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Política - Resistência de governadores desafia cronograma de Lira para votação de reforma tributária.

        Arthur Lira e governadoresIdeia de Lira é votar uma parte da reforma tributária ainda nesta semana. — Imagem ilustrativa/Câmara dos Deputados.
 
Política - Resistência de governadores desafia cronograma de Lira para votação de reforma tributária
Publicado no JASB em 04.julho.2023.           

Grupos no WhatsApp Líderes estaduais pressionam parlamentares para rever trechos considerados prejudiciais aos Estados; presidente da Câmara quer avançar com proposta antes do início do recesso. 
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A Câmara dos Deputados iniciou nesta segunda-feira, 3, a semana de esforço concentrado para aprovação de pautas econômicas, entre elas, a reforma tributária. De acordo com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), a aprovação do texto, sob relatoria do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), é a prioridade – a ideia de Lira é aprovar ao menos o primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) antes do início do recesso parlamentar, marcado para 18 de julho. 

É chegada a hora de darmos um salto e aprovarmos uma nova legislação tributária que o Brasil merece. Daremos celeridade na votação dessas matérias fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do país”, disse Lira. 

A expectativa é que também sejam votado o projeto o projeto do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf; discussão do projeto que institui o Programa Escola em Tempo Integral; e o texto do arcabouço fiscal, que voltou do Senado com alterações. No entanto, a resistência de alguns governadores quanto ao texto de Aguinaldo Ribeiro pode colocar em risco o cronograma do político alagoano. 

Isso porque os líderes estaduais pressionam parlamentares para rever trechos considerados prejudiciais aos Estados, como a criação de um comitê formado por Estados e municípios para gerirem, de forma conjunta, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), imposto único que substituirá o ICMS e o ISS.
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Para resolver o impasse, Arthur Lira convocou uma reunião com os governadores para conversar sobre a reforma tributária. A expectativa é que o encontro aconteça na terça-feira, 4, na residência oficial da Câmara e conte com a presença de ao menos oito chefes dos Executivos estaduais. São eles: Eduardo Leite (PSDB-RS), Jorginho Melo (PL-SC), Ratinho Junior (PSD-PR), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP); Cláudio Castro (PL-RJ); Romeu Zema (Novo-MG); Renato Casagrande (PSB-ES) e Eduardo Riedel (PSDB-RS). 

Deputados federais e senadores também devem marcar presença no encontro. Juntos, os oito Estados reúnem 264 deputados, número suficiente para influenciar os rumos da votação – por se tratar de uma PEC, são necessários ao menos 308 votos em dois turnos de votação. Para os governadores, o objetivo é “apresentar soluções ao Congresso” para trechos problemáticos da matéria. 

“Apoiamos a reforma para que ela simplifique a arrecadação e ajude a aumentar a produtividade no país. Naturalmente, há pontos no texto que precisam ser ajustados, principalmente no que diz respeito à governança do novo sistema e à distribuição dos recursos. Mas entendemos que podemos avançar”, afirmou Eduardo Leite (PSDB-RS), em mensagem nas redes sociais.

Como a Jovem Pan antecipou, o governador de São Paulo embarca para Brasília sem previsão de retorno. Segundo fontes do Palácio dos Bandeiras, o chefe do Executivo paulista pretende permanecer na capital federal “o quanto for necessário” para articular mudanças na reforma tributária. O chefe do Palácio dos Bandeirantes também propõe mudanças ao texto. 
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Em relação ao Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), o problema é que a proposta original prevê que a União aporte cerca de R$ 40 bilhões, mas São Paulo só teria acesso a R$ 1 bilhão. Segundo o governador, o Estado também precisaria desse dinheiro, pois tem o segundo maior número de beneficiários do Bolsa Família. Ele defende que o percentual de beneficiários seja usado como um dos critérios para a distribuição dos recursos. 

Nesse caso, proporcionalmente, São Paulo teria R$ 6 bilhões. Tarcísio deve participar do encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) com lideranças do Congresso Nacional e o presidente da Câmara. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também deve ir à capital federal para participar das discussões. A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) tem reunião prevista com representantes dos municípios sobre as alterações nos impostos.

Por Jovem Pan / Estadão / G1 / OGlobo. 


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