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URGENTE: FIOCRUZ revela que Agentes de Combate às Endemias morrem com idade média de 55 anos.

        Os agentes de combate às endemias estão sendo classificados como profissionais em situação de elevado risco. — Foto/Reprodução.
 
URGENTE: FIOCRUZ revela que Agentes de Combate às Endemias morrem com idade média de 55 anos.
Publicado no JASB em 11.abril.2023. Atualizado em 13.abril.2023.          

Grupos no WhatsApp Agentes de Combate as Endemias: Profissão Perigo - pesquisa registrou que a idade média de morte dos agentes de combate as endemias no Rio de Janeiro é 55 anos.
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Em recente publicação do trabalho científico pela Doutora Ariane Leites Larentis do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana/Escola Nacional de Saúde Pública/Fundação Oswaldo Cruz (Cesteh/ENSP/Fiocruz), denominado “ Estudo do impacto à saúde de agentes de combate às endemias/ guardas de endemias pela exposição a agrotóxicos no estado do Rio de Janeiro” ficou constatado que exercer o ofício de agente combate as endemias é um risco de morrer precocemente.

O trabalho foi publicado no SUMÁRIO  EXECUTIVO  2022- Encontro Científico de Pesquisas Aplicadas, publicação do Ministério da Saúde.

A pesquisa registrou que a idade média de morte dos agentes de combate as endemias no Rio de Janeiro é 55 anos, enquanto, segundo o IBGE a idade média para mortes na população brasileira é de 78 anos .

Dos óbitos registrados no período pesquisado 75 % dos trabalhadores morreram em idade produtiva.

São instituições parceiras da pesquisa que ainda está em andamento as seguintes: Instituto Nacional de Câncer (Inca); Instituto Aggeu Magalhães, Fiocruz Pernambuco (IAM/Fiocruz PE); Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fiocruz (EPSJV/Fiocruz); Universidade Federal do Estado Rio de Janeiro (Unirio); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf); Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Campus Zona Oeste (Uerj-ZO); além de entidades sindicais.
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Na minha opinião a pesquisa é importante para fazer o debate com o governo sobre os nossos direitos negligenciados ao longo dos anos e da necessidade de de avançarmos na reparação aos danos causados aos trabalhadores e trabalhadoras, através de um plano de saúde integralmente custeado pelo Governo, aposentadoria especial aos 25 anos com paridade e integralidade, instituição de pensão mensal vitalícia por exposição as substâncias carcinogenicas, afirmou Sandro Cezar, agente de combate as endemias, dirigente do SINTSAUDERJ e Presidente da CUT no Estado do Rio de Janeiro.

Publicado originalmente no SINTSAUDE-RJ


DADOS DA PESQUISA

Estudo do impacto à saúde de agentes de combate às endemias/guardas de endemias pela exposição a agrotóxicos no estado do Rio de Janeiro.

Ariane Leites Larentis Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana/Escola Nacional de Saúde Pública/Fundação Oswaldo Cruz (Cesteh / ENSP/Fiocruz) lattes.cnpq.br/5723900972866460 Orcid: 0000-0001-7232-3245 arilarentis @yahoo.com.br 

Instituições parceiras: Instituto Nacional de Câncer (Inca); Instituto Aggeu Magalhães, Fiocruz Pernambuco (IAM/Fiocruz PE); Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fiocruz (EPSJV/Fiocruz); Universidade Federal do Estado Rio de Janeiro (Unirio); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf); Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Campus Zona Oeste (Uerj-ZO); Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev/RJ); Sindicato dos Trabalhadores no Combate às Endemias e Saúde Preventiva no Estado do Rio de Janeiro (SINTSAÚDERJ); Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro (Sintrasef).
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SAÚDE DO TRABALHADOR

Resumo executivo Objetivos: Desenvolver ações de mitigação, eliminação dos perigos e avaliação dos impactos à saúde de guardas de endemias/agentes de combate às endemias (ACE) expostos a agrotóxicos no processo de trabalho.

Métodos: Acompanhamento de trabalhadores expostos a agrotóxicos oriundos da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa), lotados em diversos municípios do estado do Rio de Janeiro. Realização de ações para organização de espaços formativos, produção de materiais educativos e informativos, bem como de estratégias de atuação e enfrentamento, relação com a comunidade e poder público, em desenvolvimento conjunto com os trabalhadores, sindicatos e pesquisadores das instituições participantes, por meio da construção de comunidade ampliada de pesquisa. Avaliação do processo de trabalho, das condições de saúde e da exposição a agrotóxicos, de transtornos mentais comuns (TMC) e da qualidade do sono via questionário on-line com 107 questões. Está em andamento a avaliação de biomarcadores de exposição e efeito, a fim de subsidiar políticas públicas em Vigilância em Saúde, voltadas ao monitoramento e à assistência desses trabalhadores, com análises clínicas e toxicológicas Ministério da Saúde 211 realizadas no Laboratório de Toxicologia/Ambulatório do Cesteh em colaboração com Unirio/Inca, em uma perspectiva multicêntrica. Também estão sendo avaliados padrões de sono por meio de actímetros.

