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VÍDEO - Saúde com Agente: Atividade Presencial 16 sem estresse. Processo Saúde-Doença.

        Processo Saúde-Doença.   —  Foto/Reprodução.
 
VÍDEO - Saúde com Agente: Atividade Presencial 16 sem estresse. Processo Saúde-Doença.
Publicado no JASB em 23.janeiro.2023. Atualizado em 25.janeiro.2023.          

Grupos no WhatsApp Vejamos um exemplo de como o modelo da história natural nos ajudaria a refletir sobre o Processo Saúde-Doença.
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EXEMPLO: O agente patogênico: um arbovírus (organismos que são transmitidos por artrópodes). No caso da Dengue, o Aedes aegypti, pertencente à família Flaviviridae. São conhecidos 4 sorotipos causadores de dengue, classificados como: DENV-1, DENV-2, DENV3 ou DENV-4. 

O hospedeiro: o homem
O meio ambiente: local favorável à proliferação do mosquito transmissor (Aedes aegypti), como condições de habitação inadequadas, abastecimento de água irregular, destinação imprópria do lixo, falta de saneamento básico, períodos chuvosos, recipientes que acumulem água, terrenos baldios.

No período pré-patogênico, precisamos observar diversos fatores que podem interagir entre si e que, combinados, podem vir a resultar numa situação em que uma pessoa é exposta ao arbovírus. Estes fatores podem ser biológicos, fisiológicos, imunológicos, climáticos, ecológicos, econômicos ou sociais. Neste momento é possível a prevenção primária. 

A prevenção no período pré-patogênico da Dengue pode envolver ações da promoção da saúde (saneamento básico adequado, coleta de lixo regular, reciclagem, educação em saúde). Além disso, o trabalho de proteção específica (aplicação de larvicidas e inseticidas nos locais propícios para proliferação do Aedes aegypti, uso de mosquiteiros, uso de repelentes).
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No período patogênico da Dengue (quando a doença já está instalada, e há o aparecimento dos sintomas), o homem (hospedeiro) pode apresentar febre, cansaço, dor de cabeça, dor no corpo, nas articulações e por trás dos olhos. Em se tratando da Dengue hemorrágica, além dos sintomas citados, é possível ocorrer dores abdominais, dificuldade respiratória, sangramento, ocasionalmente, até a morte. No período patogênico da dengue pode-se falar em prevenção secundária e terciária. 

Na prevenção secundária, as ações são o diagnóstico precoce e o tratamento imediato (o que envolve a capacitação das equipes de saúde para diagnóstico e tratamento precoce, a medicação da pessoa infectada, a disponibilidade de exames diagnósticos, a oferta de hidratação oral ao doente).

A prevenção secundária envolve ainda a limitação do dano (internação, hidratação venosa, transfusão). 

No caso da Dengue, a prevenção terciária está focada na reabilitação, que refere-se ao uso adequado de recursos tecnológicos. Isso quer dizer continuidade de atenção, visando à compensação da perda da funcionalidade do indivíduo, a melhoria ou manutenção da qualidade de vida e à inclusão social.
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Este modelo de história natural da doença é importante para planejar as melhores estratégias para a prevenção e para o controle.

Modelo da Determinação Social da Doença
O modelo da determinação social da doença propõe uma alternativa ao modo de se pensar e explicar o processo de saúde-doença. Ele está na base da chamada Epidemiologia Social, que busca investigar como as doenças se comportam em determinada população e compreender porque a distribuição dessas enfermidades se faz de forma desigual. 

Virchow afirmava que as pessoas adoecem e morrem em função do jeito que vivem, o qual é determinado pelo meio social, cultural e econômico.

No modelo dos determinantes sociais de saúde, para entender o processo saúde-doença, considera-se fundamental investigar as condições de vida e de saúde de um grupo.

No modelo dos DSS, enfatiza-se que o conceito de saúde vai além da ausência de doença. O acesso que as pessoas têm a alimentos de qualidade, habitação, educação, transporte, lazer, trabalho e renda, saneamento básico, liberdade e, também, ao seu acesso à serviços de saúde. Assim, o processo saúde-doença engloba as relações do homem com fatores da dimensão biológica, individual, comportamental, social, econômica, cultural e ambiental, que geram necessidades de saúde.
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Teoria na prática
Caso: A Comunidade de Laranjeiras tem apresentado muitos casos de pessoas com Dengue. No tratamento, o médico da Unidade de Saúde da Família (USF) está prescrevendo os remédios indicados para os sintomas (febre, dores no corpo), e a equipe de saúde tem orientado nos casos diagnosticados que a pessoa faça hidratação e repouso.

