês, criando uma pequena barreira que impede a migração de materiais tóxicos como o níquel.
É mais recomendada na preparação de alimentos aquosos, e não é indicada para frituras ou armazenagem de alimentos por mais de 24 horas.
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Aço inoxidável
Os modelos que possuem fundo triplo atingem altas temperaturas. É composto por ferro, cromo e níquel. Este último, é um dos metais mais tóxicos da tabela periódica. Sua toxidade está associada a alergias, dermatites de contato, asma, e afeta o sistema nervoso. Entre os fatores que favorecem sua migração para o alimento estão a acidez do produto e o tempo de contato – quanto maior, mais migração haverá.
Portanto, nunca armazene alimentos nesse tipo de panela. O maior teor de água da preparação, alimentos fontes de enxofre (repolho, cebola, brócolis e couve-flor), também favorecem a migração metálica. Não use esponjas de aço para lavar a panela, pois isso pode acelerar a saída dos metais.
Vidro
É fabricada com elementos comuns na crosta terrestre como sílica, boro e sódio cálcico. O material é obtido por um processo de congelamento de líquidos superaquecidos. Seu maior atrativo é a transparência que permite ver o processo de elaboração dos alimentos.
A limpeza também é facilidade pelo material. Preço e fragilidade pesam na escolha, além de requerer atenção especial para não deixar que o alimento queime, devido às altas temperaturas que fornece.
Barro
Essa panela pode aumentar as reservas de ferro no organismo, aumentando doenças degenerativas (infarto, câncer, artrite, artrose e diabetes). É contraindicada para preparo de alimentos com baixo conteúdo de água, pois tende a desidratar e ressecar.
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Deve ser conservada sempre bem seca, pois retém sujeiras facilmente em seus pequenos poros. Assim como as panelas de vidro, as manufaturadas com barro não transferem minerais e/ou metais pesados durante a cocção dos alimentos. Seu risco maior está sob o ponto de vista microbiológico. Por ter uma grande porosidade, quando não higienizadas corretamente, podem ser foco de contaminação por bactérias e fungos.
Cerâmica
É a melhor opção para a saúde e para o dia a dia. A cerâmica preserva o calor, deixando o alimento quente por mais tempo. Além disso, tem tecnologia 100% resistente a choques térmicos, não risca e é totalmente atóxica. Pode ser levada à geladeira, ao forno, ao lava-louças ou micro-ondas.
É indicada para todos os tipos de preparações, especialmente para alimentos aquosos como molhos, ensopados, caldos, feijões e lentilha. Até o momento, não se conhece nenhuma contraindicação.
Alumínio
Durante a cocção, o alumínio do recipiente migra para o alimento, podendo levar à intoxicação. Pesquisas mostram que tal migração é maior em panelas de pressão do que em panelas normais ou em fôrmas de bolo. O excesso desse metal interfere com a absorção do selênio e do fósforo.
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Alimentos ácidos e a absorção de alumínio
Alimentos ácidos aumentam a absorção de alumínio no organismo e aceleram a liberação do metal pelas panelas. A panela é contraindicada no preparo de alimentos ácidos e aquosos com molho de tomate e iogurte, por exemplo.
Toxicidade do alumínio
A toxicidade do alumínio se dá por que ele se liga às enzimas e proteínas, substituindo outros metais importantes para nosso corpo, causando desequilíbrio no metabolismo das células. Alguns sintomas de intoxicação leve por alumínio incluem: diminuição da capacidade intelectual, esquecimento fácil, dificuldade de concentração e perda de massa óssea. É comprovado que esse metal está associado à incidência dos males de Alzheimer e de Parkinson, às doenças do sistema esquelético, hematológico (do sangue), à constipação intestinal, cólicas abdominais, anorexia, náuseas, fadiga e alterações neurológicas.
Cobre
Esse metal pode reagir facilmente com os compostos presentes na atmosfera, formando hidróxidos e outras substâncias perigosas para a saúde. O aquecimento do cobre gera oxidação, alterando a cor da panela, o que atrapalha sua aparência. O metal migra para qualquer alimento que entre em contato com ele, especialmente os mais ácidos.
