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Smartphones: Mãe fala sobre desafio de recuperar filho viciado em videogame.

        Meninos jogando videogames. — Foto: Jessica Lewis/Pexels.
 
Smartphones: Mãe fala sobre desafio de recuperar filho viciado em videogame.
Publicado no JASB em 25.abril.2023.           

Grupos no WhatsApp Ela enfatizou a importância de ter um diálogo aberto com a criança.
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O vício em jogos eletrônicos é um problema cada vez mais comum entre crianças e adolescentes, mas poucos pais estão cientes dos riscos. Melanie Hempe, mãe de um jovem que sofreu com o vício, deu sua entrevista ao The Gospel Coalition, contando como resgatou seu filho do problema. 

Adam, o filho, relatou durante o primeiro ano de faculdade que estava em seu dormitório há uma semana e não conseguia parar de jogar, declarando que “o videogame fez algo comigo”. 

Melanie percebeu então que seu filho estava preso no mundo virtual e não conseguia sair.

Os sinais de alerta começaram no Ensino Médio, mas a mãe não os relacionou. Adam abandonou os esportes e os hobbies, passando a preferir jogar em vez de frequentar a igreja. Melanie achou que era melhor vê-lo debruçado numa tela por muitas horas do que metido em encrencas, mas seus problemas persistiram e ele foi para a faculdade com muitas dificuldades.

Melanie, que é formada em enfermagem, começou a pesquisar sobre o assunto e conversou com médicos e neurocientistas de todo o país para entender como os jogos influenciam na memória. 
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Descobriu então que o vício em jogos é neurologicamente semelhante a qualquer outro vício, como o uso de drogas, pois ambos sequestram o caminho de recompensa da dopamina. A superprodução de dopamina durante o jogo desencadeia uma série de eventos neuroquímicos, levando a um desejo por mais.

O vício por jogos leva ao comprometimento do autocontrole e à disfunção nas atividades diárias e nos relacionamentos interpessoais. “Jogar não é um rito de passagem neutro, é uma atividade viciante que pode afastar uma pessoa de sua família e vida social de forma mais ampla. 

O jogo se torna um dominador de seu próprio universo. Com o tempo, o mundo virtual pode se tornar tão autêntico e tão envolvente que a necessidade da família, de viver e da alegria natural diminui”, afirmou Melanie.

        O vício por jogos leva ao comprometimento da vida de crianças, adolescentes e adultos. — Foto: Fgnopporn, Freepik.

Melanie criou, junto com o marido, a organização Screen Strong, para ajudar outras famílias que passam pelo mesmo problema. A organização substituiu o uso de “tela tóxica” por atividades saudáveis, desenvolvimento de habilidades para a vida e conexões familiares. “Ele serviu cinco anos no Exército dos EUA e se formou na faculdade. Agora está terminando a faculdade de direito e também é porta-voz da Screen Strong”, disse Melanie sobre seu filho.
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Adam gostaria de poder recuperar as mais de 10.000 horas que passou jogando e se perdendo no mundo virtual. 

“E por causa do que Adam experimentou, meu marido e eu mudamos a forma como lidamos com a tecnologia com sua irmã e seus irmãos gêmeos mais novos, criando para eles uma infância livre de videogames e smartphones”, disse Melanie.

Melanie encoraja pais e mães a protegerem seus filhos das “telas tóxicas”, sejam elas de videogames ou smartphones.


É nossa responsabilidade proteger nossos filhos e sermos fiéis mordomos do que Deus nos confiou. A tecnologia é incrível, mas também é poderosa e pode ser usada para o bem ou para o mal. É por isso que precisamos estar atentos e equilibrados em como a usamos”, alertou. Ela também enfatizou a importância de ter um diálogo aberto e honesto com os filhos, estabelecer limites e incentivar outras atividades, como esportes, leitura e tempo de qualidade em família.
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“Não se trata de proibir totalmente o uso de tecnologia, mas sim de equilibrar e controlar o seu uso. Como pais, precisamos liderar pelo exemplo e mostrar aos nossos filhos que há coisas muito mais valiosas do que passar horas em frente a uma tela”, concluiu.

COM INFORMAÇÕES DO THE GOSPEL COALITION.

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