Para compreender o processo saúde-doença dessa situação, faz-se necessário ampliar o olhar para os determinantes sociais de saúde envolvidos. Identificamos que o desenvolvimento da patogênese da referida doença não envolve somente riscos biológicos, existem também influências do estilo de vida do indivíduo e da comunidade, meio ambiente e contexto social, compreendendo uma rede causal multifatorial, que, inclusive, nos faz refletir sobre o papel do ambiente social na susceptibilidade à doença, isto é, a sua relação com esses fatores associados.


Confira o vídeo com o Professor Paulo Santos:


Questionamentos:
Existem terrenos baldios na localidade e outros focos do mosquito Aedes Aegypti (vetor transmissor do vírus da Dengue)?
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Já foram acionados os órgãos responsáveis no município pela limpeza desses terrenos?

Têm sido realizadas atividades de educação em saúde para a população local com a finalidade de orientar a comunidade quanto às estratégias para evitar a proliferação do mosquito transmissor? 

Comentário: Para uma pessoa adoecer, não é suficiente apenas a contaminação por um agente patológico (vírus, bactéria). Por isso, o modelo biomédico não é completamente capaz de explicar a causa da doença. Portanto, o processo saúde-doença é determinado por fatores biológicos, sociais, culturais, econômicos, não possuindo apenas uma causa.
Na sua prática de trabalho, você identifica se as características do modelo de determinação social da doença influenciam as ações desenvolvidas pela equipe de saúde, junto aos sujeitos, às famílias e à comunidade?

Modelo dos Determinantes Sociais da Saúde (DSS)

PROCESSO SAÚDE – DOENÇA DETERMINADO POR FATORES CULTURAIS ECONÔMICOS BIOLÓGICOS SOCIAIS  NÃO POSSUINDO APENAS UMA CAUSA.
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Estes fatores, que são levados em conta, são entendidos como elementos que podem interferir nas condições de vida e nos processos de trabalho do indivíduo e da comunidade. O modelo DSS então considera desde a idade, o sexo, fatores hereditários, até fatores étnicos-raciais, estilos de vida (dieta, hábito de fumar, prática de atividade física), renda, saneamento, habitação, ambiente de trabalho, acesso a serviços de saúde e de educação, padrões culturais, entre outros.

MODELO CLÁSSICO DE CAMADAS OU NÍVEIS DE DAHLGREN E WHITEHEAD

Cinco camadas:

. Duas mais proximais (determinantes individuais), como idade, sexo e fatores hereditários; 

. Duas camadas intermediárias (determinantes intermediários), a exemplo de educação, acesso a serviços de saúde, ambiente de trabalho e habitação; 

. E na última camada estão localizados os macrodeterminantes (determinantes coletivos ou distais), a considerar as condições socioeconômicas, culturais e ambientais, as quais compõem a complexa cadeia de causalidade do processo saúde-doença.
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Teoria na prática
Caso: Dona Ana, 35 anos, é analfabeta e está desempregada. Ela cria sozinha sua filha, Sara, de seis anos, após seu marido ter sido assassinado quando assaltava o mercado do bairro. O local onde dona Ana vive não possui rede de esgoto, nem água tratada. Além disso, não há coleta de lixo e as ruas não são pavimentadas.

Para buscar uma renda, Dona Ana recolhe material para reciclagem e deposita no quintal de casa, o que gera o aparecimento de muitos mosquitos e ratos. Dona Ana costuma ir a uma feira, que acontece uma vez por semana, em um bairro vizinho, para pegar frutas e verduras que os vendedores descartam no lixo, quando não são consideradas apropriadas para a venda. Dona Ana percebeu que as frutas e verduras não estavam muito boas, mas resolveu levar para casa, pois não tinha nada para preparar para o almoço. 

Chegando em casa, Dona Ana cozinhou as verduras e serviu para sua filha. Após o almoço, Sara sentiu-se mal, com vômitos e diarréia. Dona Ana levou Sara à Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro para avaliação. O médico observou que Sara estava desnutrida e com parasitoses. 

Nessa história, percebemos que diversos fatores podem contribuir para o processo de adoecimento de uma pessoa. A ocorrência da doença neste caso está ligada a elementos econômicos, sociais e comportamentais, que se aliam aos fatores de risco da população. 
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As condições de vida e de trabalho de Dona Ana estão relacionadas ao aumento de agentes transmissores de doenças, à falta de alimentos (levando à desnutrição), à situação de exclusão social e de miséria, à violência, à falta de planejamento urbano e de infraestrutura, à desigualdade de renda, à falta de emprego e à falta de acesso à educação.