Na preparação de alimentos salgados, ocorrem reações químicas com sais e óxidos produzindo toxinas. Quando há ingestão contínua de cobre, em grandes quantidades, pode haver dano renal, dores nas juntas e até lesões cerebrais, alterações nas articulações, náuseas, vômitos e diarreia.
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Ferro
Suas características principais são o peso e a cor escura. Por ser feita desse material, pode levar ao aparecimento de ferrugem, o que é prejudicial à saúde.
Existem poucas evidências científicas que comprovem a liberação significativa de minerais benéficos como ferro e manganês. Fatores que podem favorecer a migração desses compostos para os alimentos são a acidez, aquosidade, tempo de cocção e a temperatura do preparo. A panela é contraindicada para frituras e para alimentos que possam ter sua aparência comprometida pelo ferro, como refogado de vegetais, chuchu e cenoura.
Esmaltada
Conhecidas também como ágata, as panelas esmaltadas atraem pelo seu design. O esmalte aplicado sobre o ferro impede a ferrugem. A base do utensílio pode ter espessura mais fina que as tradicionais panelas de ferro, garantindo maior leveza. Apresentam boa retenção de calor, aquecendo rápido o alimento e o mantendo quente.
Porém, o esmalte usado pode conter elementos tóxicos como chumbo, e os decalques da superfície interna podem conter cádmio. Como o ferro está revestido pelo esmalte não há sua liberação para o alimento.
É indicada para o preparo de carnes. A panela de ágata não deve ser usada para frituras por imersão, uma vez que o óleo pode superaquecer e se deteriorar, formando compostos nocivos à saúde.
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As informações são do Portal da Revista Encontro.
Transferência de alumínio das panelas para a água e para os alimentos pode afetar a saúde humana, diz pesquisadora da USP.
A pesquisadora da USP, Marina Almeida, fez um alerta sobre os riscos da transferência de alumínio das panelas. — Foto/Reprodução.
Grandes quantidades de alumínio na água e nos alimento
Foram encontradas grandes quantidades do metal na água e nos alimentos cozinhados em utensílios de alumínio ou aço inox. Evitar o uso da esponja de aço para lavar as panelas e acrescentar o sal só após o cozimento podem diminuir essa contaminação
Adicionar o sal apenas após o cozimento dos alimentos
A pesquisadora faz outras recomendações, como adicionar o sal apenas após o cozimento dos alimentos; evitar utensílios de alumínio, especialmente as pessoas que sofrem de insuficiência renal crônica; evitar esquecer panelas no fogo e preferir os recipientes de teflon ou aço inox no preparo dos alimentos.
Panelas de alumínio e aço inox
Alimentos preparados em panelas de alumínio e aço inox podem absorver metais durante o cozimento e afetar a saúde humana. Segundo uma pesquisa realizada na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da USP, nestes recipientes é maior a transferência do alumínio (metal tóxico) para a água, e desta para os alimentos. No processo de cozimento do arroz e do feijão, a engenheira Elaine Cristina Bocalon encontrou quantidades excessivas do metal.
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Transferência de alumínio em água com sal
A transferência de alumínio em água com sal (10 gramas em 4 litros) foi de 20 miligramas por litro (mg/L) após 3 horas de fervura, quando o admissível seria de 12 a 14 mg/dia. A grande quantidade de alumínio pode trazer vários danos à saúde humana. "Esse metal causa inflamações, seu vapor afeta gravemente os pulmões e há estudos que mostram uma concentração de alumínio no cérebro de pessoas que morreram com mal de Alzheimer", explica Elaine.
Potencial Hidrogeniônico
A pesquisa também constatou que essa transferência - que depende do tipo de utensílio, da água corrente e de alguns alimentos - cresce com uma maior quantidade de sal e com o pH (Potencial Hidrogeniônico) mais básico. Aumentando-se a salinidade, por exemplo, de 10 para 50 gramas por 4 litros, a concentração de metais na água subiu 25%. Já a variação do pH, elevando-o de muito ácido para muito básico, aumentou em 160% a concentração do alumínio na água.
Concentração do metal quase dobrou
No cozimento do arroz por 10 minutos, na panela de alumínio, a concentração do metal quase dobrou e na de aço inox, o aumento passou de 130%, comparando-se ao arroz não lavado. No feijão, cozido na panela de alumínio, a concentração do metal subiu aproximadamente 35% em relação ao grão não lavado.
