Febre Maculosa: veja quem são as pessoas que morreram pela doença após festa em fazenda.
Febre Maculosa: veja quem são as pessoas que morreram pela doença após festa em fazenda
Grupos no WhatsApp | Morte de adolescente que também frequentou o evento em fazenda de Campinas estava em investigação.
-
-
O Instituto Adolfo Lutz confirmou, nesta quinta-feira (15), que a adolescente de 16 anos que morreu no dia 13 após frequentar o evento na Fazenda Santa Margarida, em Campinas, São Paulo, estava com febre maculosa. Outros três óbitos de pessoas que também estiveram no local, no final de maio, já foram ligados à doença.
Casos nos últimos 16 anos
O estado de São Paulo concentra 62% das 928 mortes por febre maculosa registradas no país nos últimos 16 anos, de 2007 até a quarta-feira (14). Os dados são do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.
Segundo a pasta, já foram confirmados 53 casos da doença neste ano no Brasil, dos quais oito resultaram em óbitos. São Paulo registrou 12 casos, sendo seis óbitos, quatro casos de cura e dois continuam em investigação.
"A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo alerta para que as pessoas que estiveram na Fazenda Santa Margarida, na região de Campinas, no período de 27 de maio à 11 de junho e apresentarem febre e dor pelo corpo, dor cabeça ou manchas avermelhadas pelo corpo, procure atendimento médico imediatamente e informe ao médico que esteve na região", diz a pasta em nota.
-
-
Confirmação do diagnóstico no óbito da adolescente
A secretaria de Campinas confirmou ter sido notificada sobre a confirmação do diagnóstico no óbito da adolescente. As outras vítimas morreram no dia 8. Além dos quatro casos confirmados, o município monitora duas suspeitas, de uma mulher de 40 anos, que frequentou o mesmo evento, e de uma mulher de 38 anos, que esteve também na fazenda, porém pouco depois, no dia 3 de junho. Ambas estão internadas.
A febre maculosa é uma infecção causada pelas bactérias do gênero Rickettsia, transmitidas pela picada do carrapato, principalmente pelo carrapato-estrela, mais prevalente em áreas rurais e que tem como hospedeiros animais como bois, cavalos e cães.
Ela é endêmica na região de Campinas, e provoca casos e óbitos majoritariamente no Estado de São Paulo. Os casos são pouco frequentes -- segundo o Ministério da Saúde, em 2018, pior ano desde 2007, foram pouco mais de 300 diagnósticos apenas no país.
Alta letalidade
No entanto, chama a atenção pela alta letalidade. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) paulista, em 2022 foram 62 casos no estado, dos quais 44 morreram – 74,6%. Porém, existe um tratamento altamente eficaz com antibióticos, desde que seja iniciado nos primeiros dias de sintomas, que envolvem febre alta, dor de cabeça e manchas no corpo.
Por Agência O Globo
-
-
VEJA TAMBÉM:
Febre maculosa: conheça os sintomas e como evitar a exposição
A Febre Maculosa Brasileira é doença endêmica em regiões do Estado de São Paulo. Campinas e Jundiaí estão inseridas nas áreas de ocorrência do carrapato-estrela, vetor de transmissão da bactéria do gênero Rickettsia, causadora dos sintomas.
Desde o dia 8 de junho, Campinas registra surto da doença, com três mortes confirmadas e uma em investigação. Para evitar novos casos, a orientação à população sobre os riscos de contaminação e os sintomas para a busca de atendimento médico é medida essencial.
De acordo com os órgãos de Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM) e Vigilância Epidemiológica (VE), da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Jundiaí não registra notificações de casos suspeitos para a doença com contaminação na cidade neste ano. Porém, um óbito foi registrado após contaminação em Campinas.
“As pessoas que circularam em áreas verdes em Campinas, em modo especial na Fazenda Santa Margarida, entre os dias 27 de maio a 11 de junho e apresentarem febre e dor pelo corpo, dor de cabeça ou manchas avermelhadas pelo corpo devem procurar o atendimento médico imediatamente e informar que esteve na área em que existe surto da doença”, comenta a coordenadora da VE, Maria do Carmo Possidente.
--
-
O período de incubação da Febre Maculosa é de 2 a 14 dias. Portanto, é importante considerar exposições ocorridas nos últimos 15 dias antecedentes ao início de sintomas.
Carrapatos contaminados são os vetores transmissores da febre maculosa em humanos.
A febre maculosa também conhecida como doença do carrapato, é uma infecção febril de gravidade variável, com elevada taxa de letalidade. Causada por uma bactéria do gênero Rickettsia é transmitida pela picada do carrapato. Entre junho e novembro, a infestação ambiental por ninfas de carrapato estrela é alta (o ciclo de vida do carrapato inclui as seguintes fases: ovo – larva – ninfa e adulto).
Prevenção
As equipes das unidades da Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP) realizam o manejo permanente em áreas públicas onde há circulação de animais hospedeiros de carrapatos (capivaras, bois e cavalos) e é intensificado no período de inverno e seca, quando há maior risco de parasitismo, em decorrência da maior presença das formas imaturas desses artrópodes.
Os espaços também recebem placas de alerta sobre a ocorrência de carrapatos, exigindo a maior atenção da população. Além disso, periodicamente, a equipe da Visam acompanha o nível de infestação por carrapatos nessas áreas.
-
-
Segundo a biomédica da VISAM, Ana Lúcia de Castro, embora a febre maculosa seja grave e com alta letalidade, é possível prevenir significativamente o risco de contrair a doença. “Caso a pessoa circule em área onde há ocorrência de carrapato, é essencial que faça a verificação do corpo a cada duas horas, use roupas claras com manga longa, calça comprida e calçado fechado. Os carrapatos estão onde há circulação de animais silvestres”, completa.
Foto: Prefeitura de Jundiai
Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Jundiai (SP)
Envie informações de sua categoria, em sua cidade à redação do JASB por e-mail: agentesdesaude(sem spam) @gmail.com ou por meio dos formulários de conato da página.
Receba notícias direto no celular entrando nos nossos grupos. Clique na opção preferida:
Autorizada a reprodução, desde que a fonte seja citada com o link da matéria.
JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil.
Faça o seu comentário aqui!