O modelo da Determinação Social da Saúde ajuda a identificar uma rede complexa de fatores que podem estar associados à desnutrição e às parasitoses da menina Sara. Não são apenas vários fatores, mas a forma com que estes fatores se relacionam entre si que pode nos ajudar a pensar sobre este processo saúde-doença. Existe uma causa biológica para a parasitose, mas a menina só teve contato com o parasita porque vive em um local sem saneamento básico. Existe uma causa biológica para a desnutrição, mas para compreender por que a criança não teve acesso a alimentos nutritivos, precisamos compreender a situação de desemprego, de falta de renda, de ausência de serviços de proteção e assistência social para esta família. Ou seja: precisamos observar o contexto social e econômico para compreender o que está acontecendo com Sara.

Assim, a explicação para a relação entre essas enfermidades é dada por fatores proximais, a nível biológico e individual, fatores intermediários, representados pela condição social e estrutura social,  assim como torna-se essencial a incorporação daqueles fatores distais, como o contexto histórico, político e econômico, envolvendo uma cadeia de causalidade para tais enfermidades. 
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O desenvolvimento de ações que modifiquem os determinantes e os condicionantes pode melhorar as condições de vida e saúde dos indivíduos e da população. Para isso, é fundamental a articulação de diversos setores da sociedade, ou seja, a intersetorialidade que é um dos princípios da promoção da saúde. Discutimos a intersetorialidade na disciplina Atuação em Equipe Multiprofissional e Intersetorialidade.

Informações 
Determinantes e condicionantes da saúde, segundo o Modelo de Dahlgren e Whitehead

 
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Políticas públicas e à oferta de ações que melhoram a qualidade de vida dos sujeitos e da coletividade, e que reduzem a vulnerabilidade e os riscos à saúde, a promoção da saúde consiste em garantir boas condições de vida, e, pensando nesses determinantes e condicionantes da saúde, a promoção da saúde também diz respeito ao acesso a bens e serviços essenciais. São alguns deles: emprego, saneamento básico, habitação adequada, educação, lazer, cultura, alimentação, urbanização ordenada, qualidade do ar e da água, segurança pública e estratégias contra a violência.

As ações de promoção de saúde devem ser planejadas e implementadas considerando os problemas e as necessidades de saúde, e seus determinantes e condicionantes, de modo que operem sobre a saúde e o adoecimento com um olhar para além dos muros das unidades de saúde e do sistema de saúde. Isso inclui outros setores e serviços, como centros educacionais, centros de assistência social (CRAS e CREAS), segurança pública, centros comunitários, ONGs, entidades religiosas, entre outros.
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A promoção da saúde tem como objetivo promover a equidade e a melhoria das condições de vida, ampliando a saúde individual e coletiva e reduzindo situações de vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes e condicionantes do processo saúde doença. Podemos citar como ações específicas da promoção da saúde: alimentação saudável, prática corporal/atividade física, controle do tabagismo, controle do Uso abusivo de álcool e outras drogas, controle de acidentes de trânsito, prevenção da violência e estímulo à cultura de paz, promoção do desenvolvimento sustentável.

O matriciamento trata-se de um “arranjo organizacional que visa oferecer suporte técnico-pedagógico às equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde para a população”, quando faz-se necessário obter saberes de áreas específicas ou especializadas. Entre os instrumentos do processo de matriciamento estão: interconsulta, consulta conjunta, visita domiciliar conjunta, grupos, educação permanente, abordagem familiar, entre outros. Desse modo, o matriciamento é um modo de qualificar e amparar os profissionais de saúde da APS, aumentando a corresponsabilização entre equipes e a participação dos ACS e ACE na realização de ações de promoção da saúde. 

Nesse sentido, o matriciamento é de suma importância. No matriciamento, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) têm um papel central na identificação dos determinantes e condicionantes do processo saúde-doença. Isso porque, além de trabalhar naquele espaço, são moradores do território, e por isto mesmo conseguem identificar ações de promoção da saúde mais adequadas para aquela população. Nessa perspectiva, o matriciamento constitui uma ferramenta de transformação, não só do processo de saúde-doença, mas de toda a realidade dessas equipes e comunidades.
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PREVENÇÃO DE DOENÇAS
A prevenção de doenças contempla tanto medidas para evitar o surgimento de uma doença, removendo causas e fatores de risco de um problema (prevenção primária), quanto medidas para evitar o agravamento de uma doença em qualquer estágio. 

A vacinação é um bom exemplo de prevenção primária, pois protege as pessoas contra doenças, antes que elas entrem em contato com o agente causador.

A prática de atividade física, estamos fazendo duas coisas: promoção da saúde e também a prevenção primária para diminuir a chance de desenvolvimento de obesidade, hipertensão arterial e depressão, por exemplo.