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Outros recipientes
A transferência de alumínio para os alimentos é praticamente a mesma quando as panelas são feitas deste metal ou de aço inox. Apesar disso, o aço inox tem algumas vantagens - ele também passa nutrientes: nele foi encontrada a única concentração de cromo detectada pela pesquisa e as maiores quantidades de ferro. São transferências benéficas de metal, desde que não sejam exageradas. A pesquisadora lembra que os médicos costumavam indicar a pessoas com anemia que cozinhassem em panelas de ferro, para que o metal fosse para o alimento e suprisse as carências do doente. Além disso, não houve transferência de níquel, tóxico. Já a panela de alumínio passou o metal tanto para o arroz quanto para o feijão.
Panelas de teflon
As panelas de teflon parecem ser uma barreira a essa passagem de metais, explica a pesquisadora. Elaine, que estudou o cozimento de alimentos em água do sistema de distribuição de Ribeirão Preto, vai agora fazer novos estudos com água contaminada por partículas de alumínio nas panelas de teflon para verificar se ainda assim não haverá transferência. "Ainda não terminei a pesquisa com o teflon, mas acredito que seja a melhor", afirma.
Lavar as panelas com esponja de aço
A pesquisa foi feita com panelas novas. Lavar as panelas com esponja de aço, por exemplo, alteraria esses resultados, podendo aumentar a transferência de metais da água da panela para os alimentos.
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A pesquisadora faz outras recomendações, como adicionar o sal apenas após o cozimento dos alimentos; evitar utensílios de alumínio, especialmente as pessoas que sofrem de insuficiência renal crônica; evitar esquecer panelas no fogo e preferir os recipientes de teflon ou aço inox.
Hora de revisar
A pesquisadora faz outras recomendações, como adicionar o sal apenas após o cozimento dos alimentos; evitar utensílios de alumínio, especialmente as pessoas que sofrem de insuficiência renal crônica; evitar esquecer panelas no fogo e preferir os recipientes de teflon ou aço inox no preparo dos alimentos
As informações são de Marina Almeida, USP.
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7 dicas para ajudar a reduzir o colesterol ruim.
Grupos no WhatsApp | 7 maneiras de diminuir o colesterol e evitar problemas cardiovasculares.
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Apesar de, em níveis controlados, ser importante para o bom funcionamento do corpo, o excesso de colesterol pode prejudicar a saúde.
O colesterol é uma gordura produzida pelo fígado e encontrada em alguns tipos de alimentos. Ele é fundamental para o bem-estar do organismo e a produção hormonal. No entanto, quando seus níveis passam do limite, problemas sérios de saúde, como doenças e complicações cardiovasculares, podem aparecer.
"Primeiro, é importante ressaltar que nem todo colesterol é igual. Temos, por exemplo, o colesterol HDL, considerado o bom colesterol, que, quando em excesso, é decomposto e removido do corpo. Já o colesterol LDL, conhecido como colesterol ruim, pode, quando em grandes quantidades, gerar o acúmulo de placas de gordura nas artérias, impedindo ou dificultando a passagem do sangue e levando a graves complicações, como AVC ou infarto", afirma o médico nutrólogo e cardiologista Dr. Juliano Burckhardt, membro Titular da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Por isso, separamos algumas dicas para evitar o acúmulo de "colesterol ruim" e evitar possíveis problemas cardiovasculares. Confira:
1 - Evite as gorduras não saudáveis. "A ingestão de frituras de imersão e carnes gordas, por exemplo, deve ser reduzida, pois não fazem bem para circulação, aumentando a quantidade de colesterol nas artérias e favorecendo a aterosclerose", alerta a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).
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2 - Cuidado com o excesso de açúcar. "Conheça os ingredientes e leia atentamente os rótulos nutricionais. Fique longe de alimentos que contenham fontes ocultas de açúcar, como xarope de milho com alto teor de frutose e algumas dextrinas", recomenda o Dr. Burckhardt.
3 - Adicione boas fontes de gordura à dieta. "O azeite, a castanha, o abacate e os peixes, por exemplo, são ricos em gorduras benéficas para o organismo que favorecem o sistema circulatório e melhoram a qualidade de circulação, diminuindo o colesterol ruim e aumentando o colesterol bom", aconselha a Dra. Lamaita.
