Câmara aprova MP que prorroga contratos de profissionais da saúde no Rio de Janeiro.
Câmara aprova MP que prorroga contratos de profissionais da saúde no Rio de Janeiro
Grupos no WhatsApp | A Câmara dos Deputados aprovou na segunda-feira (27/03) a Medida Provisória 1142/22, que autoriza o Ministério da Saúde a prorrogar contratos temporários de profissionais de saúde atuantes nos hospitais federais e institutos nacionais de saúde no estado do Rio de Janeiro. A MP será enviada ao Senado.
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A medida foi aprovada na forma de um substitutivo do relator, deputado Daniel Soranz (RJ). Segundo o texto, além dos 3.478 contratos de profissionais de saúde inicialmente previstos, poderão ser prorrogados outros 639 postos que vierem a ser preenchidos, perfazendo o total de 4.117 profissionais cuja contratação tinha sido autorizada por uma portaria interministerial de 2020.
A data limite dos contratos também mudou. Em vez de 1º de dezembro de 2023, será 1º de dezembro de 2024.
O texto estabelece ainda que a prorrogação não dependerá da manutenção da declaração formal do estado de calamidade pública que motivou a celebração dos contratos, mas ficará condicionada à disponibilidade orçamentária e financeira.
Impacto
O impacto inicial previsto quando da edição da MP original era de R$ 255 milhões, abrangendo salários e encargos patronais.
As unidades de saúde envolvidas são:
Hospital Federal do Andaraí (HFA);
Hospital Federal de Bonsucesso (HFB);
Hospital Federal da Lagoa (HFL);
Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE);
Hospital Federal de Ipanema (HFI);
Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF);
Instituto Nacional de Cardiologia (INC);
Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO); e
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva.
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Debate
Ao defender a aprovação da MP, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou a necessidade desses profissionais e de uma auditoria nos hospitais. “Essas unidades têm denúncias grandes de corrupção da gestão passada. O deputado Daniel Soranz foi secretário municipal de Saúde e sabe como é necessário que essas unidades funcionem”, afirmou.
Feghali é funcionária do Ministério da Saúde licenciada do Hospital Federal de Bonsucesso.
Para o deputado Beto Preto (PR), “quem conhece os hospitais federais no Rio de Janeiro sabe da necessidade da manutenção desses contratos e não são apenas eles que precisam de mais recursos, deve haver também um maior financiamento para as Santas Casas e hospitais filantrópicos”.
O deputado Lindbergh Farias (RJ) lamentou o que considerou uma situação de caos na infraestrutura desses hospitais.
“Em quatro anos, destruíram uma rede poderosa, seis hospitais federais e três institutos. Se existe um exemplo de má gestão do Bolsonaro, é na área da saúde no Rio de Janeiro”, disse.
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Em defesa do governo passado, o deputado Eli Borges (TO) apoiou a aprovação da MP “acima das questões partidárias e acima dos lados da política brasileira”. “Até porque a saúde clama por isso, e a necessidade é maior inclusive do que os nossos mandatos, independentemente de que lado estejamos”, declarou.
Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli
Agência Câmara de Notícias
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