Desprecarização: Prefeito regulariza efetivação de Agentes Comunitários de Saúde.
Agentes comunitários de saúde e de combate às endemias comemoram efetivação. — Foto Ilustrativa/Lissa Izabely, Assecom AIA.
Desprecarização: Prefeito regulariza efetivação de Agentes Comunitários de Saúde.
Grupos no WhatsApp | Em relação aos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias precarizados, o JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil está realizando uma verdadeira revolução em pleno ano de 2023 — ao disponibilizar informações privilegiadas sobre os casos de regularização de contratos desses agentes.
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Por muitos anos se falou em demissões em massa dos Agentes Comunitários e de Combate às Endemias. Há pelo menos uns 2 anos, se fala em criar nova lei para os desprecarizar, contudo, pouco se fala das leis que já garantem a efetivação de agentes contratados.
É preciso que os ACS/ACE estejam atentos a sua situação, em seus municípios, porque já possuímos leis que garantem a municipalização, desde 2006.
Como é de amplo conhecimento dos agentes, a mãe de todas as leis dos ACS/ACE é a Lei Federal 11.350/2006, ela garante todos os direitos já conquistados dessas duas categorias de profissionais.
O trabalho a ser realizado nas bases
É fundamental que os agentes comunitários e de endemias, que estão em situação de contratação precária, quer seja o contrato temporário (aquele com o fim da contratação prevista) ou por tempo indeterminado (aquele que apresenta a data de início, mas não informa quando será o fim, o término), ambos podem ser amparados pela CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, ou até mesmo, ser um tipo de precariedade que não gerou nenhum contrato (também chamado de acordo verbal, acordo oral ou acordo tácito, é aquele estabelecido de maneira falada e totalmente baseado na confiança recíproca entre contratante e contratado), nesse caso pode ser caracterizado como contratação tácita, também previsto no ordenamento jurídico brasileiro.
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Em cada município
Em termo de regularização da situação do contrato, o que vem ocorrendo com a regularização de ACS/ACE em várias cidades, tem sido animador às duas categorias dos mais diversos municípios do país. Imaginem o que significa para um agente, que poderia ser dispensado a qualquer momento e, em face de uma articulação de sua categoria com a administração pública municipal ou outro meio, passa a integrar o quadro de servidores públicos municipais efetivos. Até pode parecer uma fantasia, contudo, é algo real, tangível, que vem ocorrendo durante este ano de 2023. Já publicamos diversos casos no Canal da Desprecarização/Efetivação www.jasb.com.br/Efetivacao
Mais uma cidade que efetiva seus agentes
Prefeito regulariza efetivação de agentes comunitários de saúde e de endemias em Alto Araguaia.
Depois de quase 20 anos de atuação, 34 profissionais Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate a Endemias (ACE) foram efetivados pelo prefeito Gustavo Melo como servidores concursados da Prefeitura do município de Alto Araguaia (415 km de Cuiabá). A oficialização acontece após decisão favorável do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE).
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Foram efetivados 29 ACS e seis ACE. Esses profissionais foram contratados através de testes seletivos. Desde então, conviviam com a insegurança profissional e a possibilidade da perda de direitos trabalhistas e previdenciários.
O prefeito Gustavo Melo observou que a gestão está, em cerca de um ano, tratando um problema de quase duas décadas.
“Assinamos o Decreto onde certifica e convalida todos esses profissionais conforme decisão monocrática exarada pelo Tribunal de Contas do Estado. O que é isso? A partir de agora todos esses agentes são servidores públicos efetivos, reconhecendo o vínculo com a Prefeitura”, disse.
“O Tribunal de Contas nos deu o aval para que a gente fizesse a contratação legal. Quero agradecer ao Dr. Carlos, advogado da Câmara Temática da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Max Russi e todo o Tribunal de Contas em nome do conselheiro Sérgio Ricardo”, detalha.
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O prefeito ressaltou que este é um momento importante para o município, devido o papel fundamental que esses profissionais exercem para a qualidade da saúde pública de Alto Araguaia. “Quem ganha é a comunidade, porque esses agentes tem papel determinante na sociedade que é atuar na saúde preventiva”, declarou Gustavo.