Foram atendidos 90 trabalhadores; monitorados 5 ACE com problemas pulmonares durante a pandemia, e realizados 5 acompanhamentos pela equipe de saúde mental. As defesas de dissertação de mestrado e qualificação ao doutorado, dos pós-graduandos do Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente/ENSP/Fiocruz envolvidos no projeto, foram realizadas em formato de bancas populares, com participação de ACE. Foram realizadas devolutivas dos dados na forma de seminários, lives, participação em atividades sindicais e boletins informativos. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas (CEP/ENSP/Fiocruz) sob CAAE 03323018.4.0000.5240.
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Resultados: Identificação de 318 mortes, junto ao Núcleo do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (Nerj/MS), via Sistema Integrado de Administração de Pessoal (Siaepe), até outubro de 2018, com aumento significativo a partir de 2015, e 5.024 afastamentos no trabalho por vários tipos de doenças, via Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass). Avaliação de 109 declarações de óbito no período de 2013-2017: 75% dos trabalhadores morreram em idade produtiva (55 anos), sendo as principais causas de morte doenças do aparelho respiratório (39%) e câncer (15%). Identificação de 11 agrotóxicos utilizados pelos ACE no município (2001 a 2019) e no estado do Rio de Janeiro (2011 a 2018), pertencentes a 5 grupos químicos: éter piridiloxipropílico, piretroides, benzoilureias, carbamatos e organofosforados, incluindo alguns cancerígenos e/ou neurotóxicos. 

Análise de 140 questionários on-line: 69% do sexo masculino, com idade média de 52 anos, 75% pretos ou pardos; cerca de 60% relataram contato, manipulação ou aplicação de agrotóxicos, sendo os principais sintomas: dor de cabeça (44%), irritação na pele/alergias (40%), mal-estar (36%), ardência no nariz/boca, dificuldades para respirar (32%), e dor no estômago, náuseas, vômitos ou diarreia (21%). Na triagem realizada para suspeição de transtornos mentais comuns (TMC), em torno de 6% sinalizaram pensamento/ideação suicida, e 16% diagnóstico prévio de depressão, o que levou à realização de “Encontros sobre saúde mental no trabalho” com os trabalhadores e nos sindicatos. Problemas de sono foram a queixa com
maior frequência no período anterior à pandemia (55%) e durante a pandemia (61%).
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Conclusão: A identificação de mortes e adoecimento relacionados ao trabalho após pelo menos 25 anos de exposição mostrou a necessidade de mudar o processo de trabalho dos ACE, realizar avaliações periódicas de saúde dos trabalhadores e alterar o combate às endemias no País, empregando metodologias sem uso de agrotóxicos.

Clique aqui e leia a publicação (a partir da página 2010).

VIDEO: Bicicletas elétricas são entregues a Agente Comunitários de Saúde e de Endemias.

        Os agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias receberam as Bicicletas Elétricas das mãos do prefeito. — Foto/Reprodução.
 
Publicado no JASB em 11.abril.2023.  

Frequentemente temos divulgado matérias com informações sobre entrega de motos, bicicletas e até mesmo Bicicletas Elétricas para os agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias. Confira os detalhes de mais essa matéria!
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Dessa vez as novas ferramentas de trabalho para o deslocamento dos agentes de saúde (ACS e ACE) foi entre por Júlio César dos Santos, prefeito da cidade de Apiacás (MT).

Avaliando o contexto em que as entrega das Bicicletas Elétricas foram feitas, o chefe do poder executivo do município estava bastante entusiasmado. Ao assistir o vídeo que o editorial do JASB disponibilizou, nessa matéria, será possível entender melhor o destaque que estamos dando a tal entusiasmo. 

O gestor municipal declarou: "É com imensa gratidão que entregamos hoje 12 Bicicletas Elétricas aos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combates às Endemias. Esses profissionais desempenham um trabalho importante na saúde, sendo o elo entre a comunidade e os profissionais das Unidades de Saúde."

        Cidade de Apiacás. — Foto/Reprodução.

Há alguma coisa mais expressiva para os servidores públicos, do que o reconhecimento ao trabalho que realizam? E quando essa expressividade é manifesta em forma de ações que facilitam o trabalho de quem produz resultados ao ente municipal, sem dúvida alguma, tal reconhecimento passa a ter um toque de realismo bastante expressivo, digno de ser considerado por todos os beneficiados pela ação da gestão. 
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Valorizar os servidores é um dos grandes compromissos da Gestão, por isso são feitos investimentos para melhores condições de trabalho. Desde já agradecemos a todos servidores envolvidos e ao Legislativo pelo apoio aos Projetos,” comentou o prefeito Júlio César.


Já a Vice-Prefeita e Secretária de Saúde Fabiana, destacou: “Como é gratificante o envolvimento dos servidores em cada setor para ofertar assistência de qualidade aos cidadãos. E, hoje essa entrega é fruto de um trabalho em Equipe e, as categorias de ACS e ACE merecem receber essa ferramenta de trabalho para o fortalecimento de suas atividades em assistência à população apiacaense.“

Confira o vídeo completo:

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JASB com informações da Assessoria da cidade de Apiacás. Vídeo publicado em 05 de abril de 2023.

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Autorizada a reprodução, desde que a fonte seja citada com o link da matéria.

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