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Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

        Em 22 de dezembro de 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.   —  Foto/Reprodução.
 
Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência 
Publicado no JASB em 12.fevereiro.2023.           

Grupos no WhatsApp | Ontem (11 de fevereiro) foi comemorado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.
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Desde 2015, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização das Nações Unidas (Onu)-Mulheres celebra, no dia 11 de fevereiro, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. No Espírito Santo, o Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), promove políticas públicas de incentivo para que mais mulheres e meninas ingressem e se mantenham na pesquisa científica, tecnológica e de inovação.

A carreira científica, independentemente da área de estudo, é um desafio para todos. Historicamente falando, para as mulheres esse desafio foi ainda maior. A luta para as pesquisadoras conquistarem o reconhecimento ainda não acabou, mas seguimos trabalhando para que essa realidade mude”, comentou o diretor-presidente da Fapes, Denio Arantes.

Em 2022, a Fapes lançou um edital inédito e exclusivo para as pesquisadoras do Espírito Santo. A chamada pública ofertou apoio financeiro para as pesquisas científicas coordenadas por mulheres no Estado. O edital 14/2022 – Mulheres na Ciência foi um convite às pesquisadoras para apresentarem propostas de projetos de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e/ou de inovação, nas grandes áreas de conhecimento definidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Um investimento de R$ 1,5 milhão.
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Com o edital exclusivo para mulheres na ciência, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo busca promover ações afirmativas que estimulem a equidade entre os gêneros, conforme o Plano Estadual de Políticas para as Mulheres do Espírito Santo, além de estimular o desenvolvimento de pesquisas lideradas por mulheres no Estado.

“Ao todo, 72 propostas foram submetidas e, atualmente, 45 projetos estão em realização com financiamento da Fapes. A vigência desses projetos segue até novembro deste ano. Sabemos que é um número pequeno e que muito ainda deve ser feito para mudar essa realidade demonstrada pelo estudo do Ipea e da Unesco, mas já é um começo que, no futuro, resultará em um impacto positivo no desenvolvimento do Espírito Santo”, explicou Denio Arantes.

O diretor-presidente da Fundação também contou sobre o planejamento da Fapes em lançar a 2ª edição do edital exclusivo para as mulheres cientistas: “Ainda não temos uma data definida, mas, com toda certeza, lançaremos em 2023 a 2ª edição da chamada pública. Já estamos trabalhando para que isso aconteça”, completou Arantes.

Outra ação da Fundação para incentivar que mais mulheres sigam a carreira científica são as resoluções do Conselho Científico Administrativo da Fapes (CCAF), que são específicas para as mulheres e tratam do advento de prole para bolsistas e pesquisadoras.
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A Resolução nº 278/2020 estabelece critérios específicos de avaliação da produção técnico-científica de proponentes de projetos submetidos à Fundação, em razão do advento de prole (maternidade), visando a ampliar o período considerado na avaliação da produtividade. A outra Resolução é a de nº 251/2020 aprova a concessão de licença em razão do advento da prole ao bolsista no caso de parto, adoção ou obtenção de guarda judicial para fins de adoção, ocorrido durante o período da bolsa.

Essas Resoluções são utilizadas em editais lançados pela Fapes de fomento à pesquisa científica, tecnológica e de inovação. Alguns exemplos são as chamadas 02/2023 – Taxa de Pesquisa e a 03/2023 – Bolsa Pesquisador Capixaba (BPC), que estão com prazo de submissão de propostas abertos.

Os editais disponibilizam R$ 3,6 milhões, oriundos do Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Funcitec), no fortalecimento e apoio à comunidade científica capixaba, por meio da concessão de taxas e bolsas com auxílio financeiro mensal para que pesquisadores do Espírito Santo desenvolvam projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação.

