Header Ads


Após recomendações do MPF: Governo federal declarou emergência em saúde em território Yanomami

        Ação da Cidadania e Cufa lançam campanha para ajudar os yanomami.   —  Foto/Reprodução.
 
Após recomendações do MPF: Governo federal declarou emergência em saúde em território Yanomami
Publicado no JASB em 23.janeiro.2023.           

Grupos no WhatsApp As organizações não governamentais (ONGs) Ação da Cidadania e Central Única das Favelas (Cufa) lançaram campanha de doação para ajudar no enfrentamento à situação de emergência sanitária dos povos que vivem na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
-
-
De acordo com a Ação da Cidadania, é preciso agir urgentemente para levar alimentos para o povo Yanomami: “570 crianças yanomami morreram de fome nos últimos quatro anos e centenas de yanomami idosos e crianças estão em situação de desnutrição aguda, e esse número pode ser bem maior já que os órgãos que deveriam monitorar a situação foram completamente desestruturados”.

A ONG informou que está trabalhando em ação coordenada junto aos órgãos do governo federal, como o Ministério do Desenvolvimento Social e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), entidades militares e locais para levar alimentos para os yanomami.

A Cufa se uniu à Frente Nacional Antirracista para promover um mutirão solidário para arrecadação de alimentos para os yanomami. Algumas lideranças das duas ONGs vão para Roraima acompanhar in loco a mobilização e a distribuição das doações.

“Não podemos ter informação do que está acontecendo com os yanomami e ficar de braços cruzados. Vamos usar toda a nossa capilaridade e capacidade de mobilização, como já fizemos em outras campanhas para ajudar ao máximo possível”, disse, em nota, Kalyne Lima, copresidenta da Cufa.
-
-
Quem quiser participar, pode doar nas sedes físicas da Cufa nos mais diversos lugares do país, pois nesta semana, estão saindo caminhões com doações de todo o Brasil rumo a Roraima, pelo pix ou pela vakinha.

“A nossa luta é por todos os povos. Não podemos ver o sofrimento desses irmãos indígenas, tão importantes para a construção da nossa sociedade, e não fazermos nada. A Frente Nacional Antirracista está junto com os yanomami”, afirmou Anna Karla Pereira, coordenadora da frente.

Edição: Valéria Aguiar
Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

-
-
O governo federal anunciou emergência de saúde Yanomami, após recomendação do MPF.

       Primeiras cestas básicas chegam em terras Yanomami em Roraima.  —  Foto/Reprodução.

Foi instaurada Sala de Situação para auxiliar na tomada de decisão do poder público e restabelecimento do atendimento a indígenas.

Arte retangular com fundo verde escuro, que traz desenhos de folhas em traços, e a palavra "Indígena" escrita em verde claro, com grafismos brancos
Arte: Secom/MPF

O Ministério Público Federal (MPF) participou na sexta-feira (20) da instalação da Sala de Situação para acompanhar a emergência de saúde na Terra Indígena Yanomami (TIY). A medida foi anunciada pelo Ministério da Saúde em resposta às recomendações emitidas pelo MPF desde 2021.

O Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública de importância nacional diante da necessidade de combate à desassistência sanitária dos povos que vivem no território Yanomami. Foi instalado também o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE - Yanomami).
-
-
A Sala de Situação atuará no compartilhamento e monitoramento conjunto de dados e informações relacionados à TIY. Além disso, fará a coordenação e articulação da resposta à crise sanitária, da reestruturação do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami, do fortalecimento da rede de serviços para atendimento dessa população e das ações intersetoriais.

Recomendações – A medida foi comunicada ao MPF em resposta à Recomendação 1/2021 e à Recomendação 23/2022. Os documentos indicavam diversas medidas ao governo federal visando a reestruturação da assistência básica de saúde prestada aos povos da Terra Indígena Yanomami.

Em novembro do ano passado, o MPF recomendou a criação de sala de situação específica para a Terra Yanomami. O objetivo do órgão ministerial era propor uma estrutura que pudesse subsidiar a tomada de decisões dos gestores e a ação das equipes locais diante da atual situação de descontrolado surto de malária e desnutrição, e da crônica falta de medicamentos, revelada pela Operação Yoasi, promovida pelo MPF e pela Polícia Federal, em novembro de 2022. A operação culminou com o afastamento de agentes públicos e responsabilização de empresários.

A recomendação sugeria ainda que a sala permaneça em funcionamento pelo menos até que sejam normalizados os estoques de medicamentos, bem como controlado o atual surto de malária e a situação crítica de subnutrição.
-
-
Garimpo – Além das ações de atendimento assistencial à etnia Yanomami, o MPF apresentou na reunião dessa sexta-feira a atuação coordenada dos procuradores da República em Roraima para o combate da atividade ilegal de garimpo no estado. O pacote de medidas é composto por dezenas de procedimentos, inclusive sigilosos.

Entre as medidas, ainda em 2020, o MPF entrou com ação na Justiça Federal de Roraima para que o poder público promovesse a completa retirada dos garimpeiros da Terra Indígena Yanomami (ACP 1001973-17.2020.4.01.4200). A medida já apontava a necessidade de um plano emergencial de ações para monitoramento efetivo do território.

A ação continua em tramitação e, ao longo de 2020 e 2021, recebeu reiteradas decisões liminares da Justiça Federal em Roraima, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) e do Supremo Tribunal Federal (STF). As determinações, no entanto, não geraram as ações necessárias por parte dos órgãos requeridos.


O MPF também pede na Justiça a reinstalação de Bases de Proteção Etnoambiental (ACP 1000551-12.2017.4.01.4200), estruturas geridas pela Fundação Nacional do Índio (Funai), em parceria com forças de segurança, e que são consideradas essenciais para a fiscalização da região, dada a grande extensão e o difícil acesso em toda a terra indígena.
-
-
Em 2022, a Agência Nacional de Mineração foi alvo de recomendação e ação judicial, iniciada pelo MPF, para garantir que os valores levantados em leilão de produtos da mineração ilegal apreendidos em Roraima fossem destinados à proteção de indígenas. O pedido foi acolhido pela Justiça Federal, mas o leilão ainda não ocorreu.

No fim do ano passado, o MPF encaminhou ofício ao então governo de transição contextualizando os impactos que o garimpo gera no meio ambiente, economia e segurança locais, além da ameaça à sobrevivência de indígenas, e pediu que as ações de desintrusão fossem analisadas e priorizadas pelo governo atual.

Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República em Roraima
Tel.: (95) 3198-2000
Siga-nos no Twitter: @MPF_RR
Facebook: /ministeriopublicofederalemroraima

-
-
Envie informações de sua categoria, em sua cidade à redação do JASB por e-mail: agentesdesaude(sem spam) @gmail.com ou por meio dos formulários de conato da página.

 Receba notícias direto no celular  entrando nos nossos grupos. Clique na opção preferida:
 WhatsApp , Telegram   Facebook  ou Inscreva-se no canal do  JASB no YouTube 

JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil.
Tecnologia do Blogger.