Quando os problemas de saúde são detectados no estágio inicial, em que muitas vezes nem o indivíduo observou os sinais e sintomas, trata-se de uma prevenção secundária, pois o diagnóstico precoce facilita o tratamento e reduz a disseminação e os efeitos da doença a longo prazo. Dessa forma, nas Unidades de Saúde da Família (USF), sempre temos ações de rastreamento de câncer de mama, de útero e de próstata. Além disso, é realizada a busca ativa de câncer de boca em usuários e usuárias maiores de 40 anos, etilistas e tabagistas, pois eles são considerados grupos de risco para o desenvolvimento dessa doença.
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Na prevenção terciária as ações são voltadas para reduzir os prejuízos consequentes de uma doença. Podemos citar os grupos que temos nas USF destinados ao cuidado de usuários com diabetes e hipertensão. Essas ações auxiliam na prevenção das complicações de tais doenças. Outro exemplo é a oferta de reabilitação para pessoas que tiveram Acidente Vascular Cerebral (AVC).

TEORIA NA PRÁTICA
Caso: A partir dos seus conhecimentos prévios e vivências, e da leitura deste material didático, o que você identifica na charge quanto à prevenção de doenças?

Charge Prevenção de Doenças

 
Na charge observe que o casal está adotando medidas de prevenção contra a COVID-19, fazendo uso de máscaras e álcool gel, no entanto, estão se esquecendo de se prevenirem contra outras doenças, como a Dengue. Observe que há água acumulada no pneu, no vaso de planta e existe formação de poças, o que possibilita a reprodução do mosquito Aedes aegypti, vetor do vírus da doença.

Questionamentos:
De acordo com a situação apresentada na charge, o que os personagens deveriam fazer para se prevenir da Dengue? E em qual nível de prevenção você considera que estão essas medidas?
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VIGILÂNCIA EM SAÚDE (VS)
É análise da situação da saúde, ao ato de estar vigilante, ou seja, atento (a) para fazer a promoção de saúde e a prevenção de doenças. As ações de VS devem ser planejadas a partir do processo contínuo de levantamento e análise de dados em saúde.

A Vigilância em Saúde é ampla e abarca todas essas áreas.

Vigilância Ambiental

Vigilância Epidemiológica

Vigilância Sanitária

Vigilância em Saúde do Trabalhador

A Vigilância Ambiental se atenta às interações e interferências do ambiente na saúde dos indivíduos, a fim de identificar ações de prevenção e controle de riscos ambientais relacionados ao processo saúde doença . Dentre suas ações está a qualidade do ar, do solo e da água para consumo humano, os desastres naturais e o controle de vetores para doenças. Quando estou no território realizando ações de controle de roedores para evitar a leptospirose, e a eliminação de criadouros do Aedes aegypti, eu estou praticando a Vigilância Ambiental.

A Vigilância Epidemiológica envolve reconhecer as principais doenças e agravos, em um determinado território, a fim de investigar epidemias e agir na prevenção e no controle dessas doenças ou situações. Para isso é importante a realização da notificação compulsória, que deve ser feita por profissionais de saúde ou responsáveis por estabelecimentos de saúde, tanto da rede pública, quanto da privada. Trata-se de uma comunicação obrigatória para com os gestores da saúde em relação à suspeita ou confirmação de determinadas doenças, agravos ou problemas de saúde pública listados. Deve ser realizada pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN). 
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A importância da notificação para a Vigilância Epidemiológica é que possibilita a identificação de fatores de risco e dos locais que precisam de maior subsídio no enfrentamento das doenças e agravos. Ao identificarmos as doenças e os agravos mais presentes em cada microárea, estamos desempenhando a Vigilância Epidemiológica. É dessa forma que podemos planejar ações para controlá-los. Algumas dessas doenças e agravos devem ser obrigatoriamente notificados, como a Tuberculose, a Hanseníase, a Dengue e os casos de violência doméstica.

A Vigilância Sanitária consiste nas ações de fiscalização de produtos e serviços que estão direta ou indiretamente relacionados à saúde. Essas ações podem acontecer em restaurantes, feiras de alimentos, mercados, bares, farmácias, academias, escolas, dentre outros locais, para garantir que os produtos e os serviços não ofereçam risco à saúde da população. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão responsável por criar as normas que regulamentam esses produtos e serviços.

Você sabia que o Sistema Único de Saúde (SUS) está presente não só nos serviços de saúde? Cuidar para que os alimentos, como carnes, frutas e verduras, comercializadas nas feiras e mercados, estejam em boas condições para o consumidor é um dos papéis do SUS, através da Vigilância Sanitária.