Agente Comunitária de Saúde há quase 19 anos, Lucélia Dias citou que a efetivação põe fim a um cenário de incerteza, insegurança e instabilidade junto aos profissionais.
“Graças a Deus chegou esse dia espetacular para todos nós. A gente agradece todos que nos apoiaram e estamos muito felizes. Estamos muito felizes”, comemora.
Há 13 anos atuando como Agente Comunitária de Saúde, Cláudia Ferreira explicou que a efetivação era aguardada há anos.
“O prefeito nos convocou para celebrar esse momento tão esperado para categoria que é a assinatura do decreto. A categoria está muito feliz e grata ao prefeito e a todos que nos ajudaram nessa caminhada. É um momento de muita alegria, satisfação, gratidão e alívio. Um dia muito especial. Marcado na história dos ACE e ACS”, finalizou.
O prefeito Gustavo Melo pontuou que os profissionais Agentes Comunitários de Saúde e Agentes Comunitários de Endemias passam a ter os mesmos direitos garantidos aos demais servidores efetivos da Prefeitura de Alto Araguaia. A própria proposta do Executivo é discutir um plano de cargo, carreira e salários (PCCS) para categoria.
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Obs: a regularização dos agentes ocorreu no mês de março deste ano.
Edição Geral: Samuel Camêlo.
Fotos: Lissa Izabely e Réulliner Rodrigues, Assecom AIA.
As informações são de Marcos Cardial, Assecom AIA - Prefeitura Municipal de Alto Araguaia.
VEJA TAMBÉM:
ACS e ACE estão passando por efetivação (municipalização e desprecarização).
Depois de muito sofrimento, agentes comunitários e de endemias começam a reagir contra os contratos precários. — Fotomontagem: JASB.
O JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil é uma poderosa ferramenta de transformação social, entre os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias. Ele usa a informação como verdadeira arma de mudança entre os agentes. Dentro dessa perspectiva, estamos apontando o caminho da desprecarização das duas categoria na atualidade.
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Estima-se que um terço dos ACS e ACE estejam sendo regidos por contratação consideradas precárias, ou seja, contratos que não garante todos os direitos já conquistados pelas duas categorias. Um terço das duas categorias a nível nacional, remete a cifra absurda de mais de 100 mil servidores públicos municipais.
A publicidade impede o avanço das injustiças
Quando ninguém ouvia falar da situação dessas duas categorias a nível nacional, por meio das informações compartilhadas pelo JASB o sofrimento dos agentes precarizados passou a ser conhecido. Foram quase 20 anos de relatos de demissões em massa.
Nos dias atuais as demissões em massa continuam sendo um "um fantasma" que aterroriza a muitos agentes de saúde, contudo, existe meios de barrar essas demissões nos dias atuais.
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Mais de 2.100 ACS exonerados no RJ
Entre as inúmeras matérias sobre as demissões em massa mais recentemente, está o caso dos mais de 2.100 agentes comunitários de saúde da cidade do Rio de Janeiro, conforme informações publicadas em 13 de novembro de 2021. Leia mais detalhes, aqui.
São muitos os relatos dramáticos de agentes que, entre um momento e outro, lamentavelmente, foram exonerados de seus cargos para gerar novas vagas para outras pessoas. Em algumas situações, por questões políticas. O ACS ou ACE foi desligado do cargo para que a vaga ficasse disponível para afilhados dos gestores municipais.
Demissões em massa sendo barradas
Por meio da publicidade dos abusos que os agentes comunitários e de combate às endemias já ocorre mudanças no fluxo de demissões em massa. Hoje, felizmente, já é possível que as duas categorias sejam devidamente efetivadas, passando a compor os quadros de funcionários públicos municipais, regidos pelos respectivos estatutos das prefeituras.
Eu não sabia que era possível
Muitos agentes nem sequer sabem que podem ser efetivados na atualidade, contudo, o JASB já está os municiando de informações privilegiadas, que os torna agentes de transformação de suas próprias realidade. Essa é a função social desenvolvida pelo Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil nessas duas décadas de existência.
