URGENTE: FIOCRUZ revela que Agentes de Combate às Endemias morrem com idade média de 55 anos.
URGENTE: FIOCRUZ revela que Agentes de Combate às Endemias morrem com idade média de 55 anos.
Grupos no WhatsApp | Agentes de Combate as Endemias: Profissão Perigo - pesquisa registrou que a idade média de morte dos agentes de combate as endemias no Rio de Janeiro é 55 anos.
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Em recente publicação do trabalho científico pela Doutora Ariane Leites Larentis do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana/Escola Nacional de Saúde Pública/Fundação Oswaldo Cruz (Cesteh/ENSP/Fiocruz), denominado “ Estudo do impacto à saúde de agentes de combate às endemias/ guardas de endemias pela exposição a agrotóxicos no estado do Rio de Janeiro” ficou constatado que exercer o ofício de agente combate as endemias é um risco de morrer precocemente.
O trabalho foi publicado no SUMÁRIO EXECUTIVO 2022- Encontro Científico de Pesquisas Aplicadas, publicação do Ministério da Saúde.
A pesquisa registrou que a idade média de morte dos agentes de combate as endemias no Rio de Janeiro é 55 anos, enquanto, segundo o IBGE a idade média para mortes na população brasileira é de 78 anos .
Dos óbitos registrados no período pesquisado 75 % dos trabalhadores morreram em idade produtiva.
São instituições parceiras da pesquisa que ainda está em andamento as seguintes: Instituto Nacional de Câncer (Inca); Instituto Aggeu Magalhães, Fiocruz Pernambuco (IAM/Fiocruz PE); Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fiocruz (EPSJV/Fiocruz); Universidade Federal do Estado Rio de Janeiro (Unirio); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf); Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Campus Zona Oeste (Uerj-ZO); além de entidades sindicais.
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Na minha opinião a pesquisa é importante para fazer o debate com o governo sobre os nossos direitos negligenciados ao longo dos anos e da necessidade de de avançarmos na reparação aos danos causados aos trabalhadores e trabalhadoras, através de um plano de saúde integralmente custeado pelo Governo, aposentadoria especial aos 25 anos com paridade e integralidade, instituição de pensão mensal vitalícia por exposição as substâncias carcinogenicas, afirmou Sandro Cezar, agente de combate as endemias, dirigente do SINTSAUDERJ e Presidente da CUT no Estado do Rio de Janeiro.
Publicado originalmente no SINTSAUDE-RJ
DADOS DA PESQUISA
Estudo do impacto à saúde de agentes de combate às endemias/guardas de endemias pela exposição a agrotóxicos no estado do Rio de Janeiro.
Ariane Leites Larentis Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana/Escola Nacional de Saúde Pública/Fundação Oswaldo Cruz (Cesteh / ENSP/Fiocruz) lattes.cnpq.br/5723900972866460 Orcid: 0000-0001-7232-3245 arilarentis @yahoo.com.br
Instituições parceiras: Instituto Nacional de Câncer (Inca); Instituto Aggeu Magalhães, Fiocruz Pernambuco (IAM/Fiocruz PE); Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fiocruz (EPSJV/Fiocruz); Universidade Federal do Estado Rio de Janeiro (Unirio); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf); Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Campus Zona Oeste (Uerj-ZO); Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev/RJ); Sindicato dos Trabalhadores no Combate às Endemias e Saúde Preventiva no Estado do Rio de Janeiro (SINTSAÚDERJ); Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro (Sintrasef).
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SAÚDE DO TRABALHADOR
Resumo executivo Objetivos: Desenvolver ações de mitigação, eliminação dos perigos e avaliação dos impactos à saúde de guardas de endemias/agentes de combate às endemias (ACE) expostos a agrotóxicos no processo de trabalho.
Métodos: Acompanhamento de trabalhadores expostos a agrotóxicos oriundos da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa), lotados em diversos municípios do estado do Rio de Janeiro. Realização de ações para organização de espaços formativos, produção de materiais educativos e informativos, bem como de estratégias de atuação e enfrentamento, relação com a comunidade e poder público, em desenvolvimento conjunto com os trabalhadores, sindicatos e pesquisadores das instituições participantes, por meio da construção de comunidade ampliada de pesquisa. Avaliação do processo de trabalho, das condições de saúde e da exposição a agrotóxicos, de transtornos mentais comuns (TMC) e da qualidade do sono via questionário on-line com 107 questões. Está em andamento a avaliação de biomarcadores de exposição e efeito, a fim de subsidiar políticas públicas em Vigilância em Saúde, voltadas ao monitoramento e à assistência desses trabalhadores, com análises clínicas e toxicológicas Ministério da Saúde 211 realizadas no Laboratório de Toxicologia/Ambulatório do Cesteh em colaboração com Unirio/Inca, em uma perspectiva multicêntrica. Também estão sendo avaliados padrões de sono por meio de actímetros.