4 - Inclua as fibras na dieta. "Os alimentos ricos em fibras são capazes de sequestrar a gordura alimentar no intestino, assim diminuindo a absorção do colesterol, de gorduras e de açúcares", afirma a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
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5 - Aposte em alimentos que ajudem a reduzir o colesterol. Segundo a Dra. Garcez, além das fibras, os fitosteróis, que estão presentes no azeite de oliva, linhaça, nozes, castanhas, peixes de água fria, chocolate amargo e abacate, também podem ajudar a reduzir os níveis de colesterol.
6 - Pratique atividades físicas. "Ser ativo por 30 minutos na maioria dos dias pode ajudar a reduzir o colesterol ruim e aumentar o colesterol bom", explica o Dr. Burckhardt.
7 - Desista de vez do cigarro. "A oxidação também leva a inflamações nas artérias que podem resultar na formação de placas de gordura, entupindo os vasos. Então o hábito de fumar é um dos mais nocivos para a saúde do coração", finaliza o cardiologista.
Redação SD
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Boldo: conheça os benefícios do chá e da planta
O boldo é uma planta medicinal com diferentes espécies e pode ser consumida pela grande parte público por meio de chás. — Foto/Reprodução.
Grupos no WhatsApp | Bom para o fígado, estômago, auxilia na má digestão e serve também como calmante. Com esses e outros tantos benefícios, não é à toa que o boldo é utilizado há muito tempo como um aliado da saúde.
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Sempre presente na casa das vovós, seu famoso chá pode não curar todas as doenças do mundo, mas ajuda no tratamento e prevenção de várias delas.
O boldo é uma planta medicinal com diferentes espécies e pode ser consumida pela grande parte público por meio de chás, cápsulas ou sucos. Dois tipos, o boldo do Chile e o boldo brasileiro, são facilmente encontrados em todo o País.
Caracterizado pelo seu gosto amargo, o chá de boldo tem algumas restrições. Não é recomendável, por exemplo, consumi-lo por períodos mais longos. Além disso, deve ser evitado por crianças, gestantes, lactantes e pessoas com problemas no fígado, vesícula ou pâncreas.
A seguir, conheça um pouco mais sobre esta planta, sempre presente na casa de milhares de brasileiros.
Quais tipos de planta de boldo existem?
São, pelo menos, cinco espécies, mas as duas mais utilizadas são:
Boldo do Chile, de nome científico Peumus boldus Molina, que é originário daquele país e pode ser encontrado em lojas de produtos naturais na forma de folhas secas, em sachês para chás ou em cápsulas.
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Boldo brasileiro Plectranthus barbatus, que é amplamente cultivado e encontrado em solo nacional e também tem propriedades medicinais.
São plantas resistentes à seca e ao calor e que mudam de formato de acordo com o ambiente.
Em geral, quais são os benefícios das plantas de boldo?
Auxilia situações de desconfortos gástricos, melhorando a digestão em dias de consumo de comida pesada e até mesmo em episódios de diarreias.
Possui ainda propriedades diuréticas, hepáticas, antioxidantes e anti-inflamatórias.
Para que serve e quais os benefícios do chá de boldo?
Os benefícios do chá de boldo são parecidos com o da planta de boldo, como proteção ao fígado e melhora da digestão.
Estimula ainda a produção da bile, um líquido fabricado pelo fígado, mas que fica armazenado na vesícula biliar e depois vai para o intestino. Lá, ajuda na digestão e absorção da gordura. Possui também efeito antioxidante, contribui para a redução de fungos e bactérias e tem até efeito calmante, apesar do sabor amargo.
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Como fazer chá de boldo?
O chá de boldo pode ser feito com 1 colher de folha de boldo do Chile picada.
Adicione 150 ml de água já fervida, espere descansar por 5 a 10 minutos.
A recomendação de consumo é de no máximo 400 ml ao dia.
Vale ressaltar que esta é apenas uma sugestão de um dos profissionais consultados pela reportagem de VivaBem. O ideal é que o seu nutricionista prescreva a melhor forma de fazer e consumir o chá, baseando-se no seu perfil e nas suas necessidades.