A Vigilância em Saúde do Trabalhador está relacionada à atenção aos usuários e aos efeitos do seu trabalho no processo saúde-doença. Isso perpassa as ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação à saúde dos trabalhadores, submetidos aos riscos e agravos provenientes das condições de trabalho. A assistência a indivíduos vítimas de acidentes de trabalho ou portadores de doença proveniente do processo laboral também deve ser citada como exemplo. 
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Além disso, é competência do SUS a “normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador”. A vigilância em saúde do trabalhador deve estar voltada tanto para os trabalhadores informais quanto para os trabalhadores formais. 

Por exemplo, entre os trabalhadores formais podemos observar pescadores que trabalham em embarcações comerciais. Ainda que estes pescadores estejam regidos pela legislação trabalhista e de saúde, nem sempre apresentam boas condições de trabalho. Muitos trabalham com Equipamento de Proteção Individual (EPI) inadequados ou mesmo sem EPI, ou estão submetidos a longas jornadas de trabalho. 

Assim como os pescadores, muitas outras categorias profissionais vivenciam problemas como estes. Conhecer o perfil de trabalho dos usuários dos serviços de saúde possibilitou promover ações coletivas destinadas à prevenção de câncer de pele e de distúrbios osteomusculares junto à comunidade. Toda a equipe de Saúde da Família (ESF) participou dessas atividades e pôde exercer a Vigilância em Saúde do Trabalhador.

Comentário:
Compreender sobre o processo saúde-doença, os seus determinantes, e a importância da Vigilância em Saúde facilita observar, na sua vivência, a amplitude do conceito de “Saúde”, e o quanto ela depende de diversos setores da sociedade. Isso é essencial para propor ações de promoção da saúde e prevenção de doenças no território. Por isso, lembrem-se: o processo saúde-doença engloba uma série de fatores, determinantes e condicionantes de saúde. 
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Assim, a grande maioria das enfermidades é resultado da combinação de muitos destes fatores. A promoção da saúde está relacionada à implementação de políticas públicas e à oferta de ações que melhoram a qualidade de vida dos sujeitos e de coletivos, e que reduzem a vulnerabilidade e os riscos à saúde.

OBSERVAÇÕES: Sobre o processo de saúde e adoecimento no âmbito individual e coletivo.
Desenvolvimento de ações integradas de Vigilância em Saúde (VS) e Atenção Primária à Saúde (APS).

O objetivo é que você compreenda a importância do matriciamento entre a APS e a Atenção Especializada na condução das ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças para o fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde (RAS).

O processo saúde-doença é resultado da combinação de muitos destes fatores, que podem trazer a qualidade de vida dos sujeitos e da coletividade, reduzindo a vulnerabilidade e os riscos à saúde.

Atividade presencial - Disciplina 16 - COMPREENDENDO O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA NO TERRITÓRIO: AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE A PARTIR DOS DETERMINANTES E CONDICIONANTES DE SAÚDE DO TERRITÓRIO, VISANDO À PREVENÇÃO DE DOENÇAS E PROMOÇÃO DA SAÚDE 
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ALUNO O ALUNA: MODIFICAR

1º momento

Determinantes e Condicionantes de Saúde 

Quais informações referentes aos determinantes e condicionantes de saúde foram identificadas no território?

Camada do modelo clássico de Dahlgren e Whitehead

Fatores relacionados às condições de vida (condições relacionadas à alimentação, à habitação, ao saneamento básico ao meio ambiente, à escolaridade, ao transporte público, à segurança pública, ao perfil de trabalho) da comunidade.
(   ) Proximal
(   ) Intermediária
(   ) Distal

(   ) Proximal
(   ) Intermediária
(   ) Distal
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Fatores relacionados ao estilo de vida (padrão alimentar, esporte, hábitos como fumo, álcool e lazer entre outros) da comunidade.

(   ) Proximal
(   ) Intermediária
(   ) Distal
 
(   ) Proximal
(   ) Intermediária
(   ) Distal

2º momento

Ações de Promoção de Saúde

Ações de Prevenção de Doenças
Nível de Prevenção

(   ) Primária
(   ) Secundária
(   ) Terciária
(   ) Quaternária

(   ) Primária
(   ) Secundária
(   ) Terciária
(   ) Quaternária
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(   ) Primária
(   ) Secundária
(   ) Terciária
(   ) Quaternária


3º momento

Ação de Vigilância
Tipo de Vigilância

(   ) Ambiental 
(   ) Epidemiológica
(   ) Sanitária
(   ) Saúde do Trabalhador


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