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Mais cidades irão aderir ao movimento de efetivação
Graças ao trabalho de informação que estamos promovendo, lideranças nacionais já falam em efetivação nos dias atuais, algo que não se ouvia falar desde a década de 2010. É possível trabalharmos conjuntamente para regularizar a situação dos ACS e ACE que sofrem debaixo de contratos arbitrários, temporários e absurdamente inqualificável. Há agentes que nem mesmo há um contrato formal, estabelecendo o vínculo entre o contratante e o contratado. Precisamos impedir novas contratações arbitrárias, abrindo as portas para que as novas contratações ocorram em conformidade com a Lei Federal nº 11.350/2006.
A efetivação dos agentes do Estado de Mato Grosso
A efetivação dos Mato Grosso, conforme publicação do JASB, terminou por regularizar a contratação dos Agentes de Saúde (ACS e ACE) contratados desde 1997 a 2011. Esses casos são exemplos bem sucedidos a serem copiados por outros estados. É verdade que este não é um caso isolado, conforme informações de matéria publicada anteriormente.
O caso dos 100 agentes de saúde foram efetivados (desprecarizados)
Os agentes de todo o Brasil receberam a informação da municipalização dos 100 agentes comunitários de saúde e de combate a endemias de Poconé (MT) com muita alegria. Os agentes foram beneficiado com o posicionamento favorável pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), após articulação da própria categoria com o auxílio de apoiadores. A decisão, publicada no Diário Oficial de Contas trouxe as boas novas aos agentes.
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Os prefeitos devem ser incentivados a regularizar a situação dos agentes
Quando a categoria se une, se organiza e persiste em seus objetivos, não há como ser diferente, os resultados serão uma consequência. Não há fórmula mágica para mudar a realidade dramática dos mais de 100 mil ACS e ACE, contudo, há estratégias fazendo a diferença. E o JASB está mostrando para todos quais as possibilidades a serem seguidas.
Lideranças que fazem a diferença
A Lucimeire Souza, presidente do Sismup - Sindicato dos Servidores Públicos Poconé em Poconé (MT), mostrou-se muito satisfeita com o ocorrido com a decisão que garantiu que os agentes, contratados pelo município entre os anos de 1997 a 2011, além de serem beneficiados pela regularização de seus vínculos, saindo da contratação precária, tenham segurança jurídica para criar ainda um plano de cargos e salários.
“A certificação é requerida desde 2017. Isso significa a valorização da carreira, não só no financeiro mas no trabalho do dia-a-dia. Nós estávamos à espera disso para efetivarmos também nosso plano de cargos e carreiras e esse momento único chegou.“
Não há necessidade da criação de nova Lei
Não precisa a categoria fazer mobilização nacional para aprovação de uma nova PEC para garantir a regularização dos contratos dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias, hoje mesmo, já é possível acabar com os contratos temporários e, dentro do que estabelece a Lei Federal nº 11.350/2006, garantir a efetivação das duas categorias.
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"Por quê ninguém nos falou isso?"
Há muitos interesses em jogo, muitos deles buscam tirar proveito da situação precária dos ACS e ACE. Por esse motivo há diversos movimentos contra a busca da garantia de novos direitos para os Agentes de Saúde.
Algumas lideranças sinceras não informaram isso antes, porque não imaginavam que era possível efetivar os ACS/ACE a partir de Lei Federais do ano de 2006. Mas, agora que o JASB começou a fazer publicações sobre essa possibilidade, já começam a falar no assunto. O nosso editorial está fazendo a diferença para os agentes de todos os estados brasileiros, que estão sofrendo com a precarização de seus vínculos de trabalho.
"O alinhamento político é muito importante para assegurar esses direitos, por isso parabenizo o prefeito de Poconé, que se torna um espelho para outros municípios. Alguns prefeitos ficam receosos em dar esse passo, mas vão entender que com essa é a melhor saída pra todos. É a única saída, aliás, porque está prevista na Constituição Federal,” comentou Lucimeire Souza, presidente do Sismup.
Samuel Camêlo dedicou mais de 20 anos de sua vida em defesa da causa dos ACS/ACE. Trabalhou na fundação de vários sindicatos e Associações em vários estados do Brasil. — Foto: Sindacse Agreste.
Um parceiro nacional
Sobre a desprecarização dos agentes, Samuel Camêlo, coordenador do JASB, tem conversado pessoalmente com o Dr. Carlos Eduardo Santos, importante líder na Câmara Setorial Temática dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate a Endemias da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), que é presidida pelo deputado estadual Max Russi.
