Reação alérgica a tinta de cabelo deixa mulher desfigurada; entenda por que isso acontece.
Reação alérgica a tinta de cabelo deixa mulher desfigurada; entenda por que isso acontece.
Grupos no WhatsApp | Saiba como identificar sinais de que seu corpo não está reagindo bem a esse tipo de produto e como evitar complicações.
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Em uma tentativa de começar o ano com uma mudança de visual, a americana Teneal Bernardd acabou tendo uma surpresa nada agradável: uma reação alérgica grave.
Teneal estava pintando o cabelo com uma tonalidade escura quando começou a ficar com o couro cabeludo vermelho e, posteriormente, extremamente inchada. A reação deixou a cabeça e o rosto da mulher irreconhecíveis.
O caso teve de ser resolvido no hospital, com uma combinação de medicamentos anti-histamínicos. Porém, o inchaço ainda permaneceu durante alguns dias.
“Não é doloroso, é apenas mais desconfortável. Eu ainda tenho muito inchaço aqui [abaixo dos olhos]”, contou em sua conta do TikTok.
A situação acende um alerta importante, já que todos estamos expostos a uma possível reação alérgica a esses e outros tipos de produtos, como hidratantes e henna para sobrancelhas.
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“As tintas de cabelo, assim como qualquer outro produto com que a gente entra em contato, podem causar a dermatite de contato. A dermatite de contato é um processo inflamatório que acontece na nossa pele depois do contato com alguma substância que é potencialmente alergênica, e isso pode acontecer em qualquer fase da vida”, explica a médica alergista e imunologista Ana Carolina D’Onofrio e Silva, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
De acordo com a especialista, a qualquer momento o corpo pode “mudar de ideia” com relação àquela substância, ou seja, ele passa a entendê-la como agressiva e desencadeia um processo inflamatório.
No entanto, as tinturas mais escuras, como a utilizada por Teneal, aumentam o risco de uma possível reação.
“As tintas escuras têm uma substância chamada parafenilenodiamina, que é um potencial causador de reação alérgica”, alerta Ana Carolina.
O inchaço sofrido pela americana também é comum nessa situação, já que é um processo inflamatório — há liberação de células inflamatórias, que aumentam a passagem de líquido para o espaço fora dos vasos sanguíneos (espaço entre as células), ocasionando o inchaço.
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O dermatologista Joaquim Xavier, do Hospital Sírio-Libanês, acrescenta que esse inchaço é mais comum “nas áreas afetadas, principalmente ao redor dos olhos, orelhas e face”.
“Uma outra dificuldade é que, nos casos da dermatite de contato por tintura de cabelo, você continua em contato com aquela tinta, é muito difícil conseguirmos tirar o contato. Então, até o cabelo crescer, você mantém o contato com aquela tintura, o que não diminui o processo inflamatório”, diz a alergista.
Para prevenir essa situação, Ana Carolina recomenda às pessoas que fiquem atentas aos primeiros sinais de irritação, como: coceira insistente no couro cabeludo, descamação da região e vermelhidão persistente. Esses sintomas tendem a piorar a cada nova aplicação do produto.
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“Esse processo vai se intensificando e o corpo vai reagindo com mais intensidade, levando a mais vermelhidão, coceira mais intensa, formação de crostas na região afetada, eliminação de líquido através da ferida e, em casos mais graves, até bolhas na região”, exemplifica o dermatologista Xavier.
Entretanto, vale ressaltar que os sintomas ou a gravidade da reação são “totalmente imprevisíveis”, segundo Ana Carolina.
Portanto, a pessoa deve estar atenta a esses sinais também durante outros procedimentos menores, como tingimento de sobrancelha, e conferir, sempre, a procedência e a data de validade dos produtos.
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“Em caso de reação, a pessoa deve lavar em abundância, primeiro, porque, às vezes, não é a tintura de cabelo [a causadora], mas sim um outro produto que foi usado, e esse pode ser removível. Procurar atendimento médico, assim que possível, para poder iniciar o tratamento com as medicações, porque a tintura fixa no cabelo, não conseguimos tirar a tinta de cabelo e, com isso, a reação pode continuar piorando”, finaliza Ana Carolina.
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REPRODUÇÃO / EDIÇÃO R7
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Pomada de cabelo leva mais de 130 mulheres a hospital com cegueira temporária; Entenda o caso!
A Secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro emitiu novo alerta, durante as festas de fim de ano, para o uso de pomadas de cabelo que têm causado cegueira temporária. Em menos de 12h, 130 mulheres estiveram no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro da cidade, relatando o problema.
De acordo com a oftalmologista Anna Beatriz Simões, que atende na instituição de saúde, os efeitos adversos são causados por produtos diferentes. Contudo, a maioria das pacientes afirma ter tido contato com pomadas para modelar penteados e tranças das marcas Studio Hair e Ômegafix. A última está sendo investigada desde março pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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De acordo com a especialista, o verão é a época do ano em que há uma “explosão de casos” de cegueira temporária causada pelos produtos para cabelo. Às vésperas do Réveillon, a médica pede que as pessoas estejam atentas aos salões de beleza que frequentam e evitem tocar os olhos.
“As tranças são feitas durante o ano todo, mas há um aumento da utilização desse tipo de penteado em eventos como Natal, Ano-Novo e Carnaval. Como no verão é mais comum ir para a praia, piscina, e as pessoas suam mais, é possível notar que há uma explosão nos casos”, afirma.
Além da perda temporária de visão, as pacientes relatam forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, inchaço, vermelhidão e dor de cabeça.
A orientação da oftalmologista é de que as pessoas redobrem a atenção e procurem salões de beleza sérios e que usem produtos regulamentados pela Anvisa. Simões indica que homens e mulheres que trançaram os cabelos redobrem os cuidados durante o banho, para evitar que a água escorra para os olhos, e não mergulhem na praia ou em piscinas, conforme informações do Portal Metrópoles, publicado em 30 de dezembro.
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Anvisa suspende venda de produto usado para modelar cabelo após ocorrências de danos aos olhos de usuários.
Anvisa suspende venda de produto usado para modelar cabelo após ocorrências de danos aos olhos de usuários
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a comercialização da pomada Cassu Braids, devido a relatos de ocorrências de danos aos olhos de usuários, no Rio de Janeiro. O produto é usado para modelar e trançar cabelos.
Segundo a Anvisa, consumidores relataram irritação ocular, pálpebras inchadas, dor nos olhos e dificuldade de enxergar ao lavarem o cabelo, depois de aplicação do produto.
A resolução da Anvisa, publicada na sexta-feira (6), também determina o recolhimento dos produtos distribuídos e suspende a fabricação, uso e propaganda da pomada produzida pela empresa Microfarma.
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Outro motivo para a suspensão, de acordo com a Anvisa, é o fato de a empresa não estar devidamente regularizada para fabricar esse tipo de produto.
“É importante ressaltar que consta no rótulo do produto a orientação de evitar contato com os olhos e mucosas, bem como a orientação de retirar a pomada do cabelo antes de ir a lugares como piscinas, praias e cachoeiras, para que o produto não escorra sobre os olhos. Em 2022, a Anvisa já havia publicado um alerta, relacionado a esse tipo de cosmético. É importante que os consumidores fiquem atentos às recomendações de uso e advertências contidas nos rótulos dos produtos”, informa nota da Anvisa.
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JASB com informações do Portal Metrópoles e de RicMais.
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JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil.
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