ACS: Usar WhatsApp para trabalhar é massa, mas você sabe como se comportar usando ele?
ACS: Usar WhatsApp para trabalhar é massa, mas você sabe como se comportar usando ele?
Grupos no WhatsApp | O WhatsApp é uma daquelas ferramentas que a gente usa e pensa: “Como era que eu fazia antes disso existir?” (de verdade, nem eu me lembro). A questão é que esse aplicativo se tornou parte do celular, parte de você e do seu trabalho.
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De forma geral é mais rápido e fácil resolver e providenciar e pedir e cobrar. Afinal, trata-se de comunicação instantânea, e nós não temos tempo (aqui no sentido figurado, lógico!) de esperar. É pra agora, é pra já… e nem pense em demorar de responder pra pessoa do outro lado não começar a dizer que você não atende bem, que está ignorando ela e outras coisas mais que alguém carente pode pensar (e a dor de cabeça, advinha pra quem vai sobrar?).
No caso dos agentes de saúde
Para os agentes comunitários de saúde a ferramenta veio para revolucionar de verdade. Se a qualidade do trabalho da categoria já estava sendo TOP, depois do uso do WhatsApp a cosia decolou. A excelência no atendimento dos paciente se tornou algo notório. A comunidade
Pois é… o negócio é bom, mas é ruim. E quando a gente pensa no uso profissional, é imprescindível ficar atento a alguns quesitos bem importantes (aqui é pra você olhar e fazer no seu, e não pra parar a leitura e olhar os status do(a) coleguinha não! Oxeee…)
• A escolha da foto do perfil
Tudo bem que você se acha o máximo naquela foto de biquinho… de biquíni, com a camisa do clube do coração, com a barriga de fora, com a crítica à política, com o copão de cerveja na mão… (ops, brincadeirinha) mas vamos ao fato: essa foto é bacana com amigos e família, mas para atender o pacientes, NÃO. Vamos pensar o seguinte, se a sua mãe ou outro parente for uma paciente, você gostaria ou sentiria confiança em deixá-la nas mãos de um profissional não focado no trabalho? E se fosse seu esposo, ficaria de boa se a foto da profissional fosse com a mão no joelho e descendo até o chão?
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A ideia não é julgar você – PESSOA – nem o que você faz. Mas, se tratando de você – PROFISSIONAL – aí não tem jeito. A gente confia quando a pessoa se revela ser profissional! A gente precisa se apresentar a vivenciar uma imagem de profissional – real – que condiz com o que você é e faz no seu trabalho. Então, nada melhor que escolher fotos que traduzam isso – seu profissionalismo, sua credibilidade, sua simpatia.
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• A frase do recado
Sabe aquele textinho que você coloca no perfil para acompanhar sua foto? Aproveite esse espaço do recado para passar confiança! Sim, esse espaço é importante até para lembrar aos seus amigos com o que você trabalha.
• O pedido de licença
Tá aí uma coisa que muita gente esquece: pedir licença para entrar no espaço do outro. Não é porque o paciente te deu o número dele que você pode mandar mensagem (nem ligar) quando quiser. Muito menos se for para uma campanha de vacinação, que muitas vezes os usuários nem mesmo estão muito a fim. Portanto, pergunte se ele autoriza você a falar com ele por esse canal e ative o bom senso para não enviar mensagens no horário do almoço, de madrugada, no domingão… Você também pode deixar o seu "recadinho:" para que os pacientes não busque contato em horários que não são propícios.
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• A medida certa (conhecida por: a noção!)
Querido e querida, seu PACIENTE não é seu amigo! Nada de “amigaaa”, “flor”, “gata”, “minha linda”, “oi amiguinho”, “meu querido”, “mano”, “fala irmão!”, “colé brother”. O tratamento não precisa ser mega formal, mas intimidade também não cabe (exceto se o paciente virar amigo depois de um tempo ou já for amigo antes). Não force a barra, mantenha a compostura e se coloque no seu papel de agente comunitário de saúde. Cada palavra sua causa uma impressão e, para passar, essa impressão precisa ter consciência. Lembre-se que em cada detalhe há uma informação e o que você precisa é que o seu paciente entenda que você é de confiança e que ele pode confiar.
• A noção – mais uma vez!
Td bem vc escrever assim e pá! Mas ñ é td mundo q vai decifrar esse B.O… Não, escrever desse jeito NÃO é bom e em um contato com pacientes não vai ficar tudo bem. Tumbém, na hora de incresver num dá pra cer de qualquer jeito – SOCORRRROOOOOOOOO!! Erros de português no ambiente como o zap podem ser a gota d´água para o paciente fugir de você, isso porque esse é um tipo de erro que atrapalha a imagem de confiança que o paciente do SSUS precisa ter para ter confiança. Isso sem contar os inúmeros problemas de comunicação que um erro de escrita pode causar… inclusive servindo de prova em uma batalha judicial. Que Deus nos livre! :)
Cuidado com o que e como você escreve, uma vírgula mal empregada ou uma frase mal escrita podem levar a interpretações equivocadas e, no mundo dos negócios, isso pode ser fatal. Aqui vale lembrar das figurinhas… atenção para o que vai mandar para seu paciente: cabe brincar tanto? Ele vai entender o significado? A figurinha tem brincadeira sem graça ou mesmo ofensiva? Opte pelas figurinhas acolhedoras, caso possua (ou evite as figurinhas).
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• A noção – de novo, novamente… (só pra garantir)
Na hora de mandar fotos, “peloamô”, seguraaaaa o dedo!! Quem falou que é legal lotar o WhatsApp com um álbum de fotos?
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• Já falei de NOÇÃO antes?!
WhatsApp não é Podcast, então, na hora de mandar áudio pergunte ao paciente se você pode mandar áudio. E, se ele permitir, seja sucinto na sua gravação. Não grave áudios picotados (daqueles em que em cada gravação sai uma palavra e você que lute para juntar tudo), nem grave uma audionovela (vontade de acelerar o áudio em 4x…). Primeiro pense o que você quer comunicar e só depois grave o áudio.
O Zap Zap é ferramenta para aproximar pessoas, para ajudar, para comunicar melhor. A questão é sempre lembrar de uma premissa básica: comunicação não é o que você fala ou escreve, é o que o outro (vulgo paciente) entende. Então, se apresente, peça licença para começar a conversa, procure o melhor momento, use o bom senso, explique tudo direitinho, corrija seu texto e faça um bom trabalho, afinal, você é uma profissional!
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Soraya Macêdo
Publicitária formada pela Ucsal e pós-graduada em Gestão Empresarial pela Uefs, diretora da Formato Ideias. 22 anos de experiência no mercado publicitário, 15 anos lecionando em faculdade e formando novos profissionais, 18 anos à frente da agência e aprendendo coisas novas ainda hoje.
Edição de Samuel Camêlo.
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