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"Temos todas as ferramentas necessárias para acabarmos com a situação delicada dos ACS/ACE que estão sofrendo com contratos temporários, sem causar mais sofrimentos a esses agentes. Essa tem sido a nossa preocupação, por isso que temos questionado a utilização de métodos que não produzem resultado. De nada adianta tentarmos resolver um problema criando outro. De nada adianta mobilizarmos categoria para criação de uma nova Lei Federal, quando já temos as Leis necessárias. Não podemos motivar os gestores para que façam mais demissões em massa, apenas para satisfazer ao ego de ter sido autor de uma mudança constitucional desnecessária," comentou Samuel.
A Câmara Setorial Temática dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate a Endemias tem sido uma importante parceira de transformação da realidade dos agentes do Estado de Mato Grosso.
Garantia de direitos
“Parabenizo o Tribunal não só por este olhar sensível, mas também por estar tecnicamente muito bem estruturado em suas decisões. Isso traz tranquilidade a esses servidores que estão lá na ponta da saúde, entrando de casa em casa e levando o primeiro atendimento às famílias. Então o TCE, além da sua obrigação de fiscalizar, também deu a oportunidade a esses profissionais de cobrarem seus direitos e, neste caso, de serem atendidos.”
Agradecimentos da categoria
A agente comunitária Veronice Bastos também comemorou a decisão. “Não foi fácil, mas Deus colocou pessoas no nosso caminho, que nos ajudaram a chegar a este veredito final. Antes éramos usados apenas para campanhas políticas e hoje somos valorizados como profissionais de saúde”, disse.
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Defesa da categoria
O TCE-MT tem acompanhado a situação da categoria no estado e atuado para que seus direitos, previstos na Constituição Federal, sejam respeitados. Na última semana, o conselheiro Sérgio Ricardo anunciou que as 22 prefeituras sob sua relatoria serão notificadas a prestar informações sobre os repasses às categorias.
Outras prefeituras
Segundo o conselheiro, o mesmo pedido deverá ser feito às prefeituras sob relatoria de outros conselheiros, a partir de um trabalho capitaneado pelo presidente da Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social do TCE-MT.
O caso dos agentes do Alto Araguaia
No dia 1 de fevereiro, o conselheiro Sérgio Ricardo se reuniu com vereadores e os profissionais do município de Sorriso para defender estes direitos. Já no dia 3, por meio de decisão monocrática, assegurou a certificação dos profissionais de Alto Araguaia.
Certificação dos processos seletivos de 1995 a 2005 dos agentes de Cuiabá
Além disso, em junho de 2022 a Corte de Contas determinou, por meio de julgamento singular do conselheiro Antonio Joaquim, o registro e a certificação dos processos seletivos de 1995 a 2005 da Prefeitura de Cuiabá para provimento de vagas de ACS e ACE.
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Conselheiro Guilherme Maluf certifica agentes comunitários de Poconé e garante direitos constitucionais.
Por meio da decisão singular, o conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) Guilherme Antonio Maluf certificou cerca de 100 agentes comunitários de saúde (ACS) e de combate a endemias (ACE) de Poconé. A decisão, publicada no Diário Oficial de Contas desta quarta-feira (1°), foi comunicada pessoalmente aos representantes de ambas as categorias durante reunião em seu gabinete.
Garantindo o futuro da população
“Esta decisão vem sendo replicada pelos demais conselheiros do TCE, que avançou no seu entendimento sobre a categoria, fundamental para a saúde do nosso povo. Com isso estamos garantindo seu futuro, porque sem a certificação, eles não poderiam sequer se aposentar”, disse o conselheiro, que também é presidente da Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social da Corte de Contas.
Norma Jurídica favorável
A norma que dá sustentação à desprecarização das duas categorias é a Lei Federal 11.350 e a Emenda Constitucional 51, ambas do ano de 2006. Além dessa norma, que é muitíssimo ampla, diga-se de passagem, temos inúmeros entendimentos favoráveis, entre os quais, dos tribunal acima.
Acompanhe mais informações no Canal Especial da Desprecarização/Efetivação dos Agentes Comunitários e de Combate às Endemias, acesse aqui.
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