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Julgamento do piso: voto de Dias Tóffoli gera insatisfação na Enfermagem.

        O julgamento do piso da Enfermagem no STF foi retomado e marcado pela insatisfação da categoria com o voto do ministro José Antônio Dias Tóffoli. — Imagem/Reprodução.
 
Julgamento do piso: voto de Dias Tóffoli gera insatisfação na Enfermagem.
Publicado no JASB em 25.junho.2023. Atualizado em 26.junho.2023.          

Grupos no WhatsApp O julgamento foi retomado na última sexta-feira e tem previsão de término no dia 30 de junho. Saiba mais detalhes sobre a situação do julgamento do Piso da Enfermagem. 
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O julgamento do piso da Enfermagem no Supremo Tribunal Federal (STF) foi retomado nesta sexta-feira (23). O retorno foi marcado pela insatisfação da categoria com o voto do ministro José Antônio Dias Tóffoli, que propôs dois novos pontos, considerados pelo Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren/ES) uma forma de dificultar a aplicação do piso. Tóffoli foi o quarto dos 10 ministros a se posicionar. Antes dele, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Edson Fachin já haviam votado.

Ainda faltam os votos de 7 ministros

Contudo, somente este último teve um posicionamento considerado positivo pelos trabalhadores. Faltam, ainda, sete ministros: Rosa Weber, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes, Nunes Marques e André Mendonça. A previsão é que o julgamento termine na próxima sexta-feira (30). 

Piso regionalizado para celetistas

Tóffoli defendeu que o piso deve ser regionalizado para funcionários celetistas, mediante negociação coletiva realizada nas diferentes bases territoriais e nas respectivas datas base.

Piso e vencimento-base

No que diz respeito aos servidores públicos, propôs que o piso deve se referir à remuneração global e não ao vencimento-base, correspondendo ao valor mínimo a ser pago em função da jornada de trabalho completa, podendo a remuneração ser reduzida proporcionalmente no caso de carga horária inferior a 8 horas por dia ou 44 horas semanais.
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Convenção Coletiva

Tóffoli havia pedido vistas no julgamento na sexta-feira (16), quando o STF havia retomado o julgamento depois do primeiro pedido de vistas, que foi feito por Gilmar Mendes. Antes disso, Barroso já havia votado e defendeu que, na rede privada, o piso poderia ser negociado por meio de Convenção Coletiva, o que desagradou a categoria. 

        Ministro José Antônio Dias Tóffoli. — Imagem/Reprodução/Rosinei Coutinho/SCO/STF.

Embora Barroso e Mendes, juntos, tenham votado pelo fim da suspensão do piso, o voto foi considerado pelo Sindicato dos Enfermeiros do Espírito Santo (Sindienfermeiros/ES) como uma "pá de cal". Primeiro porque há um impasse no meio jurídico sobre qual voto de Barroso de fato deve valer. 

Posicionamento de  Tóffoli  foi considerado ruim para a Enfermagem

O segundo, porque o posicionamento do ministro foi considerado ainda pior para a categoria. A presidente da entidade, Valeska Fernandes, explicou que, no que diz respeito à rede privada, Barroso, juntamente com Gilmar Mendes, é taxativo ao falar sobre a necessidade de negociação com os patrões para aplicação. 
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Atrelar o pagamento à carga horária de 44 horas semanais

Os trabalhadores também se queixaram de os ministros atrelarem o pagamento à carga horária de 44 horas semanais e em relação ao fato de que, em seu voto, os ministros falam em remuneração, e não em piso salarial, o que, destacou Valeska, muda o caráter da conquista. Ela explicou o que piso tem o valor estipulado na lei como base, já remuneração pode ter outro valor como base e ser complementado com algum "penduricalho", como vale-alimentação, para se chegar à quantia prevista na lei.

A hipótese de não obrigatoriedade do pagamento do Piso

A dirigente sindical prosseguiu dizendo que, em relação aos municípios, os ministros determinam que o pagamento a ser efetuado por estados e municípios e seus órgãos da Administração Indireta depende de recursos da União, o que Barroso já havia defendido antes e foi refutado por Fachin. Caso não haja provimento total de recursos por parte da União, não há obrigatoriedade de pagamento do piso. 

"A União não tem obrigação de pagar integralmente. As gestões tiveram três anos, desde o início das discussões do projeto de lei, para se preparar", enfatizou.

Estratégia da Enfermagem 

A Enfermagem se articula nacionalmente para pressionar o STF a se posicionar pelo fim da suspensão do piso, mas sem dificultar sua aplicação. Em todo o país, serão realizadas assembleias para discutir possibilidade de greves e paralisações. No Espírito Santo, a assembleia será na próxima segunda-feira (26). Haverá um ato nacional em Brasília na quarta-feira (28).
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Edição de Samuel Camêlo, JASB.
ELAINE DAL GOBBO, Século Diário.


Sala escura, gritos e ausência de comida: os ‘castigos’ de escola em SP; assista ao vídeo.

        Escola enfrenta sérias denúncias de maus-tratos contra crianças. — Imagem/Reprodução.
 
Publicado no JASB em 25.junho.2023.           

Uma escola particular infantil em São Paulo está enfrentando sérias denúncias de maus-tratos contra crianças, que incluem práticas como “castigos” em salas escuras, gritos, humilhações e até mesmo privação de alimentação. 
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Investigações preliminares da Polícia Civil 

As investigações preliminares conduzidas pela Polícia Civil revelaram essas perturbadoras alegações, levando o delegado Fábio Daré, do 6º DP da capital, a determinar a prisão imediata, ainda que temporária, dos proprietários da instituição.

Quando o caso veio à tona

O caso veio à tona quando uma ex-funcionária, indignada com a situação, registrou em vídeo alguns desses atos de maus-tratos e buscou os pais das crianças para informá-los. Posteriormente, os pais decidiram procurar a delegacia. 

A escola está sediada na região do Cambuci, zona sul de São Paulo.

Vídeos mostra um garoto amarrado

Um dos vídeos mostra um garoto amarrado a uma pilastra com sua própria blusa. Segundo o delegado Daré, as denúncias revelam que as crianças eram submetidas a castigos que incluíam longos períodos em salas completamente escuras. “As crianças eram obrigadas a passar horas dentro desse ambiente sem luz”, afirmou.

Gritos, xingamentos e humilhações

Além disso, a polícia descobriu que gritos, xingamentos e humilhações eram práticas recorrentes. 

“Crianças muito pequenas eram constantemente advertidas aos berros, na presença de todos”, disse Daré. 
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Alimentação não apropriada

A falta de alimentação adequada também era uma preocupação constante. “Algumas mães relataram que seus filhos chegavam em casa famintos, mas nunca suspeitaram de algo tão grave.”

Até o momento, a polícia já ouviu depoimentos de 14 pessoas, incluindo mães e professoras, como parte das diligências em curso.

Assista ao vídeo produzido pelo SBT News:



Créditos: Conexão Política.
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