Quem deve evitar o boldo? Existe contraindicação?
Não é recomendado o consumo por crianças, gestantes, lactantes, pessoas com pedra na vesícula e inflamação das vias biliares, com problemas no fígado, rins, com câncer no ducto biliar, na vesícula e no pâncreas, além daqueles que apresentam hipersensibilidade aos componentes do chá e os que fazem uso de anticoagulantes.
Chá de boldo pode provocar aborto ou é perigoso para gestantes?
Não se pode afirmar que o chá de boldo provoque aborto, como também não se pode comprovar total segurança em seu uso para gestantes. O Ministério da Saúde orienta não tomar chá de boldo durante a gravidez e na lactação.
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Chá de boldo ajuda a mulher a menstruar?
Não é uma planta que apresenta esta ação.
Chá de boldo emagrece?
Não há evidências robustas de que o boldo possa melhorar o metabolismo, ajudando na redução de peso e gordura corporal.
Boldo faz mal para o coração? Pode provocar algum efeito colateral?
A princípio não faz mal para o coração, mas se a pessoa tem alguma doença cardíaca, ela precisa ser avaliada antes de consumir plantas medicinais.
Às vezes, alguma medicação que ela toma pode sofrer interferência pelo uso do boldo e aí sim desencadear malefícios e efeitos adversos indesejáveis.
O consumo prolongado de chá de boldo pode ser prejudicial?
Tanto o boldo do Chile quanto o boldo brasileiro são seguros para a maioria dos adultos quando consumidos por curto período de tempo e em pequenas doses.
Não se deve ultrapassar 4 semanas consecutivas e o ideal é usá-lo por tempo bem inferior a este, que deve ser determinado por um profissional.
Em quantidade excessiva pode causar intoxicação no fígado, náuseas, vômitos e diarreia.
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Fontes: Fabrício Pires, nutricionista dos hospitais Samaritano Barra e Vitória, da Rede Américas, no Rio de Janeiro; Aline Ramalho, coordenadora de nutrição do Hospital da Bahia; e Sula de Camargo, do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região SP/MS - CRN3.
Leonardo Costas colaborou para VivaBem
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Chá de alecrim: 10 incríveis benefícios e como fazer
O chá de alecrim é conhecido pelo seu sabor, aroma e pelos seus benefícios para a saúde como melhora da digestão, alívio da dor de cabeça e combate ao cansaço frequente, além de também favorecer o crescimento do cabelo. Leia a matéria completa, aqui!
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10 incríveis benefícios do cravo-da-Índia (e como usar)
BASEADO EM EVIDÊNCIA CIENTÍFICA - O cravinho ou cravo-da-índia, chamado cientificamente Syzygium aromaticus, tem ação medicinal sendo útil no combate a dores, infecções, e ainda ajuda a aumentar o apetite sexual, podendo ser facilmente encontrado em supermercados e drogarias em embalagens pequenas. Além disso, seu óleo essencial pode ser encontrado em lojas de produtos naturais. Leia a matéria completa, aqui!
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Folhas de louro (chá de louro): para que serve e como fazer o chá
BASEADO EM EVIDÊNCIA CIENTÍFICA - O Louro é uma planta medicinal muito conhecida na gastronomia por seu sabor e aroma característico, porém, ele também pode ser utilizado no tratamento de problemas digestivos, infecções, estresse e ansiedade, por exemplo, devido às suas propriedades. Leia a matéria completa, aqui!
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Trabalho infantil se agrava no país, segundo PNAD.
Afetando 1,9 milhão de crianças e adolescentes, o trabalho infantil cresceu 7% no país entre 2019 e 2022. O dado representa 4,9% da população entre 5 e 17 anos no Brasil. Os números são da pesquisa PNAD Contínua, divulgada pelo IBGE em dezembro de 2023.
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O trabalho infantil fez parte da realidade de 1,9 milhão de crianças e adolescentes entre 5 a 17 anos em 2022, o que representa 4,9% da população brasileira nessa faixa etária.
O número de crianças e adolescentes nessa situação vinha caindo desde 2016, chegando a 1,8 milhão em 2019, mas no ano passado o contingente voltou a crescer. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (20/12).
A secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), Katerina Volcov, aponta dois fatores que podem explicar o crescimento da proporção de crianças e adolescentes que exercem trabalho infantil.
“A redução dos investimentos em políticas sociais e básicas e a pandemia prejudicaram centenas de milhares de famílias”, afirma.
Segundo a PNAD, entre aqueles que estavam em trabalho infantil em 2022, 1,4 milhão estavam ocupados em atividades econômicas, enquanto 467 mil produziam para consumo próprio. As atividades econômicas envolvem algum trabalho na semana de referência que seja remunerado com dinheiro, produtos ou mercadoria ou, ainda, sem remuneração, quando ajudam na atividade econômica de familiar ou parente.
A produção para consumo próprio é responsável por gerar bens e serviços para uso exclusivo dos moradores do domicílio. Algumas atividades relacionadas ao consumo próprio são o cultivo, a pesca, a caça, a criação de animais, ou construção e reparos no próprio domicílio.
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De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho infantil é “aquele que é perigoso e prejudicial para a saúde e o desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças e que interfere na sua escolarização”.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe o desempenho de qualquer atividade laboral por menores de 16 anos, podendo o adolescente trabalhar como aprendiz a partir dos 14 anos. Mas o que consta na lei é bem diferente da realidade, evidenciada pela pesquisa.
O trabalho infantil ainda é uma realidade a ser combatida no Brasil e no mundo, em especial nos países em desenvolvimento. — Foto/Reprodução/Brasil Escola
Leia, a seguir, cinco destaques da pesquisa sobre o cenário do trabalho infantil no Brasil:
1) O trabalho infantil cresceu 7% no Brasil entre 2019 e 2022
Enquanto o número de crianças e adolescentes com 5 a 17 anos de idade caiu 4,1% entre 2016 e 2019, o contingente em situação de trabalho infantil diminuiu ainda mais (-16,8%). Já entre 2019 e 2022, essa população continuou a decrescer (-1,4%), mas a proporção aumentou 7%, passando de 1,758 milhão em 2019 para 1,881 milhão no ano passado.
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A secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), Katerina Volcov, aponta a redução dos investimentos em políticas sociais e a pandemia de covid-19 como dois fatores que ajudam a explicar o crescimento do contingente de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil.
De acordo com Katerina, o Brasil dispõe de uma legislação em defesa e promoção dos direitos das crianças e adolescentes, que é um exemplo mundial, assim como existem políticas, mas há lacunas para o funcionamento.
“Para que essas políticas públicas funcionem, principalmente, nas áreas da assistência social, de educação e de geração de renda é necessário e fundamental que os governos municipais, estaduais e federal invistam recursos para essas mesmas políticas”, pontua.
O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), criado em 1996 e que propõe um conjunto de ações para retirar crianças e adolescentes do trabalho precoce, é uma das ações que na avaliação da secretária-executiva precisa ser retomada.
2) Mais da metade dos trabalhadores infantis tinham 16 e 17 anos de idade
Mais da metade (52,5% ou 988 mil) das crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no período que compreende a pesquisa tinham de 16 a 17 anos. Ao passo que a faixa etária de 14 a 15 anos era de 23,6% ou 444 mil pessoas e de 5 a 13 anos (23,9% ou 449 mil).
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De 2016 a 2022, o percentual de crianças de 5 a 13 anos em trabalho infantil ficou estável. Na faixa de 16 a 17 anos, porém, cresceu 1,4 ponto percentual entre 2019 e 2022.
Entre os que estavam inseridos em atividades econômicas, o predomínio era de adolescentes com 16 e 17 anos de idade (60,6% ou 858 mil pessoas). Entre os que produziam para apenas o próprio consumo, havia maior proporção do grupo de 5 a 13 anos de idade (47,5% ou 222 mil pessoas).
Outro dado levantado pela PNAD é que 32,4% dos adolescentes de 16 e 17 anos exerciam o trabalho infantil por 40h semanais ou mais, tendo a jornada mais longa entre todas as faixas etárias.
Duas em cada cinco (40,6%) crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil trabalhavam até 14 horas semanais e 14% trabalhavam de 25 a 39 horas por semana. Uma em cada quatro (24,9%) dessas crianças trabalhavam por 15 e 24 horas semanais e uma em cada cinco (20,5%), por 40 horas ou mais.