Foram atendidos 90 trabalhadores; monitorados 5 ACE com problemas pulmonares durante a pandemia, e realizados 5 acompanhamentos pela equipe de saúde mental. As defesas de dissertação de mestrado e qualificação ao doutorado, dos pós-graduandos do Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente/ENSP/Fiocruz envolvidos no projeto, foram realizadas em formato de bancas populares, com participação de ACE. Foram realizadas devolutivas dos dados na forma de seminários, lives, participação em atividades sindicais e boletins informativos. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas (CEP/ENSP/Fiocruz) sob CAAE 03323018.4.0000.5240.
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Resultados: Identificação de 318 mortes, junto ao Núcleo do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (Nerj/MS), via Sistema Integrado de Administração de Pessoal (Siaepe), até outubro de 2018, com aumento significativo a partir de 2015, e 5.024 afastamentos no trabalho por vários tipos de doenças, via Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass). Avaliação de 109 declarações de óbito no período de 2013-2017: 75% dos trabalhadores morreram em idade produtiva (55 anos), sendo as principais causas de morte doenças do aparelho respiratório (39%) e câncer (15%). Identificação de 11 agrotóxicos utilizados pelos ACE no município (2001 a 2019) e no estado do Rio de Janeiro (2011 a 2018), pertencentes a 5 grupos químicos: éter piridiloxipropílico, piretroides, benzoilureias, carbamatos e organofosforados, incluindo alguns cancerígenos e/ou neurotóxicos.
Análise de 140 questionários on-line: 69% do sexo masculino, com idade média de 52 anos, 75% pretos ou pardos; cerca de 60% relataram contato, manipulação ou aplicação de agrotóxicos, sendo os principais sintomas: dor de cabeça (44%), irritação na pele/alergias (40%), mal-estar (36%), ardência no nariz/boca, dificuldades para respirar (32%), e dor no estômago, náuseas, vômitos ou diarreia (21%). Na triagem realizada para suspeição de transtornos mentais comuns (TMC), em torno de 6% sinalizaram pensamento/ideação suicida, e 16% diagnóstico prévio de depressão, o que levou à realização de “Encontros sobre saúde mental no trabalho” com os trabalhadores e nos sindicatos. Problemas de sono foram a queixa com
maior frequência no período anterior à pandemia (55%) e durante a pandemia (61%).
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Conclusão: A identificação de mortes e adoecimento relacionados ao trabalho após pelo menos 25 anos de exposição mostrou a necessidade de mudar o processo de trabalho dos ACE, realizar avaliações periódicas de saúde dos trabalhadores e alterar o combate às endemias no País, empregando metodologias sem uso de agrotóxicos.
Clique aqui e leia a publicação (a partir da página 2010).
VIDEO: Bicicletas elétricas são entregues a Agente Comunitários de Saúde e de Endemias.
Frequentemente temos divulgado matérias com informações sobre entrega de motos, bicicletas e até mesmo Bicicletas Elétricas para os agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias. Confira os detalhes de mais essa matéria!
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Dessa vez as novas ferramentas de trabalho para o deslocamento dos agentes de saúde (ACS e ACE) foi entre por Júlio César dos Santos, prefeito da cidade de Apiacás (MT).
Avaliando o contexto em que as entrega das Bicicletas Elétricas foram feitas, o chefe do poder executivo do município estava bastante entusiasmado. Ao assistir o vídeo que o editorial do JASB disponibilizou, nessa matéria, será possível entender melhor o destaque que estamos dando a tal entusiasmo.
O gestor municipal declarou: "É com imensa gratidão que entregamos hoje 12 Bicicletas Elétricas aos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combates às Endemias. Esses profissionais desempenham um trabalho importante na saúde, sendo o elo entre a comunidade e os profissionais das Unidades de Saúde."
Há alguma coisa mais expressiva para os servidores públicos, do que o reconhecimento ao trabalho que realizam? E quando essa expressividade é manifesta em forma de ações que facilitam o trabalho de quem produz resultados ao ente municipal, sem dúvida alguma, tal reconhecimento passa a ter um toque de realismo bastante expressivo, digno de ser considerado por todos os beneficiados pela ação da gestão.
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“Valorizar os servidores é um dos grandes compromissos da Gestão, por isso são feitos investimentos para melhores condições de trabalho. Desde já agradecemos a todos servidores envolvidos e ao Legislativo pelo apoio aos Projetos,” comentou o prefeito Júlio César.
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Já a Vice-Prefeita e Secretária de Saúde Fabiana, destacou: “Como é gratificante o envolvimento dos servidores em cada setor para ofertar assistência de qualidade aos cidadãos. E, hoje essa entrega é fruto de um trabalho em Equipe e, as categorias de ACS e ACE merecem receber essa ferramenta de trabalho para o fortalecimento de suas atividades em assistência à população apiacaense.“
Confira o vídeo completo:
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JASB com informações da Assessoria da cidade de Apiacás. Vídeo publicado em 05 de abril de 2023.
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