O diretor-presidente da Fapes parabenizou as meninas e mulheres que atuam na pesquisa capixaba. “Parabéns pesquisadoras e pós-graduandas que se dedicam à Ciência, Tecnologia e à Inovação do Espírito Santo. 
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Sabemos que não é uma jornada fácil, mas estamos dispostos a tentar mudar essa realidade e trazer para a CT&I do Espírito Santo mais equidade entre os gêneros”, falou Denio Arantes.

A data

Em 22 de dezembro de 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, que acontece anualmente em 11 de fevereiro, com o objetivo de reconhecer o papel fundamental exercido pelas mulheres e pelas meninas na ciência e na tecnologia. 

A data foi implementada pela Unesco e a Onu-Mulheres, em colaboração com instituições e parceiros da sociedade civil. O Dia é uma oportunidade para promover, de forma plena e igualitária, o acesso à ciência e a participação de mulheres e meninas nessa área. A igualdade de gênero é uma prioridade global da Unesco e o apoio a jovens meninas, a formação e as habilidades plenas para fazer com que as ideias delas sejam ouvidas e impulsionem o desenvolvimento e a paz.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Fapes
Samantha Nepomuceno
(27) 3636-1867
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Meninas na Ciência - Peritas criminais contribuem para elucidação de crimes por meio da ciência.

        Em 22 de dezembro de 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.   —  Foto/Reprodução.

Era para ser mais um caso de estupro com autor desconhecido, mas a ciência tem dado respostas diferentes às investigações policiais.

Foi o que aconteceu em 2022, quando, através do Laboratório de Genética Forense do IC (Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida) em parceria com a Polícia Federal por meio do trabalho de identificação de perfil genético, identificou o autor de um crime de estupro que havia ocorrido em maio de 2019 em Boa Vista.
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A vítima, uma mulher, foi rendida por dois homens na frente de casa, foi violentada e roubada. Pouco depois do crime, apenas o autor do roubo foi identificado.

Mas faltava o autor do estupro. Ele foi identificado e localizado após um cruzamento de dados do banco de perfis genéticos. O suspeito de cometer outros estupros fugiu de Roraima para o Amazonas e depois para o Maranhão, onde esteve preso também pelo crime de estupro de vulnerável, entre outros.

A perita Criminal Érica Veras foi uma das responsáveis pela identificação do homem acusado do estupro, por meio de uma análise de DNA.

Ela destaca que a ciência vem ganhando espaço em diferentes ambientes, sendo ela de vital importância em uma cena de crime, buscando a elucidação dos fatos em uma investigação criminal.

“O cruzamento de dados genéticos em todo o Brasil representa um avanço nas investigações dos mais diversos crimes. Principalmente nos crimes de violência sexual praticados contra mulheres, adolescentes e crianças. Uma vez que estes crimes quase sempre não têm suspeitos. São casos abertos que poderiam ficar anos sem solução e por meio da ciência e tecnologia que embasam o exame de DNA, conseguimos identificar e localizar criminosos, como aconteceu neste caso de estupro cometido contra uma mulher aqui em Roraima em 2019."
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Atualmente em Roraima a Polícia Civil conta com oito cientistas forenses. Peritas criminais, que atuam no (IC) Instituto de Criminalística nas áreas de Química, Biologia e Genética Forense, Documentoscopia e Local de Crime.

E para reconhecer a importância do trabalho da mulher na ciência, dia 11 de fevereiro, é comemorado pelas Nações Unidas, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.

Para a perita Elisângela Ponchet, que trabalha no laboratório de Química Forense do IC, a data é um reconhecimento à mulher, que vem alcançando espaços, antes pouco ocupados, no mercado de trabalho, contribuindo com respostas à sociedade dando respostas à Justiça em soluções de crimes.


Fazer ciência é estudar, pesquisar, buscar novos conhecimentos e revertê-los à sociedade. Como mulher, bióloga e perita criminal sou grata por fazer ciência na Polícia Civil e contribuir na promoção da justiça.

Escrito por Márcia Fernanda
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