“Em vista dos dados, vemos que são as e os adolescentes os mais afetados pelo trabalho infantil. O Bolsa Família oferece R$150,00 para cada criança de até 6 anos e apenas R$ 50,00 para aqueles (as) com idade entre 7 e 18 anos. Nós precisamos que todas as faixas etárias, de 0 a 18 anos, pertencentes às famílias que recebem o Bolsa Família recebam o mesmo valor”, defende Katerina Volcov.
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3) Meninos negros são maioria e meninas ganham menos
Crianças e adolescentes do sexo masculino representavam pouco mais que a maioria (51,1%) da população de 5 a 17 anos do país e 65,1% daqueles que estavam em trabalho infantil.
O contingente de meninos pretos e pardos em situação de trabalho infantil (66,3%) superava o percentual desse grupo no total de crianças e adolescentes do país (58,8%). Já a proporção de brancos no trabalho infantil (33%) era inferior à sua participação no total de crianças e adolescentes (40,3%).
Em 2022, o rendimento médio real das pessoas de 5 a 17 anos que realizavam atividade econômica em situação de trabalho infantil foi estimado em R$ 716. Entre as crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, os meninos tinham rendimento de R$ 757, enquanto as meninas recebiam 84,4% desse valor (R$ 639).
A disparidade racial também é observada na remuneração. Entre as crianças e adolescentes em trabalho infantil com remuneração, as pretas ou pardas recebiam, em média, R$ 660 e as brancas, R$ 817.
Os trabalhadores infantis estudantes recebiam, em média, R$ 671, enquanto o rendimento dos que não frequentavam escola chegava a R$ 931.
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4) Piores formas de trabalho infantil afetam 756 mil
Em 2022, o Brasil tinha 756 mil crianças e adolescentes com 5 a 17 anos de idade nas piores formas de trabalho, que envolviam risco de acidentes ou eram prejudiciais à saúde. Isso equivale a 46,2% do 1,6 milhão de crianças e adolescentes que realizavam atividades econômicas.
Essa proporção caiu de 51,3% em 2016, para 45,8%, em 2019, mas voltou a subir e chegou em 46,2% em 2022. O envolvimento de menores de 18 anos em tais atividades é proibido pelo decreto 6.481, de 12 de junho de 2008.
As piores formas de trabalho infantil são uma classificação adotada por vários países para definir as atividades que mais oferecem riscos à saúde, ao desenvolvimento e à moral das crianças e dos adolescentes, determinadas na Lista TIP, como o trabalho doméstico.
A metodologia utilizada foi elaborada com o apoio da OIT, do Ministério da Cidadania, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), do Ministério Público do Trabalho e do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, entre outras instituições.
5) Crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil frequentam menos a escola
Cerca de 97,1% da população de 5 a 17 anos eram estudantes, mas a proporção caia para 87,9% entre as crianças e adolescentes dessa faixa etária em situação de trabalho infantil.
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Quase todos (98,5%) no grupo etário dos 5 aos 13 anos frequentavam a escola, assim como os que estavam em situação de trabalho infantil nessa faixa etária (98,5%). Já na faixa dos 14 aos 15 anos, 98,5% frequentavam escola, mas essa taxa era um pouco menor (96,0%) entre os trabalhadores infantis das mesmas idades.
O grupo etário com 16 e 17 anos mostrou uma diferença maior: 89,4% da população com 16 e 17 anos frequentavam escola, mas apenas 79,5% dos adolescentes nessas idades e em situação de trabalho infantil seguiam estudando.
A secretária-executiva do FNPET, Katerina Volcov, chama atenção ainda para a situação das crianças e adolescentes que vivem nas áreas rurais, bem como no Norte do país, e carecem de acesso à educação.
“Precisamos de mais escolas nessas localidades e infraestrutura adequada para o CRAS, o CREAS e os conselhos tutelares. É essencial que os governos estejam articulados a fim de que a rede de proteção que faz o trabalho no território esteja devidamente equipada e com a infraestrutura necessária para poder, de fato, averiguar e colocar essa criança ou adolescente protegidas da situação de trabalho infantil”.
As informações são de NATALY SIMÕES, Educação e território.
Edição Geral: JASB.
Publicação
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